As Mulheres Descobrem
a Variedade de Temperos
Vimos no Modelo das
Cavernas dos homens caçadores e das mulheres coletoras que as mulheres (fêmeas
e pseudomachos que ficavam nas cavernas) é que descobriram a agricultura, a
pecuária, os vasos, as roupas, a contagem inicial, a organização primitiva, a
coleta e seleção, tudo que era cultura primordial.
Inventaram a coleta
e a agricultura e com isso os temperos (que na Rede Cognata tem sentido de
TRANSAS = DEUSAS = BRUXAS = DOMÍNIOS, etc.). Veja-as como bruxas que usavam
poções no caldeirão comunitário e com isso dominavam toda a coletividade,
curando-a e envenenando-a, com UMA SÓ mulher mandando, a Grande Mãe, a
matriarca, que orientava a todas – uma espécie de abelha-rainha.
Então, em volta das
muitas cavernas onde - os hominídeos primeiro e os sapiens depois – viveram, as
mulheres encontraram inumeráveis temperos, inclusive dentro e no fundo das
cavernas; tubérculos, folhas, fungos, cascas, todo tipo de produto isolado e
misturado – deve ter sido um festim de descobertas, quando começou. Os homens
(machos e pseudofêmeas que saíam para caçar) não tinham a menor idéia do que
estava acontecendo. Se aconteceu assim vão existir ainda algumas
mulheres-pela-forma, pseudofêmeas que nada entenderão de cozinha e que desejam
manter-se longe dela. Os homens não conseguiam enfrentar o poder das fêmeas e
viviam completamente dominados.
Claro que aqueles
temperos não eram senão uma fração insignificante do que existe hoje, mas mesmo
assim eram uma enormidade para o passado; as mulheres devem ter manuseado
alguns que nós nem imaginamos. Temperos para induzir o aborto, para prostrar,
para estimular (inclusive os primeiros alucinógenos – não faz sentido homens
pararem para à beira do caminho de caça colher cogumelos: “espere, gente, vi
uns cogumelos bacanas aqui; depois a gente corre atrás dos bichos”), para
apressar o parto, para curar doenças, todo tipo de coisa, uma sabedoria que em
parte está perdida, mas talvez possa ser parcialmente redescoberta entre as
índias e os povos “primitivos”. Afinal de contas são dez milhões de anos de
aprendizado e confirmação (mesmo se não podiam ser rápidos como os
tecnocientistas, tiveram a repetição longa para sancionar).
Vitória,
terça-feira, 20 de janeiro de 2004.
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