domingo, 5 de março de 2017


Espaçotempo Informacional

 

                            Veja o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, nele a pontescada tecnocientífica, nela a pontescada científica: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6). A Informática/p.4 está adiante da Psicologia/p.3, assim como na pontescada mais baixa a Cibernética/X4 está adiante da Psiquiatria/X3.

                            Ora, a INFORMÁTICA/p.4 e a CIBERNÉTICA/X4 são respectivamente a ciência (técnica alta) e a técnica (ciência baixa) dos novos-seres, como já expus repetidamente.

                            Repetindo da Psicologia/p.3 o esquema da pirâmide, com seus quartos vértices de base e o ápice, teríamos: FIGURAS informacionais ou info-análises, OBJETIVOS informacionais ou info-sínteses, PRODUÇÕES ou economias informacionais, ORGANIZAÇÕES ou sociologias informacionais e ESPAÇOTEMPOS ou geo-histórias informacionais.

                            No centro temos o ESPAÇOTEMPO INFORMACIONAL/p.4 e CIBERNÉTICO/X4, que dizem respeito às mentes e aos corpos dos novos seres, alguns destes extraídos das antigas naturezas (seres humanos, golfinhos, baleias, elefantes, primatas e outros). Se você acha complicado controlar as psicologias humanas (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundos), espere para ver os que virão! Imagine as chaves (digamos, a Chave do Labor: novos-seres operários, NS intelectuais, NS financistas, NS militares e NS burocratas – vá ver o modelo) e toda a sua implícita complicação.

                            Em resumo, o ET info-cibernético será tremendamente mais complexo que qualquer um já conhecido antes. Isso rende um punhado de filmes de FC bastante interessantes.

                            Vitória, sexta-feira, 25 de julho de 2003.

Espaçotempo de Modelação

 

                            Naturalmente temos o espaçotempo modelado, este onde vivemos, que surgiu quando do Big Bang (o Barulhão, a Grande Explosão, precedido do Grande Estresse) e está em expansão piramidal, digamos assim, através da micropirâmide (campartículas fundamentais, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomentes), da mesopirâmide (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundos) e da macropirâmide (planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos e pluriverso).

                            Nós o vemos e sentimos de vários modos, ele é inequívoco, livre de equívocos, portanto devemos partir dele para as explicações.

                            Entrementes, onde o ET-modelado (na Prancheta de Desenho do Plano da Criação) é modelado? Se há expansão, de duas uma: ou é no ET vazio ou é no cheio. Se é no cheio a expansão provoca choques, com que não deparamos, e se é no vazio o ET de modelação é livre de quaisquer semelhanças com o ET-modelado. Imaginemos uma microbolha expandindo-se no espaço que conhecemos: se ela é tão pequena não pode deixar de chocar-se com os objetos ao redor, em primeiro lugar, e deve enfraquecer cada vez mais, de forma que no limite estaria chocando com coisas muito mais resistentes. Enfim, sobre abrir-se a seção pontual do pluriverso num duplo-verso universo-antiuniverso, par que vibra em tons diferentes, deve se dar que não existe nada por perto, a menos que duas microbolhas explodam no mesmo lugar ou próximo, o que também pode se dar. Mas sendo o ET de modelação tão grande (idealmente deve ser não-finito), isso raramente se dará.

                            Enfim, precisamos pensar mais e melhor sobre o ET de modelação, sobre as CONDIÇÕES DE CONSTRUÇÃO DE UNIVERSOS, e juntar isso com as fitas de heranças e a genética de números, como descrevi.

                            Vitória, sexta-feira, 25 de julho de 2003.

Eremitas

 

                            Se você é uma tanajura, uma folha, um grão de areia ou um átomo, não é humano e não pode estar diante das oportunidades de dor e alegria. Se você é humano e renuncia à sua humanidade é fácil levar a vida: não comendo quase nada, quase nada bebendo, evitando os conflitos, negando-se a encontrar pessoas – eis aí uma encarnação que parece difícil, mas é fácil, não se deixar submeter às tentações para não ter de vencê-las ou pelo menos pacificá-las.

