quarta-feira, 28 de junho de 2017


Direito, a Prateoria do Equilíbrio Psicológico

 

                            Na Rede Cognata (veja Livro 2, A Construção da Rede e da Grade Signalíticas) direito = EQUILÍBRIO = ECOLOGIA (daí que a Ecologia, no modelo, seja a Grande ecologia, esta a pequena de que se fala). Então, o direito é a ECOLOGIA PSICOLÓGICA, que proporciona equilíbrio à Psicologia.

PRATEORIA DO EQUILÍBRIO DAS PSIQUES (vai muito além desse direito de que se fala por aí)

·        Equilíbrio das figuras ou das psicanálises (o estudante de direito deve estudar também psicanálise);

·        Equilíbrio dos objetivos ou das psico-sínteses;

·        Equilíbrio das produções ou das economias (direito-econômico: macro, médio e micro-econômico, poderíamos dizer);

·        Equilíbrio das organizações ou das sociologias (não há, será tecnociência nova);

·        Equilíbrio dos espaçotempos ou geo-histórias (não é GH do direito, de modo algum; é direito da GH).

Agora, vejamos que deveriam existir SEIS níveis de direcionamento e sentido do direito, ou especializações, ou varas, a saber: para o povo, para as lideranças, para os profissionais, para os pesquisadores, para os estadistas e para os santos/sábios (pois não existirá quem alcance os iluminados, nem em grupo; de todo modo, são pouquíssimos, e estão todos mortos). Também, dentro dessas VARAS GERAIS caberiam subespecializações conforme as pessoambientes. Pode ser PESSOA (indivíduo, família, grupo e empresa) do povo, como pode ser AMBIENTE (cidade/município, estado, nação e mundo – de acordo com as frações estatísticas). Já aí são (6) varas x (8) pessoambientes x (5) psicologias = 240 grupos. Vai muito mais longe e muito mais profundamente PORQUE o modelo apresenta muito mais chaves e bandeiras, sem falar que há dois supergrupos, de práticos (que buscam o equilíbrio consuetudinário para o povo), desenvolvendo produtos de fácil compreensão, e de teóricos (que procuram o equilíbrio legal para as elites), oferecendo soluções mais difíceis. O Direito geral proporia então o equilíbrio geral dos povelites ou nações ou culturas. Enfim, esse direito que está aí, tímido e formal, é incompleto, ilógico e insuficiente.
                            Vitória, quarta-feira, 23 de junho de 2004.

Desenhando Corpomentes

 

                            Como já vimos, os cibermestres do futuro, os engenheiros mecatrônicos, os roboticistas deverão desenhar separadamente corpos e mentes. Só que são corpomentes informacionais/p.4 e não mais psicológicos/p.3 – são, conseqüentemente, mais avançados e não menos que os seres humanos. Já sabemos fazer seres tão avançados quanto os humanos – é através do sexo. Só não temos domínio prático e teórico do processo.

                            DUAS COMPLEXIDADES A ATINGIR (e ultrapassar)

·        Atingir e ultrapassar a humanidade;

·        Alcançar e exceder o primeiro pós-humano:

1.       Degrau zero (20 = 1, equivalente aos humanos)

2.      Degrau um [21 = 2; duas vezes o corpo e duas vezes a mente daria (2 x 4 =) 4 vezes os humanos de agoraqui];

3.      Degrau dois (22 = 4);

4.     Degrau n (2n =?)

DOIS ULTRAPASSAMENTOS

·        Ultrapassamento do corpo;

·        Ultrapassamento da mente.

ULTRAPASSAMENTO DO CORPO (em relação às forças fundamentais, que no modelo são cinco, e aos excessos em relação às médias ou condições normais)

·        Excessos elétricos (habitando e funcionando em sobretensões elétricas);

·        Excessos magnéticos (bloqueados contra descargas magnéticas, inclusive tempestades);

·        Excessos fracos;

·        Excessos fortes;

·        Excessos gravinerciais (de gravidade/inércia, muitos G, enquanto acelerações extremas).

