Vozes Volumétrica e
Linear
Nós vimos que há
DUAS VOZES, duas línguas, no Modelo da Caverna dos homens caçadores e das
mulheres coletoras.
A VOZ DAS MULHERES é
volumétrica e plana, no entorno da caverna, e refere-se ao espaçotempo de
coleta, em que o espaço (tempo largo) é dominante e o tempo é dominado; ao
contrário e complementarmente o espaçotempo masculino é o de caça, em que o
tempo é dominante (espaço curto) e o espaço é dominado. A VOZ DOS HOMENS é
linear e pontual, dirige-se direto ao objeto e ao objetivo, um de cada vez, ou
seja, um homem (macho ou pseudofêmea) conversa com um outro de cada vez, ao
passo que uma mulher (fêmea ou pseudomacho) conversa com muitos ao mesmo tempo
e em vários planos de cada vez, em muitas conversas paralelas.
Então, a telefonia
está toda errada, porque foi feita de início PELOS HOMENS e PARA OS HOMENS e é
porisso mesmo que chamamos de TELEFONE DE LINHA. Ora, essa telefonia não serve
para as mulheres. O MC mostra nitidamente que elas devem conversar todos os
dias o dia todo. Se uma mulher não tiver com quem conversar ou se ficar um dia
inteiro sem falar ela vai adoecer mortalmente (esse seria um modo de
torturá-las, o que obviamente não se deve fazer). A telefonia feita PARA AS
MULHERES deveria poder compartilhar muitas e muitas linhas, como se dúzias e
até centenas delas estivessem falando ao mesmo tempo, coletivamente. A
telefonia dos homens é individual, a das mulheres é coletiva, conjunta, de
multidão, de enorme quantidade de indivíduos falando todos ao mesmo tempo, numa
balbúrdia que vai incomodar os homens. Já mostrei outrora que numa repartição
deveríamos ter vários TELEFONES AZUIS para as mulheres e um só para os homens.
De forma que a
telefonia deve ser dividida em duas. A das mulheres é de centenas de horas por
mês, a dos homens de poucos minutos (não faz muito sentido ficar falando o
tempo todo na caçada). Quem fizer isso primeiro vai ganhar mundos de dinheiro.
E as mulheres teriam idealmente vários telefones celulares na bolsa, o que
seria incompreensível para os homens.
Vitória,
sexta-feira, 23 de janeiro de 2004.
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