No Escurinho da
Caverna
Caverna = CAMA =
CASA = CAOS = ÁTOMO = ORDEM = CRIME = COMER = COMEÇO, etc., na Rede Cognata
(veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas).
No Modelo da Caverna dos homens caçadores e das mulheres coletoras podemos ver
logicamente as cavernas (e a partir dos desenhos e fotos que vemos das
existentes) com um buraco de entrada, equivalente à porta, um grande salão, na
redondeza do qual colocados os quartos, como eu disse quando falei da
reconstrução das casas.
O mesmo poderíamos
pensar dos cinemas.
Deveria ser enorme
salão, mas redondo ou abaulado, em vez de quadrado ou paralelepidal ou cúbico,
com uma porta de entrada equivalendo à boca da caverna e uma tela de projeção
como a atual, só que convergindo as linhas das paredes para ela, encontrando os
vértices do retângulo de projeção.
E dá de a gente
pensar se a tela de agora não é o equivalente das pinturas nas paredes da
caverna contando das caças e das estações de vida dos hominídeos e dos sapiens;
se o Cinema geral que inventamos não é meramente a colocação racional de uma
atividade que se praticou longamente e ficou no inconsciente? O que acontecia
com as pinturas? Como os cavernícolas se referiam e se referenciavam a elas?
Como o estático se transformava pela gesticulação em dinâmico, em re-trat/ação
(ação ou ato permanente de re-tratar, re-presentar, tornar presente de novo)
para as novas gerações as grandes vitórias do coletivo? Não é um dos nossos
modos de sonhar, o Cinema? Não estamos sonhando coletivamente sobre nossas
vitórias e nossas derrotas?
Re-desenhar os
cinemas para eles se parecerem com cavernas melhorará nosso sentido de
aproveitamento deles? Parecerão mais satisfatórios? Ficaremos mais gratificados
estando nessas formas novas/antigas? A volta do antigo nos tornará mais
felizes, finalmente equilibrados? O que os tecnartistas terão a dizer? Há
muitas perguntas a fazer.
Vitória, sábado, 24
de janeiro de 2004.
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