                            Fora aqueles que se recolhem porque tem real compaixão para com os humanos seus irmãos e amor a Deus, os que se retiram da vida não tem o meu aplauso, porque escolheram o modo fácil. Não vejo muito mérito em evitar todas as opções de vida em retiros, em mosteiros, em cavernas, em eremitérios quando se trata de privação completa ou quase completa das sensações e até dos pensamentos. Difícil é estar na vida e é para isso que cada um foi enviado, seja por Deus ou pela Natureza, pela Necessidade ou pelo Acaso, ou por ambos. Difícil é assumir os compromissos e dar conta deles em estado de equilíbrio, evitando as armadilhas e permanecendo fiel à bondade, cuidando dos outros dentro do possível, doando-se. Veja uma esfera: se ela se recolhe ao centro, que dimensão de vida terá? Pelo contrário, será mais louvável aquela que tocando mais pontos não se deixa desviar.

                            É fácil ser puro quando não existe impureza nenhuma nos tentando submeter. É fácil ser ingênuo quando não existe escárnio nenhum abusando de nossa paciência. É fácil ser não-sendo, não-estando, não-desejando, não-amando.

                            Não é à toa que eremita = MORTO, na Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2). Os mortos têm uma vida bem tranqüila longe do burburinho da existência, mas não podemos dizer que aplaudimos a resistência deles diante das coisas.

                            Vitória, domingo, 27 de julho de 2003.

Duração das Civilizações

 

                            No livro de Isaac Asimov, Civilizações Extraterrestres, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980 (sobre original americano de 1979), na página 216, ele diz: Quanto mais breve a duração média das civilizações, menos provavelmente descobriríamos um mundo onde a civilização teria se desenvolvido e ainda não teria desaparecido. Haveria um número bem menor de civilizações existindo agora – ou num dado momento qualquer da história do Universo. Talvez, então, as civilizações sejam muito limitadas no tempo. A razão de ainda não terem entrado em contato conosco seria a sua pouca duração. Elas não se conservariam por um tempo suficientemente longo para serem detectadas”.

                            Vejamos o que o modelo diz.

                            AS NATUREZAS

NATUREZA
CIÊNCIA-TIPO
ATÉ ONDE VAI
N.0
Física
Até o primeiro ser vivo
N.1
Biologia
Até o primeiro racional
N.2
Psicologia
Até o primeiro ser-novo
N.3
Informática
Até a hipermente
N.4
Cosmologia
Até o infinito
N.5
Dialógica
Até a armação e disparo da bomba dialógica (big bang)

A Psicologia é duplo cone que vai se estreitando em tempo e vai exponencializando espacialmente, vai se dilatando espacialmente e em poder. A seqüência já é conhecida: Escravismo, Feudalismo, Capitalismo (com quatro ondas, a última das quais é a primeira do modo político seguinte), Socialismo, Comunismo e Anarquismo. Como estamos na terceira onda do Capitalismo, estamos prestes a passar à primeira do Socialismo. Estamos mais perto do fim da Psicologia (figuras ou psicologias humanas, objetivos ou psico-sínteses humanas, produções ou economias humanas, organizações ou sociologias humanas, espaçotempos ou geo-histórias humanas), começo da Era Informacional (que não é a desta informática que vemos, ainda física/química). Embora a humanidade tenda a acabar, não acabará a razão. Virão os novos-seres informacionais/cibernéticos, com corpos cibernéticos e mentes informacionais.

A humanidade restante será como um resto de construção, como os organismos biológicos são os restos de construção dos seres humanos. Ainda estão aí, mas não estão do mesmo modo, neles ficaram impregnadas as transformações introduzidas por nós.

Sendo assim, em toda parte há ainda restos de construção alienígenas (que mesmo chegando atrasados, depois de desaparecidas suas civilizações, detectaríamos, não apenas arqueologia físico/química, mas também biológica/p.2 e psicológica/p.3, a xenopsicologia), sem falar que os novos-seres podem ser, por comparações conosco, muito longevos, de vidas longas, assim como vivemos muito mais que a maioria dos animais. Podem, especialmente as máquinas (computadores e robôs, e seus mestiços com os de carbono) viver séculos e milênios, e suas civilizações centenas de milhares ou mesmo milhões de anos.

