Dois Governantes
Já vimos que no
futuro deveremos ter dois (um + uma) governantes no Executivo (AMBIENTES:
mundial, nacional, estadual, municipal/urbano), dois políticos no Legislativo,
dois juizes no Judiciário, sempre o par polar homulher.
Como organizar isso?
Porque a menos de um
par positivamente azeitado que fale como um fica difícil decidir e mais ainda
andar, especialmente para frente; pois o mundo é tal que, como disse a Rainha
Louca de Alice no País das Maravilhas, é preciso andar depressa para ficar no
mesmo lugar. Será preciso treinar ou substituírem-se ele e ela dois mais dois
(em quatro anos) ou um + outra + um + outra, o que for, ou de seis em seis
meses, caso não se entendam.
Se houver ao mesmo
tempo uma governadora e um governador, a quem obedecer? Não podem ser marido e
mulher, homem e esposa, e sim eleitos separadamente, em composições
estranhíssimas de votos de homens (machos e pseudofêmeas) e mulheres (fêmeas e
pseudomachos). Isso vai ser muito esquisito, mas sempre acabamos nos acomodando
às novas regras. Cada um deve ter seu vice, que também assumirão aos pares (se
o principal sair a principal deve se afastar também, sendo ambos substituídos
por um novo par). Novas regras deverão ser construídas. Imagine que são mais de
200 nações, talvez uns quatro mil estados e províncias, 200 ou 300 mil
cidades/municípios, dois ou três milhões de bairros e distritos e com o tempo
os pares devem estar formados em toda parte, uma trabalheira do cão, porque as
constituições deverão ser universalmente reformadas.
Ser perfeito não
custa pouco; só é bonito depois de pronto e limpo. O cansativo que é fazer
ninguém pode imaginar.
Vitória, domingo, 25
de janeiro de 2004.
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