Corpos sujeitos a muitas atmosferas de pressão, ao vácuo, à presença de bactérias e vírus, todo tipo de corpo, com todo gênero de conformação. E aí vêm as mentes que vão lidar com esses corpos. Como sabemos, há sentidinterpretadores, sentidos externos e interpretadores internos, afinados uns com os outros. Para quê servirá o sentido da visão no espaço? Em volta da Terra pode-se andar 100 mil km fácil sem uma única luz interposta. Para quê gastar energia mantendo um S/I corpomental - o instrumento externo de visão e o programa interno de interpretação ativos o tempo todo - se ele não vai ser usado? Faria mais sentido (olha o troca-disso) ter um mensurador de proximidade de massa, porque há muitos micrometeoritos correndo soltos e uma “mão magnética” que à distância os pudesse afastar. A detecção de tempestades solares faz diferença, porque elas podem torrar os instrumentos. Em minas muito profundas não significará nada ter audição, mas detectores de gradientes de gravidade sim, porque apontariam maiores densidades, o que pode estar sendo procurado. Detectores externos de movimento pedem interpretadores internos de movimento, aos quais estará acoplada preocupação equivalente. Luz, lá sempre luz distante no espaço, significará tranqüilidade, mas movimentos súbitos constituirão fonte intensa de preocupação.

Com certeza, quando os cibermestres estiverem no espaço diante dos problemas acharão as soluções; porém, enquanto não chegamos lá, enquanto estamos saindo do planeta já devemos levar alguma coisa. Para desenhar esses NOVOS SERES, com novos sentidos e novos interpretadores, novos corpos e novas mentes, precisamos fazer o exercício de abandonar as velhas roupas mentais, nossos antigos hábitos terrestres (é porisso que nos filmes de FC quase nunca há verdadeiros robôs: os magos e artistas que os desenham não se separaram de suas inércias mentais).

Vitória, terça-feira, 15 de junho de 2004.

Demônio, Vá Embora

 

                            Da música de Tom Jobim, Borzeguim (No Aurélio Século XXI digital: S. m. 1. Botina cujo cano é fechado com cordões) posta em anexo, a encenação que se seguirá.

                            Enquanto um canta outros descendo e vão dizendo frases nos ouvidos dos espectadores, pois todos crêem que demônios são os outros, nunca esperam que os outros os vejam fazendo o mal.

                            Enquanto isso, em telões vão passando cenas campestres, só que diversas, as pessoas que tinham intenção de pegar os tatus devolvendo-os e a natureza que vinha sendo morta vendo-se replantada e reintroduzida, desconstruindo-se edifícios para formar matas, mas mesmo assim havendo espaço para pessoas e plantações, que se tornam mais aprimoradas. Gravadores de alta potência, postos perto do mato, transferem seus sons. Baleias “falam” sua língua enquanto se canta, todas as composições da Natureza vão sendo tocadas enquanto a música é repetida.             

                            E faz-se isso como um mantra, como uma prece contra o demônio, um exorcismo: vá embora, vá embora, vá embora, se manda, vá para longe, largue-nos, deixe-nos viver em paz. De toda parte, como crianças vestidas mesmo, vem o mato, a cotia, a fruta do mato, o vento, a cordilheira, a capivara, o sertão, etc.
                            Vitória, segunda-feira, 21 de junho de 2004.

Classes de Leitura

 

                            Já falei de as pessoas se reunirem em volta de um livro (o que já foi prática empírica há 30 anos, década dos 1970, por orientação das esquerdas, o que deve ter vindo da URSS), dele extraindo tudo que for possível. Não haveria novidade, a menos que pensemos agoraqui sobre a viabilização disso em níveis, enquanto financiamento pessoambiental (POR PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; por AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo).

