Amigas dos Pássaros
Olhando os dez
milhões de anos dos hominídeos podemos ver a crescente ocupação das cavernas
gerando os predecessores dos sapiens, tanto quanto eles as geraram, quer dizer,
modificaram, pois dizer pessoambientes é o mesmo que afirmar das pessoas os
ambientes e vice-versa. Então, no Modelo da Caverna dos homens (machos e
pseudofêmeas) que saíam para caçar e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) que
ficavam coletando, a tropa que restava (crianças de ambos os sexos, velhos e
velhas, doentes, aleijados, anões e anãs, gatos e as demais posses) ficava sob
administração ou controle feminino.
Além de ter os gatos
que vigiavam as crianças, as mulheres deviam ter mais aliados, por exemplo, os
pássaros, que têm um cérebro pequeno, com poucas opções de aprendizado; porém,
ao longo de um tempo muito grande podem-se recompensar as atitudes desejadas,
fazendo sobreviver e proliferar os apontamentos de apoio, certa gritaria quando
da aproximação de inimigos. Importa menos saber quais eram estes do que os
pássaros que se tornaram aliados, pois as mulheres devem ter selecionado uma
linha simbiótica, servindo-se dos pássaros e eles delas, estrita camaradagem e
confiança (mas não com relação aos homens, que os viam como proteínas). De modo
que devemos esperar que certos pássaros possam ser chamados pelas vozes das
mulheres, porém não pelas dos homens. Assim, devemos esperar na Língua das
Mulheres uma subseção que atraia os pássaros. Será que sob hipnose as mulheres
podem despertar esse sentido e essa partição da língua? Seria possível as
frações mais atrasadas da humanidade, os índios (no caso, as índias) ainda se
recordarem desses estrilos e trinados característicos? Teriam elas, aquelas
mulheres (pois certamente passou às humanas, depois dos sapiens, embora a
utilidade tenha se perdido) uma espécie de LÍNGUA DOS PÁSSAROS? Porque seria
preciso distinguir se são tais ou quais inimigos, se existe comida em tal ou
qual árvore, se os homens estão voltando, etc.
Poderiam os psicólogos
descobrir isso?
Vitória, sábado, 31
de janeiro de 2004.
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