O Grupinho da Mãe
Dominante
Existindo na caverna
uma Mãe Dominante, a fêmea mais produtiva em quantidade (número de filhos) e
qualidade (sobreviventes além do primeiro ou do quinto ano), seguramente vai
haver uma separação estatística notável, um triângulo menor superior, com mães
mais produtivas que as outras, embora menos que a Matrona, a MD.
É natural que elas
constituíssem um GRUPO DE DOMINAÇÃO de toda a vida dentro e fora da caverna, e
que fossem mais e melhor alimentadas, tornando-se gordas, acima e muito acima
da média, enquanto todas as outras permaneciam magras e famélicas, abaixo e
muito abaixo da média. Eram objeto de amor e de ódio, de consideração e de
inveja, e naturalmente zombavam das demais, escravizando-as, razão porque devem
ter se tornado o arquétipo da ditadura dos gordos, o que seria depois muito
detestado. Se foi assim o rastro disso pode ser seguido até hoje e além, para
sempre, pois foram dez milhões de anos hominídeos. Evidentemente o sobrepeso
produz outro esqueleto, a escultura de sustentação, que pode ser também
rastreado e deve constituir na população total de mulheres um triângulo menor,
talvez um oitavo (1/8) do todo, ou o que for.
Em todo caso,
contando que as mulheres em geral cuidavam DOS FILHOS e vendo agora que tudo ia
primeiro, mais e melhor para as mães dominantes, o grupinho da MD, é certo que
havia na outra ponta um esqueleto-magro, o das mães que não tinham filhos e
ficavam sempre subalimentadas, sempre com fome, sempre carentes de vitaminas,
de proteínas, de açúcares, de tudo mesmo, inclusive de amor – MULHERES SECAS,
deixadas à míngua tanto mais quanto menos tinham filhos e postas a serviço das
outras, as matriarcas, as dominadoras que não são, NECESSARIAMENTE, as mais
femininas, as mais atrativas, porque já comportavam dois dons (em quantidade e
em qualidade, ou um dos dois); assim, no outro lado do espectro as magras se
tornaram especialistas em beleza e em outras camuflagens, visando conseguir os
depósitos de esperma; especializaram-se em várias tarefas fundamentais, que
ajuntaram valor de sobrevivência à sua falha como procriadoras. Por outro lado,
as matriarcas não precisaram desenvolver qualidade DE SERVIÇO nenhuma, pois
tinham de sua natureza; e assim devem ser mulheres largadas, pouco afeitas aos
serviços, acostumadas a mandar nas outras.
Vitória,
sexta-feira, 23 de janeiro de 2004.
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