sexta-feira, 5 de maio de 2017


Dois Governantes

 

                            Já vimos que no futuro deveremos ter dois (um + uma) governantes no Executivo (AMBIENTES: mundial, nacional, estadual, municipal/urbano), dois políticos no Legislativo, dois juizes no Judiciário, sempre o par polar homulher.

                            Como organizar isso?

                            Porque a menos de um par positivamente azeitado que fale como um fica difícil decidir e mais ainda andar, especialmente para frente; pois o mundo é tal que, como disse a Rainha Louca de Alice no País das Maravilhas, é preciso andar depressa para ficar no mesmo lugar. Será preciso treinar ou substituírem-se ele e ela dois mais dois (em quatro anos) ou um + outra + um + outra, o que for, ou de seis em seis meses, caso não se entendam.

                            Se houver ao mesmo tempo uma governadora e um governador, a quem obedecer? Não podem ser marido e mulher, homem e esposa, e sim eleitos separadamente, em composições estranhíssimas de votos de homens (machos e pseudofêmeas) e mulheres (fêmeas e pseudomachos). Isso vai ser muito esquisito, mas sempre acabamos nos acomodando às novas regras. Cada um deve ter seu vice, que também assumirão aos pares (se o principal sair a principal deve se afastar também, sendo ambos substituídos por um novo par). Novas regras deverão ser construídas. Imagine que são mais de 200 nações, talvez uns quatro mil estados e províncias, 200 ou 300 mil cidades/municípios, dois ou três milhões de bairros e distritos e com o tempo os pares devem estar formados em toda parte, uma trabalheira do cão, porque as constituições deverão ser universalmente reformadas.

                            Ser perfeito não custa pouco; só é bonito depois de pronto e limpo. O cansativo que é fazer ninguém pode imaginar.
                            Vitória, domingo, 25 de janeiro de 2004.

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