sábado, 27 de maio de 2017


As Comunicações da Casa Celeste

 

                            Eram de dois tipos, as adâmicas ou celestes, que dependiam dos instrumentos que ele trouxe de Paraíso, o planeta da estrela Canopus (mais de 300 anos-luz do Sol) de onde veio com Eva, que cessaram de operar com a morte dele aos 930 anos (chegando em 3,75 mil a.C., terminaram em 2,82 mil antes de Jesus), e as terrestres, que foram organizadas para o círculo mais exterior dos descendentes, de netos e bisnetos para diante. Veja a coletânea Adão Sai de Casa.

                            O círculo interior, filhos e alguns netos privilegiados, usavam os instrumentos divinos que foram feitos por Deus e que Adão trouxe consigo. E nas coisas corriqueiras, tratos com terrestres, todos usavam as comunicações locais, menos Adão e Eva, que quase não tinham ligação com ninguém. Os meios de comunicação terrestres eram a cavalo, a pé, de barco, todos esses que os primeiros povos civilizados a partir deles usaram por largos milênios, até a modernidade e a invenção do telégrafo.

                            Os comunicadores celestiais ou augustos ou atlantes eram mais avançados que os nossos e baseados na Grande Nave que estava estacionada (e ainda está) fora da Terra. Ela agia tal como esses nossos satélites agem, retransmitindo para os aparelhinhos. Ora, se isso acontecia deixou marca na geo-história, retratada nas lendas e mitos sob a forma de estranheza, porque comunicação incompreensível. É esse fosso de incompreensibilidade entre aquele que vê e o que é visto, no caso entre os terrestres e os celestes, que leva à lenda, ao CHOQUE DE LEITURA, digamos assim – um imenso fosso tecnocientífico que transforma tudo em vapor lendário.

                            Imagino que houvesse uma antena na cabeça, uma espécie de coroa (depois imitada pelos reis e suas rainhas), com um fone de ouvido, cujo sentido os nativos primitivos ignoravam totalmente. Raramente os adâmicos usavam os comunicadores fora da Casa Celeste, mas o faziam, tanto que apareceram nas lendas, que são transmitidas pelos olhos dos incrédulos e porisso mesmo são importantes, porque descrevem aparelhos, instrumentos, máquinas, programas inexplicáveis.

                            Devemos vascular as lendas para extrair delas todo tipo de aparelho insólito, toda descrição do inusitado, do impossivelmente destoante. Aí encontraremos aquelas coisas augustas.
                            Vitória, quarta-feira, 10 de março de 2004.

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