Programa de Classe
Viu-se com a Revista Caras (“quem vê Caras não vê
coração”, sempre digo) que os “de baixo” gostam de olhar os “de cima”. Ela é
uma revista que publica fotos e reportagens sobre as casas e o estilo de vida
dos ricos. Poderia haver em torno disso toda uma mídia (Revista, Rádio, Tv,
Livro/Editoria, Jornal e Internet) em que as classes B (médios-altos), C
(médios), D (médios-baixos ou pobres), E (miseráveis) olhassem para a classe A
(ricos).
Estes se dividem
novamente em cinco: AA, AB, AC, AD e AE, ricos-miseráveis (embora alguns digam
que todos eles se encaixam aqui, não é verdade), que são quase médios-altos. E
assim por diante, diz o modelo, até que tenhamos os AAAAA [idealmente 2,5 % ou
1/40 elevado à quinta potência: (1/40)5, em 6,3 bilhões apenas 62
ricos-limite, os 62 indivíduos humanos mais ricos da face da Terra; podemos
instituir também para as restantes PESSOAS (famílias, grupos e empresas) e
AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo), mas como o conjunto de
referência vai diminuindo sempre, fica menos interessante].
O programa mostraria
a BANDEIRA DA PROTEÇÃO (lar, armazenamento, saúde, segurança e transportes)
deles; relação com a Chave do Labor (operários, intelectuais, financistas,
militares e burocratas); ligação com as empresas e os governos (os governantes
do Executivo, os políticos do Legislativo e os juizes do Judiciário); e todas
as demais chaves e bandeiras, inclusive a Bandeira Elementar (ar, água,
terra/solo, fogo/energia, no centro a Vida e no centro do centro a
Vida-racional), o TER (matéria, energia e informação) e o SER (memória,
inteligência e controle ou comunicação). Faria o maior sucesso, abordando os 5
% (um em cada 20) mais ricos, os 2,5 % (um em cada 40), o 1 % (um em cada 100),
o 0,5 % (um em cada 200).
Teria utilidade,
dado que pode ajudar a organizar o mundo e torná-lo um tanto mais belo.
Vitória,
segunda-feira, 19 de janeiro de 2004.
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