Adão se Defende das
Feras
Imagine-se chegando
um planeta em que os racionais ainda não começaram o crescimento acelerado, a
acumulação exponencial civilizada, em que os 100 milhões de anos primatas pouco
destruíram, um pouco mais os 10 milhões de anos hominídeos e mais ainda os 100,
50 ou 35 mil anos sapiens, mas não tanto quanto o fariam os seis mil anos
humanos, depois da escrita. Foi o caso de Adão e sua Turma, quando no AZEA (ano
zero da Era Adâmica) aterrissaram, há 5,75 mil anos, lá por 3,75 mil antes de
Cristo.
Ali estão fungos,
plantas, animais, primatas e sapiens hostis, todos potencialmente mortais,
venenosos ou atacantes, de modo que seria preciso organizar uma linha
inviolável de defesa (uma coisa é gostar dos bichos e outra muito diferente é
ser mordido por eles). Tudo pode furar, tudo pode meter os dentes, tudo pode
envenenar, há esporos no ar, tudo é mortal e perigoso. Em nível muito maior é
como os soldados que vão para territórios estrangeiros, especialmente os mais
atrasados e sem recursos.
Como se defender das
feras e das semiferas humanas de seis mil anos passados? Acho que antes de tudo
se deve construir muros. Penso que os adâmicos (=ATLANTES) treinaram os padres
e estes aos operários (agindo como capatazes dos “deuses”) para construir
IMENSOS MUROS – é a lógica. Muros muito grandes, mesmo, que devem estar em toda
parte em que iam.
Podemos imaginar a
cena: a nave devia descer num centro livre de tudo, um círculo central bastante
amplo e assinalado, em volta do qual estariam os muros muito altos. Estes devem
ser ciclópicos, titânicos, para todo tipo de fera, mesmo as maiores. Já não
existiam dinossauros, mas os elefantes (e talvez alguns mamutes remanescentes)
podem causar bastante estragos, especialmente contra os warkianos, que eram tão
frágeis. Como a nave viam supostamente de cima e devia ser dotada de
antigravidade, descia na vertical, de modo que devemos procurar muros
circulares muito altos, muito largos, muito profundos, enfiados na terra,
resistentes a todo tipo de embate. Porém, muros não defendem de voadores, de
modo que aí seria de esperar a colocação de redes (o que leva a pensar em
postes fincados nos muros como suporte – as redes e os postes desapareceram,
mas não os buracos nas pedras). Mesmo redes não defendem de viroses e bactérias
e aí os cuidados já seriam outros.
Vitória,
quinta-feira, 29 de janeiro de 2004.
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