quarta-feira, 3 de maio de 2017


Fogo Feminino

 

                            Descobrimos que a Caverna das mulheres coletoras e dos homens caçadores comporta Dois Fogos (veja Livro 58), um interno, controlado, organizador e cíclico, das mulheres, e outro externo, descontrolado, devastador e linear, dos homens. AS MULHERES empurraram os homens para a expansão - visando tomar futuro das demais espécies, embora nem de longe tivessem consciência disso - e, portanto, atearem o fogo masculino ao mundo.

                            O fogo feminino não é fogo que morra, como o dos homens, ele persiste, é para sempre, está sempre sendo alimentado. Daí a importância dos outrora chamados “fogos do lar”, quer dizer, o conjunto (pois eram muitos nas cavernas) dos fogos femininos, com o FOGO DOMINANTE da mãe ou mulher dominante, o que quer dizer que uma mulher domina toda a casa (não pode haver mais de uma), onde podem ser servidos vários homens.

                            Eis o significado fundamental do FOGÃO, o grande fogo, e porque ele é o núcleo, o centro, o aglutinador da casa, em torno do quê tudo mais se passa, porque o dia é dominante, a noite é para dormir e fazer filhos. O pilar da casa é o fogo, é como a Mulher geral administra ou conduz os seres todos sob sua guarda; como faz comida; como entrega a vida por meio desta preferencialmente a A ou B (sempre AOS FILHOS, as filhas eram desprezadas e postas de banda); como conspira (isso pode ser testado em campo colocando-se fogos simbólicos onde só existam mulheres para ver o que acontece); como planeja; como conversa continuamente – as mulheres nas casas de hoje conversarão preferencialmente em volta do fogão  (ou da lareira).

                            Naturalmente, com a evolução das casas isso se perdeu um pouco e o feminismo veio trazer ruína e dor às próprias mulheres, porque dentro delas estão plantados 10 milhões de anos das hominídeas, que as poucas dezenas de milhares sapiens querem negar. Não que devesse ser assim, nem se deve pretender aquela preferência porcalhona de “tanque e forno” dos torturadores, mas sim rever as posições excludentes, que em nome da falsa igualdade querem negar o passado antes que se possa reprogramar geneticamente. SE as mulheres forem forçadas a ficar longe do fogo (nem que seja simbólico, nos escritórios) ELAS ADOECERÃO! Fatalmente, como devem estar adoecendo hoje.

                            Vitória, domingo, 18 de janeiro de 2004.

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