sábado, 27 de maio de 2017


Caixão Dois

 

                            NOTÍCIA DA Internet             

Custo nacional da construção civil sobe 0,49% em janeiro
11/02/2004
O índice nacional da construção civil iniciou o ano de 2004 com alta de 0,49%, acima do resultado de dezembro, que foi de 0,36% (a menor taxa em 2003). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a janeiro de 2003 (1,84%), a taxa foi bem inferior.


Aqui em Jardim da Penha, Vitória, ES, Brasil, etc., estão construindo o CMEI, que à falta de indicação vou interpretar como Centro Municipal de Educação Infantil (porque me disseram que seria uma creche). É obra da PMV, Prefeitura Municipal de Vitória - administração de LPVL 1996 a 2004, dois períodos – ao custo de um e meio milhão de reais (R$ 1,5 milhão), ocupando uma quadra inteira, ainda que pequena.

Veja que tomando o custo da construção civil a 500 reais o metro quadrado (acima dos valores nacionais citados), poderíamos fazer três mil metros quadrados (3.000 m2) e se tomarmos um apartamento de 100 m2 (está acima da média local, que é de 70 m2), seriam 30 apartamentos - com preço de venda unitário sendo de cerca de 100 mil – que valeriam no mercado três milhões, o dobro do preço do CMEI. Entrementes, trinta apartamentos seriam três prédios, onde morariam umas 120 pessoas. A creche deve atender o bairro, que tem uns 40 mil habitantes ou mais e estava mesmo precisando disso. Estaria o LPVL roubando ou não? Não temos notícia nenhuma que tenha vazado, talvez ele tenha escapado da gana, talvez não, eu simplesmente não sei. É preciso investigar. Quanto ao LPVL não sei, torço para que não, porque o conheço. Os cálculos acima mostram que há pouco espaço para desvios, mas deveria haver um relatório permanentemente exposto do Ministério Público no mundo inteiro dando conta das investigações dos gastos do Erário, os cofres públicos.

Pois num mundo de mais de 200 nações, uns quatro mil estados ou províncias, umas 200 ou 300 mil cidades com dois ou três milhões de bairros, os administradores encontram amplas oportunidades de roubar o dinheiro público. Alguns vão para as empresas privadas, onde a sonegação e o roubo é deslavado, e outros vão para os governos, embora o modelo de soma zero 50/50 diga que em condições ideais metade não vai participar, enquanto outra metade sim, e desta 5 % ou 1/40 ou 2,5 de todos vá fazê-lo DE QUALQUER FORMA. Assim, em qualquer momento em 5,0 a 7,5 mil cidades os gerentes governamentais estarão roubando, desviando para o que era chamado de “caixinha”, quando era pequenininha, doce menininha pura, a seguir de “caixa dois” quando cresceu mais um pouco e se tornou adulta e debochada e agora já deve ser “caixão”, enorme caixa, porque o nível da roubalheira chega a ser acintoso.

Vitória, domingo, 14 de março de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário