segunda-feira, 1 de maio de 2017


Temperos de Dez Milhões de Anos

 

                            Evidentemente nada dura tanto, nem as pirâmides, mas aqui estamos falando de outras coisas, a começar dos presumidos dez milhões de anos dos hominídeos nas cavernas ou em volta delas. E temperos = TRANSAS = TREPAR = DOMINAR = VAGINAS = AGONIAS, etc., na Rede Cognata, veja Livro 2, artigo Rede e Grade Signalíticas.

                            Então olhe o cenário de multidões de homens e mulheres convivendo no Modelo das Cavernas das mulheres coletoras e dos homens caçadores. Como já vimos, machos e pseudofêmeas ficavam fora muito tempo caçando, mas quando voltavam era aquela festa! Que durava uma semana, talvez mais, até que estivessem consumidas as proteínas e os homens tivessem de sair de novo.

                            Então, os hominídeos tiveram dez milhões de anos para REINVENTAR O SEXO de onde o levaram os primatas, da incipiência ou mínimo de cio dos deles até a enorme competência permanente dos sapiens, que nos mais recentes 100, 50 ou 35 mil (os cientistas não conseguem se decidir) anos conduziram o Sexo geral a potências incompreensíveis para primatas e hominídeos. Porém, antes que chegasse esse tempo, estiveram agindo os hominídeos, saindo do cio dos animais e do quase cio dos primatas a essa TEMPESTADE CEREBRAL que é o sexo hoje - tanto a ponto de quase nos afogar.

                            Como se passou isso?

                            Você não sente curiosidade não-intrusiva de olhar para dentro da Caverna geral e ver o que esses nossos avôs e nossas avós estiveram fazendo? Porque, é evidente, o que eles fizeram - batendo na mesma tecla por DEZ MILHÕES DE ANOS - embasa tudo que fazemos hoje; somos só a tinta sobre o reboco hominídeo e os tijolos primatas. Embora muito mais bonita, variada e atrativa que a construção crua ainda é uma tintura sobreposta minimamente ao que está na base, no interior, construção relativa 1/200 ou 1/400 com a dos hominídeos e 1/2000 ou 1/4000 com os primatas. O modo de se alimentar, de caçar, de transar, de dançar, tudo vem de lá e nos pressiona no inconsciente em tudo que de nós se lança ao presente e ao futuro.

                            Vitória, segunda-feira, 12 de janeiro de 2004.

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