O Volume de Amiel
Peguei a Enciclopédia e Dicionário Ilustrado
Koogan/Houaiss de papel, Rio de Janeiro, Delta, 1993 e abri numa página
qualquer, tomando o primeiro nome que li: Henri Fredéric Amiel (suíço, 1821 a
1881), escritor sem qualquer significado maior.
Vejamos que Amiel
tem largura (X), altura (Y) e profundidade (Z) num sistema psicológico
tricoordenado cartesiano: 1) figura ou psicanálise de Amiel; 2) objetivos ou
psico-sínteses de Amiel; 3) produção ou economia literária de Amiel; 4)
organização ou sociologia pretendida por Amiel; 5) espaçotempo ou centralização
geo-histórica perseguida por Amiel.
Amiel tem VOLUME
PSICOLÓGICO posto no tempo, o zero dele situando-se em 1821. Dele na Internet
um certo Eustáquio Gomes disse: “Era professor tedioso. Nunca se casou.
Permaneceu pobre. Enfim, um fracasso social completo”. Volume pequeno tinha o
Amiel, quase um ponto, mas esteve no palco = PLANETA, um pontinho lá no fundo,
quase incógnito. Contudo, todos são úteis de alguma forma e a do Amiel foi ser
citado.
Se imaginarmos XYZ
como 10.10.10 = 103 = 1.000, teremos um sistema de mensuração cujos
vetores-padrão serão 1.1.1 e cuja dimensão volumétrica será o milhar. Todos
devem caber entre o UM e o MIL, 1 < A < 1.000. Ou seja, ninguém é
realmente insignificante e ninguém é 1.000. Precisamos de um sistema assim,
porque começando errado, opiniático, com esta e aquela opinião de amigos e
inimigos convergirá para a certeza nalgum ponto, enquanto isso oscilando em
volta do centro; mais cedo ou mais tarde as classificações permitirão - mais
ligeiro e sem perda de tempo - incidir o olhar de todos e cada um dos que
vierem a ler com prontidão numa lista absoluta. Quando você abre uma
Enciclopédia, como ler as imagens? Elas não têm sistema classificatório
psicológico, o que é uma perda de tempo; o tempo de vida sendo tão curto deve
ser acelerado, potencializado nas taxas pedagógicas ou de transferência de
info-controle. Acontece que essa coisa não está sendo feita, até porque não
tinha sido visualizada: que Vψ (volume psicológico) Amiel tinha? Vψ (A) =? Qual
é o volume de Newton, qual o dos outros? Talvez devamos recorrer à emanação ou
“saição”, como chamei, aquilo que sai ou emana de A ou B, quantas vezes A ou B
é citado na posteridade. Ou a outros critérios. Enfim, como devemos julgar
Amiel?
Vitória,
quinta-feira, 15 de janeiro de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário