Dar Aulas Sempre é
Bom
Dar aulas é a coisa
mais nobre em que posso pensar, por vários motivos muito bons:
1. Submete a pessoa à autodisciplina (de
preparar as aulas, de ter paciência de corrigir as provas, de tolerar os
alunos, de agüentar a direção, de dar atenção a pais e mães);
2. Permite rever a matéria antiga, que
fica muito pisada, tornando-se chão seguro para o avanço (porque pelo menos se
tem garantia daquele mínimo);
3. A preparação de uma apostilha ou plano
de aulas garante o apuro lógico de mínima competência naquela disciplina em
especial;
4. O contato com os alunos é garantia de
indagações, algumas de alto nível;
5. Se ganha dinheiro;
6. É possível estar perto das menininhas
(ou, para as professoras, dos garotos, o que era ruim antes, devido à diferença
de idade, mas não é mais; isso de professores e alunas não poderem se
relacionar é idiotice – podem, desde que não sejam casados);
7. A obrigação de atualização (lendo e
relendo livros da área e de outras, correlatas);
8. Aulas garantem o futuro da espécie
(pois somos racionais, não biológicos apenas – o que se afiança é a sustentação
da razão);
9. Pode-se caminhar juntos dos avanços
pedagógicos.
Você pode pensar em mais coisas.
Escrever livros, pintar quadros, tudo
isso é dar aulas. Existem aulas-expostas e aulas-não-expostas, estas as
reservadas, aquelas que são dadas em recolhimento por poetas, cineastas e
pesquisadores em geral sem contato direto com o público; tudo que é passagem
adiante do conhecimento acumulado.
Enfim, é bom demais. Ainda não
consegui, mas um dia conseguirei. Espero poder atingir esse estágio público.
Vitória, quarta-feira, 14 de julho de
2004.
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