Clímaxes e
Anticlímaxes de Adão Sai de Casa
Há várias situações
nos filmes, mas em geral começa-se com um clímax menor, seguindo-se um
anticlímax e no final um clímax verdadeiramente alto, que finda o cenário e
fecha o enredo, resolvendo-o. O clímax inicial muitas vezes é usado para
introduzir o poder do herói e da heroína, demonstrar que eles serão competentes
para resolver o grande caso do final. Coloca-se um bandido menor apenas para
delinear essas capacidades do mocinho e da mocinha.
Nos filmes em torno
da coletânea Adão Sai de Casa os
clímaxes devem corresponder aos temas dominantes, aqueles que foram delineados
nos artigos, porque se trata de um grande conjunto, de uma demonstração
elaboradíssima (se tivermos sorte de conseguir passá-la). A idéia é frisar
aquele ponto importante do artigo no filme, no que serão alturas maiores e
menores do grupo, de todo o plano de ASC. Portanto, não sei como os diretores
se virarão para conseguir esse efeito coletivo sem deixar de elevar o seu
exemplar em especial, quer dizer, beneficiar o todo sem prejudicar cada parte
que lhes compete. Que saídas acharão? Eu não sei, é porisso mesmo que
precisamos dos gênios, dos criadores.
Pois devemos partir
de um plano virtual em que não saberemos onde se situarão os altos e baixos
futuros para desenhar este alto ou baixo em particular. Quer dizer, como este
morro que determinado diretor está criando se harmonizará com o que ainda não
existe nem pode ser visto (pois será criado no futuro)? Eis uma questão
poderosa que os gênios deverão resolver a contento. Será como o ator interagir
com figuras imaginárias, do modo como fez Brendan Fraser em A Múmia, EUA, 1999.
Vitória, sábado, 13
de março de 2004.
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