domingo, 12 de fevereiro de 2017


Vagas Limitadas

 

                            Como eu já disse em relação a outras obviedades e redundâncias, o povo está sempre indicando alguma coisa. Neste caso é mais grave e mostra que é preciso agir em grande circuito, nacional, de modo a apurar os anúncios, o uso da lógica.

                            Não há jeito de oferecer VAGAS ILIMITADAS, quer dizer, infinitas, não-finitas, por não há classes infinitas na realidade, fora da Matemática, onde são objeto de estudo na Teoria dos Conjuntos, de Cantor. Vagas SÃO SEMPRE limitadas, pois naturalmente devemos pensar que qualquer conjunto real seja limitado, até porque não há sistema de som, por exemplo, por maior e mais eficiente que fosse, que servisse a uma classe ilimitada de alunos de cursinho – até os cursinhos têm limites para a quantidade de gente que colocam nas salas de aula.

                            POR DEFINIÇÃO vagas são sempre limitadas. Deveriam dizer número pequeno de vagas, ou número reduzido de vagas, ou qualquer coisa assim.

                            Então, ao anunciar “vagas limitadas”, não existindo o oposto, não se trata de redundância, sobreafirmação perante a descrença, como nos outros casos que investiguei, e sim de falsificação lógica – é denúncia de debilidade mental, proclamação taxativa de que há na civilização brasileira descaso com a construção lógica de sentenças. Indica notável desmazelo, descuido com o apuro lógico mínimo.

                            Isso deve ser exposto, digamos pela Rede Globo e o Canal Futura, de modo que as pessoas possam demorar-se mais na construção de frases, prestando mais atenção na relação dialética com o mundo, enfim, que possam ter mais elegância dialógica no diálogo com o universo.

                            Vitória, sexta-feira, 04 de abril de 2003.

Uma Proposta de Construção

 

                            Depois que nosso salário começou a subir em 1995 e antes que todos houvessem se acostumado com o novo patamar de gastos e permissões, comuniquei a nosso amigo PFR e ao Sindifiscal o que era a antecessora desta idéia mais definida.

                            Como exemplo, imagine um terreno de mil metros quadrados de área construída, em cima dando três (porque somos minha filha Clara, meu filho Gabriel e eu – você pode escolher seu número) apartamentos de área totalmente aproveitada em cima, com um sendo cobertura, e “n” deles em baixo, digamos 10 de 100 m2, área bastante razoável em Jardim da Penha, onde em geral eles têm 70 m2.

                            Se ainda está valendo o dado que tenho em mente de 400 reais por metro quadrado, os três de cima ficariam por 400 mil x 3 = 1.200 mil, ao passo que três de baixo também, somando 2.400 mil, divididos pelos 3 x 10 = 30 apartamentos de baixo, 2.400/30 = 80 mil cada, um preço bastante “salgado” para os médios-baixos, pobres que querem se dizer classe média (são, mas baixa). Se os de baixo forem seis andares x 10 = 60 apartamentos, o total rateado seria de 3.600 mil divididos por 60 no máximo 60 mil, mais confortável. Se forem 12 andares, 12 x 100 x 400 = 4,8 milhões, mais 1,2 milhão de cima 6,0 milhões no total, divididos por 120 = 50 mil cada, ainda mais fácil de financiar.

                            A REGRA                       

APARTAMENTOS
M2
TOTAL DE
APARTAMENTOS
VALOR COLETIVO
(Milhares de reais)
CUSTO INDIVIDUAL
(Idem)
De cima (3)
1000
3
1.200
1.200
De baixo (3)
100
+ 3 X 10 = 30
+ 1.200=2.400
80
De baixo (6)
100
+ 6 X 10 = 60
+ 2.400=3.600
60
De baixo (12)
100
+ 12 X 10 = 120
+ 4.800=6.000
50
De baixo (24)
100
+ 24 X 10 = 240
+ 9.600=10.800
45

                            Veja que o ganho de escala vai reduzindo de 80 para 60 (20 mil, 25 % a menos), de 60 para 50 (10 mil, mais 1/6 ou 16 % a menos), de 50 para 45 (5 mil, 1/10, apenas 10 % a menos), mas o número de andares vai subindo de 6 para 9, 15, 27, tornando-se prédios progressivamente mais caros, de modo que a solução ótima parece estar entre 6 e 9, mais próxima de seis.

