O Fogo Que Criou a
Humanidade
Vimos que há Dois Fogos (Livro 58), um Fogo
Masculino (FM) e um Fogo Feminino (FF), o primeiro se alastrando sem controle,
destruidor e imprevisível, violento, inimigo e arrasador, que age de uma vez só,
que é linear, e o segundo sempre contido, amigável e íntimo, previsível,
brando, controlável, calmo, amigo, que age muitas vezes, que é cíclico.
O FM era posto fora
das cavernas, nas guerras de caça, e era maciço, como os de churrasco hoje, que
são administrados em geral por homens (machos e pseudofêmeas). O FF era posto
dentro das cavernas, no cozimento, na preparação de pastas, de alimentos, de
poções para feridas. Não poderia ser este o fogo abrasador que era o outro,
porque destruiria o ambiente de morada; porisso era fogo meigo, sereno,
tranqüilo.
O outro, o
masculino, como era ateado uma vez só e saía destruindo tudo que tocava, não
era este fogo que temos nos lares de hoje e sim o que faz queimadas,
destocamentos, destrói florestas, põe fogo no mundo, ataca nas guerras e
conflitos; é aquele fogo das armas de fogo, dos canhões, das bombas atômicas. O
feminino durava todo o ano. Enquanto o FM era um, talvez uma vez só no ano,
talvez muitas, o fogo feminino operava 365 vezes num ano, ano-após-ano,
década-após-década. As mulheres (fêmeas e pseudomachos) aprenderam muito sobre
ele, dessa convivência que durou com os hominídeos dez milhões de anos e mais essa
convivência racional dos sapiens nos mais recentes 100, 50 ou 35 mil anos,
particularmente o FOGO CIVILIZADO dos 5,5 mil anos mais recentes ainda da
escrita e da civilização.
O FM é o FOGO
SELVAGEM, no máximo bárbaro, enquanto o FF é o FOGO CIVILIZADO, o que criou a
humanidade, que a amansou, nem que para isso tivessem sido necessários muitos
milhões de anos prévios e muitas dezenas de milhares depois. Vem daí a
necessidade de estudarmos melhor logicamente e em campo esse fogo feminino,
inclusive com o objetivo de replanejá-lo no lar.
Vitória,
quinta-feira, 22 de janeiro de 2004.
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