sexta-feira, 5 de maio de 2017


Dicionárienciclopédico Sulamericano

 

                            Já falei da necessidade de fazer dicionárienciclopédicos e de fazer D/E’s na América do Sul, mas aqui quero reforçar, para colocar a palavra Sulamericano (e não Sul-Americano, em que há ainda separação por hífen), quer dizer, união até as últimas conseqüências.

                            Os governempresas das 13 nações da região (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, que é possessão francesa) devem assumir a maioridade, contando suas geografias e suas histórias, suas palavras do Dicionário SA e suas imagens da Enciclopédia SA, seu D/E SA.

                            O que impede ou dificulta isso é o velho complexo de Peter Pan, a falta de coragem de se tornar adulto e maduro, de assumir sua posição no mundo, de estar acima das críticas e das autocríticas. Os G/E daqui estão sempre pedindo a permissão dos outros, sempre considerando as vontades alheias, sempre perguntando o que os outros querem, em especial os EUA e a Europa.

                            Somos americanos, mas do Sul, sulamericanos, não somos norte-americanos, somos distintos e temos nossas vontades e nossos destinos a enfrentar. Temos de apresentar nossos programas particulares, de cada nação, e do coletivo de nações. Se os ingleses não tivessem bloqueado as intenções do Napoleão da América do Sul, o tirano paraguaio Solano Lopes (mas a dominação dele teria sido unilateral e ruim para os brasileiros) lá pela década dos 1860, já estaríamos bem mais avançados que os europeus; mais remotamente ainda, com Bolívar; mais recentemente com José Martí e a Nuestra América (mas aí Cuba é que ditaria as normas; não convém um país pequeno mandar nos maiores).

                            Justamente é hora de contar a geo-história da América Latina, Latinamérica, e em particular da Sulamérica, a América do Sul, e toda a psicologia local, fazendo esse D/E com as palavras daqui, tal como divergiram das matrizes européias espanhola e portuguesa (no caso das Guianas, inglesa, holandesa e francesa – cinco línguas, fora as indígenas e africanas).

                            Vitória, terça-feira, 27 de janeiro de 2004.

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