A humanidade evoluiu muito rápido, enquanto civilização, embora para trás o ritmo tenha sido lento, desde milhões de anos a partir do surgimento dos humanóides até 200 mil anos atrás com o aparecimento da EVA MITOCONDRIAL e do ADÃO Y na África, em tempos e espaços próximos, misturando-se suas manchas genéticas no que somos hoje, prosperando como sapiens desde 50 mil anos atrás e como civilização desde 10 mil anos passados. Muito rápido. Mais uns mil anos e teremos chegado ao fim da civilização humana.

Entrementes, contando como tempo dos novos-seres (no que Asimov, apesar de ficcionista, não pensou – seus seres do futuro, dez mil anos depois, ainda são humanos como nós), isso pode demorar ainda muito por aqui. DESSE MODO, se olharmos como o após-o-humano, o super-humano, veremos que não serão apenas algumas centenas de anos, mas milhares e milhões. Numa faixa mais larga assim, mesmo sem velocidades super-luminais as estrelas podem se comunicar. E sendo 400 bilhões só em nossa Galáxia, pelo modelo (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5) %, podemos ter 1/40 = 10 bilhões com planetas viáveis estendendo uma rede robótica de longa vida. Se robôs racionais puderem migrar entre as estrelas, poderão ser enviados a velocidades de 1/10 ou até metade da velocidade da luz, sem sofrer problemas com as pressões G de aceleração e desaceleração, alcançando as estrelas mais próximas, colocadas a apenas 4,5 anos-luz não em 100 mil anos, a velocidades suportáveis pelos humanos, mas em apenas 45 anos ou menos. Poderiam fertilizar mil anos-luz em poucas centenas de anos. Assim, o universo todo, particularmente a Galáxia, não seria visto mais como um vazio de racionalidade, nem muito menos de vida, com ilhas constelares ou até mais que isso sendo ocupadas progressivamente, à espera das velocidades super-luminais. Pelo contrário, estaria amplamente povoado de racionalidade. Uma rede super-racional seria estendida, não mais de carbono apenas, mas de seres-novos de variados tipos.

A hipótese de Asimov, como a de tantos outros, é pessimista, é de uma época de desilusão, como houve antes uma época de ilusão. Não devemos caminhar nem à esquerda nem à direita, mas pelo centro. Estando ou não estando, continuemos a caminhar. Estatisticamente, pela Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Normais, devem existir tantos porcento, inquestionavelmente.

Iremos encontrá-las quando for a hora. Ou elas já nos encontraram no passado, como eu disse no Vaso de Warka, nas posteridades. Pouco importa, o que interessa é seguir em frente. Como os indivíduos, as civilizações também se autocentram, pensam demais em si mesmas, dão-se demasiado valor. Sigamos, e se caminharmos bastante haveremos de encontrar alguém.

Vitória, segunda-feira, 28 de julho de 2003.

Duplo

 

                            Do livro de John Henry, A Revolução Científica (e as origens da ciência moderna), Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 1998, p. 86, podemos tirar esta citação: “Leibniz discordava. Buscando mais uma vez preservar a distante transcendência de Deus, ele insistiu em que o espaço, ou a dimensionalidade podia ser um atributo de Deus. Se fosse, isso significaria que Deus era formado de partes, o que ele considerava absurdo”.

                            Vejamos a solução do modelo.

                            Pela Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas) Deus = DUPLO = DOIS, etc., portanto, Deus é esquerda e direita ao mesmo tempo, Deus/Natureza, Ele/Ela, ELI = ABBA = ALÁ, Grande Pai e Grande Mãe ao mesmo tempo.

                            Deve existir o espaçotempo DE MODELAÇÃO, onde são modelados os espaçotempos reais, por exemplo, este no qual estamos, digamos o universo, espaçotempo modelado. Aquele lá é contínuo, pois não-substancial, é virtual, contíguo, ao passo que este no qual estamos, como não poderia deixar de ser, é feito de partes SEGUNDO CAMPOS, idealmente no conjunto a campartícula ou onda fundamental. Então, a partir da Grande Explosão uma bolha primordial é aberta num par polar oposto/complementar, o duploverso do qual conhecemos a metade, este universo no qual estamos; eles vibram no mesmo lugar, mas em ritmos diferentes.

                            Ora, as partes (das pirâmides: micro, meso e macropirâmide) espalham-se no ET DE MODELAÇÃO, aquele que é contínuo, sem partes, daí estando explicado que Deus é duplo, mesmo, ou seja, é ao mesmo tempo virtual e real: virtual no ET de modelação e real no ET modelado. Muitos universos ou duploversos podem ser modelados no ET de modelação, pois, como disse Jesus, “muitas são as moradas” = MODELOS = MÔNADAS = ESTUDOS, etc. Leibniz ficou inquieto à toa.

                            Vitória, sábado, 26 de julho de 2003.

Disputa

 

                            No mesmo livro de John Henry, página 86, ele diz:

                            “Muitas vezes é possível verificar que filosofias naturais fundamentalmente divergentes se fundam em pressupostos básicos opostos com relação à natureza da providência de Deus. A teologia voluntarista supõe que a vontade de Deus é seu atributo dominante, ao passo que a teologia intelectualista enfatiza a razão de Deus. O voluntarista se recusa a admitir qualquer coisa que possa circunscrever a onipotência de Deus, ao passo que o intelectualista acredita que há algumas verdades eternas ou preexistentes que conduzem Deus a agir de certas maneiras por meio de sua razão. Os voluntaristas supõem que o que Deus decide é bom, já os intelectualistas acreditam que Deus decide o que é bom. O voluntarista não aceita que o mundo possa ser racionalmente construído. A vontade arbitrária de Deus pode ter introduzido nele toda sorte de contingência, de modo que é preciso descobrir o sistema do mundo empiricamente. O intelectualista, em contraposição, acredita ser possível, pelo menos em certa medida, ‘pensar os pensamentos de Deus à maneira dele’ e assim chegar a uma compreensão racional do mundo”, negrito e colorido meus.

                            Disputa inútil, porque o diâmetro, no qual se opõe o par polar oposto/complementar, tem no centro a solução, quer dizer, o centro comporta visões opostas (que são complementares).

                            Pois, veja, como ficou definido no outro artigo deste Livro 37, Duplo, Deus é dois, é duplo, tanto Natureza quanto Deus, voluntário e intelectual, Aquele UM no qual há o que denominei VONTADE MAJORITÁRIA, isto é, a própria vontadintelectual, que é ao mesmo tempo vontade-sem-compromisso e autocontrole. Evidentemente Deus, por definição, é onipotente (vontade toda-potente), onisciente (saber todo-sapiente), onividente (todavisão), etc. Sua vontade coincide TOTALMENTE com as possibilidades do Pluriverso, o berço das sementes dos duploversos universais-antiuniversais. Os seres de dentro, quaisquer racionais e sencientes, estando aquém do poço infinito, além do qual se encontra Deus, não podem perceber as construções senão como oposições ou pares, não percebem as complementações senão parcialmente, isto é, vão imaginar que a compactação total ou completude não pode dar-se. No entanto, pode, como se dá na esfera, que é bem a representação das possibilidades harmonizadas do Pluriverso. Ou, por outra, haverá sempre dissonâncias para os racionais. Haverá sempre DOR DE PERCEPÇÃO, porque percepção falha, in-completa, in-suficiente, necessária sempre, apenas. Somente em Deus a necessidade se iguala à suficiência - sendo assim Deus AO MESMO TEMPO necessário, voluntarioso, e suficiente, regrado. As regras de Deus são a sua vontade, a que TODOS os seres, sejam anjos, demônios e deuses menores na escala do Ser, devem obedecer. Assim, Deus diz na Bíblia: EU (vontade) SOU (contido = ABSOLUTO = CENTRO, na Rede Cognata), EU SOU MINHA VONTADE, e MINHA VONTADE SOU EU. Tem de ser assim.

                            Porém, quando os incompletos (o que traz a prostração completa de todos os entes e é um anúncio de insuficiência e conseqüentemente de eterna gratidão) que são todos os racionais olham, não vêem senão a parcialidade. Porque vêem somente a parcialidade não são capazes de se satisfazerem NUNCA e sempre desejarão, sendo o desejo justamente a indicação de incompletude. Só o mergulho no Ser auto-suficiente pode trazer a paz derradeira, por causa disso: todo Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica, exceto a Matemática que é, esta, a própria mente de Deus) É INSUFICIENTE, por melhor e maior que seja. Ele só pode mesmo trazer, em qualquer campo, por mais avançado que seja, a insatisfação e o sentido da insuficiência e incompletude, cujo rendimento é a aceitação daquela Douta Ignorância.

