terça-feira, 4 de julho de 2017


Estudar à Tarde Pode Ser Muito Bom

 

                            Sempre estudei de manhã, antes de ingressar na universidade, e sempre considerei os que estudam à tarde perdedores, os mais fracos, os que não conseguiram pontos, os que não são tão bons.

                            Isso vem de que de manhã estamos acordando “de cuca fresca”; por assim dizer, a mente passou o scandisk e o desfragmentador nas horas de sono e sonho e ficou tudo nos lugares certos, cada memória em seu canto. Os erros apagados, corrigidos os problemas estamos, como diz o povo, “zero bala”, prontos para enfrentar o dia, até porque não houve tempo para acumular memórias de problemas. De tarde já temos seis ou sete horas de encrencas. Na minha infância quem estudava de tarde era uma espécie de proscrito. Tanto é assim que as escolas dão descontos para os alunos da tarde.

                            Agora, pensando bem, estudar à tarde pode ser até melhor, em algumas situações. É que a menos de alunos disciplinados voltar a casa para estudar de tarde pode ser complicado, já que depois do almoço bate “a lombra” (no Aurélio Século XXI digital: S. f. Bras.  1. Efeito ou resultado do uso da maconha), como diz o povo, esse sono pesado que sobrevém depois da refeição, especialmente quando está fazendo muito calor. Se o aluno não for particularmente dedicado é difícil estudar depois do almoço.

                            Por outro lado, o ensino for à tarde na escola de manhã ele acorda com mais disposição para, SOZINHO, enfrentar os livros; vai para as aulas tendo recém-estudado as questões. E o professor pode reforçar, quando dessa queda esperada de rendimento; sabendo que os alunos irão render menos, ele se esforçará mais, desde que tenha consciência. Resumindo, quando acorda, com mais disposição o aluno estuda de manhã em casa e, quando essa capacidade decline, na escola na parte da tarde. Desse jeito, ir à escola no horário vespertino pode ser melhor, no fim das contas, DESDE QUE o aluno realmente se esforce de manhã. Noutra condição, não, de jeito algum. Quando as escolas percebam isso e façam propaganda certamente irão aumentar os preços das aulas dadas de tarde.

                            E desse jeito posso entender que se pode tirar proveito de tudo mesmo, quando se observe com atenção.

                            Vitória, quarta-feira, 14 de julho de 2004.

Escola de Psicologia da Engenharia

 

                            Já vimos que tudo que os racionais façam não passa de Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias). Dizer que a Psicologia é uma engenharia (científica) é o equivalente, a menos de um divisor, a dizer que a Engenharia é uma psicologia (técnica), a menos de um multiplicador. A Psicologia engenha almas completas, a Engenharia resolve almas particulares, menores e menos vastas em compreensões.

                            Assim como as engenharias e as arquiteturas precisam se encontrar em arquiengenharias futuras, as engenharias precisam ter aulas de psicologias, todas e cada uma; o contrário não é verdadeiro nem necessário (mas seria bom que fosse suficiente: que a Psicologia tivesse aulas de engenharias).

                            Por quê a Engenharia geral precisa aprender sobre Psicologia?

                            SIM, POR QUÊ?

1.       Porque deve saber das figuras (PESSOAIS ou diretas: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTAIS ou indiretas: cidades/municípios, estados, nações e mundos) ou psicanálises a que se dirige, em todas as chaves e bandeiras;

2.       Porque urge conhecer os objetivos ou psico-sínteses, para melhorar o rendimento das escolhas, dominar e administrar serviços de fluxo espaçotemporal otimizado;

3.      Porque faz todo sentido aumentar o rendimento material, energético e informacional do que é feito, produzindo o apontamento em funil desejado pela coletividade;

4.      Porque a organização ótima ou excelente é aquela que serve ao conjunto (o povelite ou nação ou cultura), aquela que é oferecida como sociologia, lógica-de-organização-social;

5.      Porque o espaço tempo ou geo-história ADEQUADO é aquele de mínimo espaço e mínimo tempo CO-RESPONDENTE à formação GH de cada povo (não adianta produzir ótimas pontes ao modo americano no Brasil). Isso pede que o engenheiro tenha formação GH compatível (formação muito profunda num país de quinto mundo pode ser daninha, porque excessivamente demorada).