                            Por exemplo, a cidade de Vitória colocaria tantas salas que seriam antecipadamente requeridas, segundo ordem de inscrição e por utilidade do assunto, a ser avaliada (repetições não são bem vindas – se for o mesmo grupo discutindo livro diferente não será repetição, nem o será se forem grupos distintos debatendo o mesmo livro; até se o mesmo grupo, tratando do mesmo livro, redimensionar, não será). Um moderador, contribuindo para conduzir à máxima utilidade é tradicional ajuda. Certo sentido de progredir do primeiro ao último capítulo, prazo de discussão, anotações, tudo isso é bom, pois queremos que o conteúdo ou a forma do livro ajude as pessoambientes a melhorarem.

                            Podem ser construídos prédios na vertical ou edifícios no plano, com muitas salas pequenas, algumas médias e poucas grandes, havendo um centro de reprografia (pagas pelos estudantes as cópias). Pode ser colocada livraria licenciada em cada um; ou mais de uma. Restaurante e cantina. Salas de palestras. Biblioteca para empréstimos. Telefones. Internet. Sala de estar. Ligação com as escolas, os governos, as empresas. A reunião de tanto tempo livre, da falta do que fazer, de tantos títulos de livros vindo de imenso Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) pode fazer muito por todos e cada um, desde que tais classes de leitura sejam oportunizadas em espaços próprios, com suporte, de médio a avançado, e cumulativo.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de junho de 2004.

Brizola, Arraes e a Herança que Ninguém Quer

 

BRIZOLA NA Internet: Leonel de Moura Brizola Perfil escrito por Darcy Ribeiro

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

ARRAES NA BARSA DIGITAL 1999:

O nome de Miguel Arraes está intimamente associado aos movimentos populares das décadas de 1950 e 1960 em Pernambuco. Político identificado com os partidos de esquerda, sua atuação caracterizou-se pelo apoio à organização da classe trabalhadora naquele estado. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            ARRAES NA Internet

Político cearense com atuação marcante em Pernambuco (16/12/1917-). Miguel Arraes de Alencar nasce em Araripe, no Ceará, sétimo filho e único homem de uma família de pequenos agricultores. Em 1932 conclui o curso secundário em sua cidade natal e, em seguida, vai para o Rio de Janeiro estudar direito. Com dificuldades para se manter na cidade, presta concurso para o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) no Recife, Pernambuco.

                            Miguel Arraes nasceu em 1916 e está vivo, em 2004 chegando perto dos 90 anos; Leonel Brizola nasceu em 1922 e morreu hoje, 22.06.2004, com 82 anos.

                            Ambos foram líderes históricos da revolução fracassada de 1963/1964, que os militares venceram e deram o nome chocante e debochado de Revolução de 64, o golpe de primeiro de abril que recuaram a 31 de março, comemorando todo ano a data da Redentora.

                            Um e de outro deixaram na minha mente a imagem de gente fugindo de suas responsabilidades, abandonando milhões dos quais, dizem, 70 mil morreram em virtudes de sua tibieza (no Aurélio Século XXI digital: S. f. 1. Qualidade de tíbio. 2. Fraqueza, debilidade. 3. Frouxidão, indolência.) moral. E de outros, entre os quais Jango, João Goulart - todos fugitivos. Dizem até que Brizola se disfarçou de mulher, depois de ter montado os “Grupos dos 11”, células de onde sairiam focos revolucionários. Tolice, medo, covardia (medo não vencido) e fuga.

                            Eles deixam uma herança, sim, que ninguém quer, fora os que deram a eles status de semideuses impuros. Com suas mortes se encerrará um triste passado brasileiro, que todos nós deveríamos esquecer: o Brasil que iria com estertores de dignidade e decência parir uma montanha e pariu um rato – um antianúncio vergonhoso aos olhos do mundo.

                            Vitória, terça-feira, 22 de junho de 2004.

Biblioteca da Sala

 

                            No texto O Desenho da Sala, neste Livro 84, pudemos olhar onde idealmente ficariam os alunos e o professor. Nas paredes (que são elevações das duas parábolas) laterais podem ficar bibliotecas, numa a geral, que atende o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), na outra a da especial disciplina, que seria então tão grande quanto as outras todas reunidas. Se a classe é de Física esta constituiria 9/9, enquanto cada uma das outras ficaria com 1/9. Evidentemente estamos falando agoraqui de salas cativas, o que pode nem ser adotado, havendo uma geral.