                            Os dois atributos são dominantes, tanto a vontade quanto as contingências, os limites, as constantes, pois Deus É SUAS CONSTANTES. Assim sendo, ao desenhar O Mundo, Deus doa a liberdade, o livre-arbítrio, que só existe enquanto Deus o deseja, isto é, SE DESEJA. Se Deus parar de se desejar O Mundo geral ou os mundos particulares desapareceriam.

                            O que Deus decide é bom PORQUE Deus decide o que é bom = DEUS. E Deus decide o que é bom PORQUE o que Deus decide é bom, POR DEFINIÇÃO, por terminação. Não existe nem pode existir nada fora disso. O sistema do mundo (= PADRÃO DO MODELO de Deus) pode ser descoberto tanto empírica ou experimentalmente quanto judicialmente, através do pensamento ou razão PORQUE os seres JÁ SÃO DEUS, no entanto distorcendo-se dele PELO EXERCÍCIO DO LIVRE ARBÍTRIO. E não podem renunciar ao exercício porque a própria renúncia seria já livre arbítrio. Assim sendo, aqueles que renunciam, que dizem estar meramente cumprindo ordens, estão também exercendo (mal e covardemente) sua liberdade, bem como os que se dizem não-políticos, não-livres, distantes de todo interesse pela liberdade batalhada.

                            Diferentemente de todo ser, os limites do Ser SE SÃO, não estão fora – o próprio Ser JÁ SE É, razão daquela extraordinária manifestação bíblica: EU SOU, SOU EU.

                            Como se pode ver não há nenhuma razão para disputa ou choque.

                            Deflui daí que as religiões, para verem Deus, tem de estar todas juntas, PORQUE Deus é tudo aquilo e muito mais, é todas as oposições. Assim como os cinco cegos só podem compreender o elefante se juntarem suas percepções e só vão dialogar se perceberem que embora cegos não são nem surdos nem mudos.

                            Além disso, as verdades eternas e preexistentes SÃO DEUS, isto é, Deus é preexistente (de um modo que os racionais não podem saber) e eterno, quer dizer, Deus é tempespaço eterninfinito.

                            Vitória, sábado, 26 de julho de 2003.

Deus = Tempo

 

                            Na Rede Cognata (veja Livro 2, artigo Rede e Grade Signalíticas) Deus = TEMPO. Como temos também aí o par polar oposto/complementar Deus/Natureza, Ele/Ela, ELI = ABBA = ALÁ, se segue que Deus, sendo tempo, não é eterno = E/TEMPO (o-sem-tempo), ao passo que o espaço sim, seria eterno. E devemos concluir também que se Deus é homem, como nas imagens arquetípicas, a Natureza é mulher, respectivamente o tempo sendo o Grande Pai e o espaço = MULHER a Grande Mãe. Entrementes, o tempo seria o racional e o espaço o irracional.

                            Parece-me que é assim: há o espaçotempo DE MODELAÇÃO, o Pluriverso, e o espaçotempo modelado, o Universo, este em que estamos, por exemplo. Dentro do ET de modelação pipocam vários, infinitos universos-bolhas modelados, digamos este Uo, através das grandes explosões (bigs bangs), como já tratei noutras partes.

                            Cada universo-bolha em si vai evoluir até tornar-se UM DEUS, um tempo, que ao constituir-se finalmente dá o salto infinito e torna-se aquele DEUS-GERAL que é finalmente ELI, convertendo-se na base compreensiva do espaço não-finito. Então, tal como pede o modelo, existem deuses, o Deus-plural, e existe UM Deus, ABBA, I Criatori ELI, Ele/Ela.

                            Assim, a Bíblia estaria certa ao dizer “Nós” e “Desçamos”, pois se trata de ELI, e as mitologias hinduístas também, bem como o budismo e todas as versões sonhadas por humanos, que na realidade vêem pedaços da Realidade. Infinitos mundos-universos com infinitos deuses, todos sendo Um Só, e todos os racionais trabalhando por sua constituição em infinitas versões de surgimento e uma só de finalização, como um cone cuja base se conduza ao vértice.             

                            Vitória, quinta-feira, 24 de julho de 2003.