Assim sendo, é da maior importância a Escola de Engenharia colocar um Departamento de Psicologia em que estejam presentes tanto engenheiros formados em psicologia quanto, desejavelmente, psicólogos formados em engenharia. E pedagogos, que vão aproximar uns de outros, evitando os choques (porque, afinal de contas, mesmo sem formação em Psicologia ainda se pode produzir engenheiros competentes – quer dizer, os psicólogos NA ESCOLA DE ENGENHARIA são importantes, mas não são fundamentais).

E essa coisa nova exige toda uma preparação sem soluços, sem estrelismos, que leve à eficiência ou eficácia e à máxima proficiência ou competência.

Vitória, quarta-feira, 21 de julho de 2004.

Elaborando os Mapas da América do Sul

 

                            Contando como firme - a queda de meteorito gigante no México há 65 milhões de anos e quedas periódicas de 26 em 26 milhões de anos – o que está posto nos textos sobre meteoritos, colocamos em 13, 39, 65, 91 e daí para trás até 273 milhões de anos, esta também grande, e mais para trás ainda as quedas sucessivas

                            Sugeri adotarmos um horizonte temporal de milhão de anos nos recuos. Colocaríamos a atualidade em 65, um milhão de anos para trás em (65 – 1 =) 64 e assim por diante até o zero, porque aquela data é muito importante: nela se acentuou a separação da África e do Brasil. Para trás teríamos – 1, - 2 e assim por diante, de forma que 273 seria (65 - 278 =) – 208. De fato, de 65 a 64 o primeiro milhão de anos constituiria a atualidade, que é o que nos interessa de perto, porque a nossa espécie surgiu há no máximo quatro milhões de anos, dizem os cientistas, e a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y há 200 mil anos.Então, um milhão estaria entre um e outro evento. Todos os mapas entre agora e um milhão de anos seriam DA ATUALIDADE (geológica, mas não geo-histórica, é evidente).

                            OS CONJUNTOS DE MAPAS

·       Mais recuados: de 273 milhões de anos para trás;

·       Médios: de 65 a 273 milhões de anos (0 a – 208)

·       Recentes: 65 a zero;

·       Atuais: últimos milhão de anos (todos os mapas antropológicos significativos ficariam aqui).

Os recentes nos interessam sobremaneira na questão do petróleo porque nele veremos o Lobato da América do Sul mudando de canal a planície e poderemos perceber exatamente onde o óleo potencialmente estará, nos grandes depósitos. Muito para trás não interessa tanto, nem os mapas atuais, nesta questão em particular. Nos médios e recuados o óleo não havia sido levantado, no atuais não há formação.

Assim, temos de nos fixar nos recentes. A mais precisa percepção dos Lobatos depende da acurácia (no Aurélio Século XXI digital: 

S. f.  1. Mat.  Exatidão de uma operação ou de uma tabela. 2. Fís.  Propriedade de uma medida de uma grandeza física que foi obtida por instrumentos e processos isentos de erros sistemáticos) com que os façamos.

                            Vitória, terça-feira, 20 de julho de 2004.

Dar Aulas Sempre é Bom

 

                            Dar aulas é a coisa mais nobre em que posso pensar, por vários motivos muito bons:

1.       Submete a pessoa à autodisciplina (de preparar as aulas, de ter paciência de corrigir as provas, de tolerar os alunos, de agüentar a direção, de dar atenção a pais e mães);

2.       Permite rever a matéria antiga, que fica muito pisada, tornando-se chão seguro para o avanço (porque pelo menos se tem garantia daquele mínimo);

3.      A preparação de uma apostilha ou plano de aulas garante o apuro lógico de mínima competência naquela disciplina em especial;

4.      O contato com os alunos é garantia de indagações, algumas de alto nível;

5.      Se ganha dinheiro;

6.      É possível estar perto das menininhas (ou, para as professoras, dos garotos, o que era ruim antes, devido à diferença de idade, mas não é mais; isso de professores e alunas não poderem se relacionar é idiotice – podem, desde que não sejam casados);

7.       A obrigação de atualização (lendo e relendo livros da área e de outras, correlatas);

8.      Aulas garantem o futuro da espécie (pois somos racionais, não biológicos apenas – o que se afiança é a sustentação da razão);

9.      Pode-se caminhar juntos dos avanços pedagógicos.

Você pode pensar em mais coisas.

