sexta-feira, 5 de maio de 2017


Cheirando o Diabetes

 

                            O diabetes ou açúcar excessivo no sangue sobreviveu, então foi revestido de aptidão, quer dizer, tem utilidade para alguma coisa, presta um serviço qualquer, protege contra um mal maior, a ponto de uma doença degenerativa ainda estar presente. Claro, foi multiplicada pelo estilo atual de vida, mas é multiplicação de valor significativo, que já estava lá nas origens.

                            Num dos filmes Experiência (I ou II) a alienígena percebe pelo cheiro que o fulano com o qual iria transar tem diabetes. Seria isso uma capacidade não de aliens, mas DA MULHER (fêmeas e pseudomachos)? Pois o diabetes, como se sabe, diminui o tesão, que responde pela prontidão peniana constante, e a necessidade masculina de sexo, provocando dupla perda, tanto de quantidade de vezes ou freqüência de relações quanto de volume de esperma, o que sem dúvida alguma diminui muito o valor do macho. Ora, faria todo sentido a Natureza desenvolver nas mulheres e depois afinar o sentido do olfato para cheirar nos homens (machos e pseudofêmeas) o excesso de açúcar.

                            Aí, o controle é quádruplo, porque pseudomachos vão ter o sentido e pseudofêmeas não; machos e pseudofêmeas vão, ambos, diminuir suas capacidades sexuais com o excesso de açúcar, mas não fêmeas e pseudomachos PORQUE não faria sentido que o fizessem, dado que são receptores de esperma, vasos de depósito, falando da maneira mais crua e direta. Assim, mulheres terão um refinamento do sentido do olfato, sendo capazes de cheirar o açúcar com mais afinação que homens; e homens exalarão cheiro de açúcar do sangue com muito maior intensidade que mulheres (o que servirá para apontar quais são as pseudofêmeas, um teste definitivo). Como é que os diabéticos sobreviveram? Fizeram-no primeiro porque o diabetes deve ter aquela utilidade bioquímica de bloquear qualquer doença ainda mais daninha. Depois, materialmente, porque se apresentam tardiamente como defesa, quando os homens-machos (e as pseudofêmeas também, com os machos) já tiveram filhos. Ou seja, o diabetes é uma defesa tardia para uma doença tardia (que raramente se apresenta na infância). Não importa em que idade fêmeas e pseudomachos se tornam diabéticos, porque tendo ou não interesse as fêmeas serão fecundadas.

                            Vitória, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004.

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