O Preço da
Imortalidade
Fico pensando nos
grandes, nos que estão acima de povo, lideranças, profissionais, pesquisadores
e estadistas, os santos/sábios e os iluminados, essas duas seções, e no que
tiveram de SE PODAR de convivência para sobrar espaço e tempo de PENETRAR
PROFUNDAMENTE no desconhecido.
CORTANDO FUNDO (em si mesmos)
·
TALHANDO A CONVIVÊNCIA COM AS PESSOAS
1. Evitando os indivíduos;
2. Fugindo das famílias;
3. Desviando-se dos grupos;
4. Evadindo-se das empresas;
·
APARTANDO-SE DOS AMBIENTES
1. Retirando-se das cidades/municípios;
2. Evitando os estados;
3. Destacando-se das nações;
4. Desunindo-se do mundo.
Assim, quando vemos essas listas das
grandes pessoas estamos vendo quem se separou ou foi separado por força de suas
missões, nos vários níveis de distinção, dos conjuntos que as rodeavam, pois
inventar o novo é inventar a DOR DE SI. Partilhar o velho é partilhar médias,
em vários graus de medianização, ao passo que para chegar ao novo é preciso
visão distinta, separada.
Então, quando vemos inventores, quando
vemos descobridores, ali estão necessariamente os que se separaram da massa
para trazer a novidade até nós. E, claro, eles e elas sofreram, por vezes
barbaridades, em nome do coletivo e até diretamente por insistência desses
agrupamentos. Para beneficiar a todos esses grandes sofrem horrores, em termos
de zombarias, de desprezo, de injúrias, de malícias, de malignidade direta,
frontal, franca. Muito depois a posteridade romantiza a vida dos grandes, mas a
realidade é outra; a realidade é a angústia cotidiana, as críticas ferinas, a
maldade insana contra eles e elas.
A imortalidade custa muito caro.
Vitória, domingo, 25 de janeiro de
2004.
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