Escrever livros, pintar quadros, tudo isso é dar aulas. Existem aulas-expostas e aulas-não-expostas, estas as reservadas, aquelas que são dadas em recolhimento por poetas, cineastas e pesquisadores em geral sem contato direto com o público; tudo que é passagem adiante do conhecimento acumulado.

Enfim, é bom demais. Ainda não consegui, mas um dia conseguirei. Espero poder atingir esse estágio público.

Vitória, quarta-feira, 14 de julho de 2004.

Controle Térmico Feminino

 

                            Olhando pelo Modelo da Caverna podemos ver que o grupo de homens (machos e pseudofêmeas) que saía para as caçadas e o grupo de mulheres (fêmeas e pseudomachos) que ficava constituíram DOIS GRUPOS distintos de corpos e mentes. É importante falar das pseudofêmeas e dos pseudomachos PORQUE eles são os subgrupos de controle, para teste do modelo.

                            Assim, se as mulheres ficavam muitos dias, semanas e até meses sozinhas com seu grupo (de 80 a 90 % do contingente, como já vimos) e os homens saíam – nessa visão diferindo muito do modelo usual dos cientistas, que dizem que todos iam juntos -, se segue que os corpos deviam enfrentar condições de temperatura diferentes, pois dentro da caverna a temperatura é quase climatizada ou controlada, ao passo que fora os contrastes são muito grandes entre máximas e mínimas. Para as mulheres as temperaturas dentro eram bem constantes, diferindo muito pouco entre máximo e mínimo, de modo que durante a noite não se poderia gerar muito calor, sob pena de sentir incômodo. Então o corpo delas deveria reagir à presença da luz, durante o dia, na presença do calor do Sol, reduzindo a produção; de noite deveriam produzir mais, porém não muito, porque a caverna as protegia naturalmente no início da ocupação, e depois os fogos inventados.

                            Ao passo que os homens estarem expostos exigiu modificações no corpo-padrão de onde saíram ambos (corpos primatas, que devem ser investigados, especialmente os dos chimpanzés, 99,4 % de identidade genética). Em relação a uma reta de média-composta homem-mulher a reta masculina deveria ir muito para cima durante a noite, produzindo muito calor para enfrentar as baixas temperaturas “no tempo”, quando estavam desprotegidos nas longas caçadas, e ir muito para baixo durante o dia, quando deveriam refrescar o corpo suando ABUNDANTEMENTE (a lógica nos diz que machos e pseudofêmeas devem ser obrigados a beber muita água; isso permitirá identificar as PF, entre outros índices). Os cientistas apurarão o modelo.

                            De forma que viria daí o velho ditado: “casamento é a reunião de duas criaturas, uma das quais quer dormir de janela aberta e outra de janela fechada”. Homens, produzindo muito calor, vão precisar refrescar em ambientes fechados. Mulheres, não. Durante o dia os homens suarão copiosamente, enquanto as mulheres não – e elas procurarão as sombras. Apenas por conta disso o par fundamental já precisaria de quantidades (e qualidades) diferentes de energia, para os homens muito mais, no sentido de transformar em calor.

UMA QUESTÃO QUENTE (as retas térmicas de homens e mulheres)

RETA DOS HOMENS (mais alta e mais baixa)


A reta horizontal é a do corpo-padrão, conforme as regiões.

