segunda-feira, 1 de maio de 2017


As Mulheres Descobrem a Variedade de Temperos

 

                            Vimos no Modelo das Cavernas dos homens caçadores e das mulheres coletoras que as mulheres (fêmeas e pseudomachos que ficavam nas cavernas) é que descobriram a agricultura, a pecuária, os vasos, as roupas, a contagem inicial, a organização primitiva, a coleta e seleção, tudo que era cultura primordial.

                            Inventaram a coleta e a agricultura e com isso os temperos (que na Rede Cognata tem sentido de TRANSAS = DEUSAS = BRUXAS = DOMÍNIOS, etc.). Veja-as como bruxas que usavam poções no caldeirão comunitário e com isso dominavam toda a coletividade, curando-a e envenenando-a, com UMA SÓ mulher mandando, a Grande Mãe, a matriarca, que orientava a todas – uma espécie de abelha-rainha.

                            Então, em volta das muitas cavernas onde - os hominídeos primeiro e os sapiens depois – viveram, as mulheres encontraram inumeráveis temperos, inclusive dentro e no fundo das cavernas; tubérculos, folhas, fungos, cascas, todo tipo de produto isolado e misturado – deve ter sido um festim de descobertas, quando começou. Os homens (machos e pseudofêmeas que saíam para caçar) não tinham a menor idéia do que estava acontecendo. Se aconteceu assim vão existir ainda algumas mulheres-pela-forma, pseudofêmeas que nada entenderão de cozinha e que desejam manter-se longe dela. Os homens não conseguiam enfrentar o poder das fêmeas e viviam completamente dominados.

                            Claro que aqueles temperos não eram senão uma fração insignificante do que existe hoje, mas mesmo assim eram uma enormidade para o passado; as mulheres devem ter manuseado alguns que nós nem imaginamos. Temperos para induzir o aborto, para prostrar, para estimular (inclusive os primeiros alucinógenos – não faz sentido homens pararem para à beira do caminho de caça colher cogumelos: “espere, gente, vi uns cogumelos bacanas aqui; depois a gente corre atrás dos bichos”), para apressar o parto, para curar doenças, todo tipo de coisa, uma sabedoria que em parte está perdida, mas talvez possa ser parcialmente redescoberta entre as índias e os povos “primitivos”. Afinal de contas são dez milhões de anos de aprendizado e confirmação (mesmo se não podiam ser rápidos como os tecnocientistas, tiveram a repetição longa para sancionar).
                            Vitória, terça-feira, 20 de janeiro de 2004.

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