sexta-feira, 5 de maio de 2017


As Carências das Menininhas

 

                            A serem verdadeiras e comprováveis as linhas lógicas que seguimos no Modelo da Caverna das mulheres coletoras e dos homens caçadores em que os machos e as pseudofêmeas saíam para caçar e as fêmeas e os pseudomachos ficavam em casa, por assim dizer, junto com as meninas e os meninos, os aleijados, os doentes, os velhos e as velhas, é certo que as mães cuidavam principalmente dos meninos, os futuros machos emprenhadores – as mães cuidavam com deferência DOS FILHOS, não das meninas, que eram presumidamente futuras competidoras por esperma. Escorraçavam as meninas, humilhavam-nas, deprimiam-nas, faziam de tudo para reduzi-las a trapos, quando não as matavam no berço ou no colo, pois a intenção da mulher é alcançar o futuro a quase qualquer custo.

                            Foi muito recentemente e por insistência dos homens que as meninas foram elevadas; por amor de pais zelosos e não das mães. Foram os homens que deram independência às meninas e por via de conseqüência às mulheres todas.

                            Bem, mesmo que as meninas venham alçando vôo agora, ainda há dentro delas dez milhões de anos hominídeos, genética incontornável, dependência molecular que não pode ser evitada – então, COM TODA CERTEZA as meninas são carentes, de uma carência que somente amor não poderá suprir, sendo preciso reprogramar geneticamente. Enquanto isso elas continuarão dependentes, carentes como nós homens jamais saberemos, o que se propaga para adiante e é levado à alma das mulheres e daí passa a toda a humanidade. É fundamental os psicólogos dedicarem estudos intensos em profundidade e continuados por décadas até conseguirmos entender tudo isso. Quando o fizermos provavelmente nos assustaremos com a profundeza dessa mágoa.

                            Vitória, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004.

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