A intermediária a das mulheres, indo muito menos para cima durante a noite em termos de produção térmica e muito menos para baixo durante o dia. Os homens gastam mais em ambas as ocasiões. Evidentemente também aqui caberá a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas, ou seja, uns homens produzirão mais que outros. E menos, numa gradação qualquer. Estudos mais apurados permitirão avaliar os páleo-climas e de onde vieram uns e outros.

Vitória, domingo, 18 de julho de 2004.

Classes de Canais Lobato

 

                            Vimos que devem existir pelo menos 10 canais Lobato em terra e outros 20, proporcionalmente, nos oceanos.

                            O LAS (Lobato América do Sul) e o LAN (Lobato América do Norte) são da mesma classe: crátons ou planaltos que estão na retaguarda em relação ao avanço, na frente um arco de montanhas (Andes e Rochosas, respectivamente) que contata a outra placa, no meio o canal. Mas não é sempre assim, de modo que deverão, para facilitar a aproximação mental, ser construídas classes ou grupos de identidades. Idealmente são, no modelo, cinco classes: uma central e quatro no quadrado lógico de base.

                            AS CLASSES DE LOBATO

·       L1 (que vou atribuir arbitrariamente ao LAS, porque estamos começando dele);

·       L2;

·       L3;

·       L4;                                                                                                                         

·       L0 (aquela que for julgada a forma prototípica).

Evidentemente os geólogos e os pesquisadores não precisarão de nada disso, porque sendo só 30 eles terão condições de lembrar-se deles, conhecendo-os como a palma da mão, detalhadíssimamente. Mas a aproximação dos estudantes será mais rápida e confiante se as classes reduzirem o supergrupo de 30 a quatro grupos (pois o protótipo é um só).

Como existem quatro cores que confeccionam os mapas, elas podem ser justapostas aos canais, reservando-se os tons para a diferenciação entre os crátons e os arcos, com os canais marcados tradicionalmente em azul (o mais forte e seus tons degradê para indicar maior a menor profundidade), significando água.

Isso reorganizará toda a superfície dos páleo-globos que deve ser desenhados, cortes de um milhão de ano para cada folha ou globo. Veremos, nos 4,5 bilhões de anos da Terra, 4.500 globos, interessando mais os 600 mais recentes.
Vitória, terça-feira, 13 de julho de 2004.

Centro Executivo de Respostas

 

                            Já falei da Secretaria de Sugestões, que os governos deveriam instalar em toda parte; e já falei de os governantes do Executivo, os políticos do Legislativo e os juizes do Judiciário carregarem uns caderninhos de anotações (como já tiveram a idéia outros) para anotar sugestões e dar respostas depois.

                            Aqui é um INSTITUTO EXECUTIVO DE RESPOSTAS para o Executivo chamar a si os problemas do povo e das elites, das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) cruzados uns com os outros PORQUE, você sabe, a solução de problemas é que dá futuro, é que transfere aptidão. Assim, procurar problemas é procurar soluções; foi isso que, de certo modo, propôs Cristo ao ajuntar os que não eram respeitados aos que se julgavam acima, tornando-os todos humanos e necessitados de atenção e de soluções.

                            Destarte, tanto os que perguntassem teriam suas respostas ou já sabidas ou pesquisadas, como o Instituto progrediria muito ao ajuntar dados (pontuais) para transformá-los em informações (linhas que dão direção e nela fazem sentido, quer dizer, apontam). O objetivo maior é o Instituto se tornar efervescente, borbulhante de discussões – um fórum de nacionalidade em todos os sentidos. Os conjuntos pessoambientes, ao fazerem as perguntas, forçariam o Instituto ao ensinaprendizado pela busca de respostas em vários níveis de complexidade; o IER (Instituto Executivo de Respostas) ou CER (Centro Executivo de Respostas), como quisessem chamar, publicaria livros de resumos remetendo a consultas mais profundas em bibliotecas, para cada assunto, ou manteria sites ou sítios, conforme sugeridos pelo modelo, com imensos supercomputadores mantendo redes de consultas em toda esquina. Não estaríamos mais desamparados e sim ligados a uma gigantesca rede nacional de respostas.

                            Vitória, terça-feira, 13 de julho de 2004.