                            Entrementes, os livros vem do passado e é difícil consultá-los, devendo-se olhar página por página até achar o assunto relevante, de modo que no futuro de preferência eles deverão ser multindexados e conservarão o nome de “livros” apenas por deferência com o passado, porque na realidade serão as páginas de computação gráfica ou modelação computacional de cada assunto, em todas as abordagens conhecidas – pelo menos nessa sala futurista que estamos retratando, a qual se demorará ainda um tempo a chegar. Mas, por quê ter os livros, se será tudo eletrônico? Quando for eletrônico não será mais necessário; contudo, até lá as pessoas podem querer consultar os livros impressos equivalentes aos programas. E antes disso, mais perto de nós a consulta será aos livros mesmo.

                            UM CAMINHO

1.       Livros;

2.      Equivalentes de transição;

3.      Memória eletrônica;

4.     MICA (memória, inteligência e controle ou verbalização artificiais).

Como a versão mais barata é a dos livros, ela servirá por largo tempo, mormente nos países mais atrasados, que não poderão adotar de pronto a sala-eletrônica, só a concepção formal da sala.

Em vez de uma biblioteca central, uma por sala; mais livros, com o controle ficando nas mãos dos professores, os quais poderão estimular os alunos a ler mais, conforme as preferências.

Vitória, terça-feira, 22 de junho de 2004.

As Montanhas Jovens e a Taxa de Formação

 

                            Continuando a busca pelo petróleo e o gás, vejamos os dois crátons, a saber, o Planalto Brasileiro e o Planalto das Guianas caminhando para formar na Placa da América do Sul que monta na Placa de Nazca os Andes. Onde estão os lagos que o texto do Livro 74, O Corredor Canadense e o que os Lagos Denunciam, pediu? Na América do Sul estão ausentes, exceto pelo Titicaca no alto dos morros e, olhando direitinho, na baixada mato-grossense o grande lago-Pantanal ainda presente em nossos dias, mais nos períodos de chuvas intensas, e no Rio Grande do Sul, Brasil, a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim, que são de construção recente.

                            Pensando na linha de frente que nos Andes está sendo construída, vejamos que a Placa de Nazca desce por debaixo da outra, afundando no manto quentíssimo, aonde vai derretendo; a taxa de formação na ponta é zero, porque as montanhas que existem são o resultado da soma zero das tensões. As que estão sendo formadas estão atrás da frente, para o lado do Leste, nos vários países. Mais jovens, emergentes, são as do Leste, mais velhas as do oeste dos Andes. Se haviam páleo-lagos ao leste dos Andes estão quase todos desaparecidos. Os do Canadá e dos EUA são jovens, ainda estão vivos, mas os da A.S. são antigos, estão todos mortos e enterrados. Esses páleo-lagos devem ser buscados porque, como fonte de água, eram visitados pela vida antiga, a páleo-vida, motivo de pesquisa dos paleontólogos. Na A.S. foram todos levantados e aos poucos foram secando e desaparecendo irremediavelmente. Mas antes disso conservaram depósitos de sal e restos de vida marinha, depois de terra e água doce, mostrando seqüencialmente os retratos temporais da Terra. Deviam ser milhares, porisso a riqueza de depósitos de todo tipo, inorgânicos e orgânicos, serão muito grandes, facilitando estimar o andar da carruagem da evolução na A.S.

                            Quando às montanhas, depois da primeira fileira, para leste elas depositaram terra que desceu com as chuvas e o derretimento da neve; os depósitos nos vales darão as idades progressivas: quanto mais para leste menos profundos serão porque mais jovens as montanhas. Esses gradientes darão as velocidades locais de formação das retaguardas e por conseqüência o ritmo de afundamento no manto. Com isso o gasto de energia na termomecânica da Terra.

                            Vitória, quarta-feira, 16 de junho de 2004.