As Carências das Menininhas
A serem verdadeiras
e comprováveis as linhas lógicas que seguimos no Modelo da Caverna das mulheres
coletoras e dos homens caçadores em que os machos e as pseudofêmeas saíam para
caçar e as fêmeas e os pseudomachos ficavam em casa, por assim dizer, junto com
as meninas e os meninos, os aleijados, os doentes, os velhos e as velhas, é
certo que as mães cuidavam principalmente dos meninos, os futuros machos
emprenhadores – as mães cuidavam com deferência DOS FILHOS, não das meninas,
que eram presumidamente futuras competidoras por esperma. Escorraçavam as
meninas, humilhavam-nas, deprimiam-nas, faziam de tudo para reduzi-las a
trapos, quando não as matavam no berço ou no colo, pois a intenção da mulher é
alcançar o futuro a quase qualquer custo.
Foi muito
recentemente e por insistência dos homens que as meninas foram elevadas; por
amor de pais zelosos e não das mães. Foram os homens que deram independência às
meninas e por via de conseqüência às mulheres todas.
Bem, mesmo que as
meninas venham alçando vôo agora, ainda há dentro delas dez milhões de anos
hominídeos, genética incontornável, dependência molecular que não pode ser
evitada – então, COM TODA CERTEZA as meninas são carentes, de uma carência que somente
amor não poderá suprir, sendo preciso reprogramar geneticamente. Enquanto isso
elas continuarão dependentes, carentes como nós homens jamais saberemos, o que se
propaga para adiante e é levado à alma das mulheres e daí passa a toda a
humanidade. É fundamental os psicólogos dedicarem estudos intensos em
profundidade e continuados por décadas até conseguirmos entender tudo isso.
Quando o fizermos provavelmente nos assustaremos com a profundeza dessa mágoa.
Vitória,
sexta-feira, 23 de janeiro de 2004.
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