                            Além disso, seria preciso ter elevadores separados apenas no sentido de conservar a privacidade, sem ser antipático, o que seria péssimo para os negócios, bem como área independente de família, sem ser segregacionista, no entanto compartilhando tudo que for compartilhável, como verdadeiros vizinhos.

                            De preferência ter isso que chamei de resort no campo, um prédio retirado da área urbana, com todos os privilégios de segurança, com área enorme de vida coletiva para as crianças e adultos, com câmaras de segurança, com piscinas, com Internet de banda larga 24 horas, com churrasqueiras e clube social, com lavanderias, com oficinas, com lavadores de carros, com uma série de serviços, mais uma mata toda especial, natural ou recomposta, até com lago. O que se ganharia em preço de terreno seria empregado nisso.

                            Evidentemente as pessoas já constroem há muito tempo o seu à custa de outros (meu pensamento é que é de agora, neste caso), que pagam o preço do capital financiando o que está acima. Seria preciso o capitalista ter 2,4 milhões na opção de seis andares, para empregar logo e ir recuperando aos poucos na venda dos 30 apartamentos, cada um a 80 mil. Capacidade de bancar é claro, não é para qualquer um.

                            O que se obteria seriam três superapartamentos de mil metros quadrados cada, sendo uma supercobertura magnífica, “de graça”, apenas tendo capacidade empreendedora. Uma vez tendo começado não pararia nunca mais, acumulando para toda a superfamília (filhos, netos, bisnetos, o que fosse) ou para vender e fazer mais dinheiro, apenas tendo que se organizar para construir.

                            Uma nova modalidade de construção no campo, supostamente uma coletividade feliz, protegida pelo superpoder acima posto, vantagens inegáveis para os compradores. Se será uma troca justa só o futuro dirá.

                            Vitória, domingo, 06 de abril de 2003.

Sítios Pessoambientais

 

                            Das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) nos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), colocando, por exemplo, os indivíduos dentro de suas cidades. Quem deseja saber isso? Penso que todo mundo, a identificação espacial é para nós um instinto, dado que é desconhecida, ao passo que sabemos estarmos todos no horizonte de simultaneidades: ninguém perguntaria de QUANDO outro está falando e sim DE ONDE.

                            E colocar no município/cidade, digamos identificando que é de Linhares/ES, não equivaleria a dizer que é do ES? Não. Em primeiro lugar porque ninguém sabe onde fica o ES (o Brasil é 1/40 avos do mundo, o ES 1/40 avos do Brasil – o ES é 1/1.600 do mundo). Em segundo lugar devemos atentar que as dimensões que são pedidas no nível M/C são diferentes daquelas no nível estadual. O prefeito é a maior autoridade visível do M/C, mas pode quase nada significar no plano estadual, especialmente em Minas Gerais, onde o estado deve estar chegando ou passando dos oitocentos municípios.

                            Essa separação imediata é de notável utilidade, em oito níveis: os órgãos mundiais, os governos nacionais, estaduais, municipais/urbanos; as empresas (micro, pequenas, médias, grandes, gigantes), os grupos por suas atuações e objetivos, as famílias mais importantes que com seus sites ou sítios queiram deixar entrar os que pretendam com isso ampliar seu conhecimento (pela oferta de serviços à coletividade) e os indivíduos mais destacados que tenham algo a oferecer à comunidade.

                            Então, o SÍTIO GERAL PESSOAMBIENTAL deveria estar dividido em oito caixas ou boxes, correspondendo a portas pelas quais entrar, aqui vistas de banda:

                            OITO PORTAS OU NÍVEIS

Portal do Mundo
Portal das Nações
Portal dos Estados
Portal dos M/C
Portal das Empresas
Portal dos Grupos
Portal das Famílias
Portal dos indivíduos

                            PORTAL DAS EMPRESAS

Janela das Micro
Janela das Pequenas
Janela das Médias
Janela das Grandes
Janela das Gigantes

                                                       E assim por diante, de modo a que saibamos automaticamente a que estamos nos dirigindo, podendo pedir exatamente o que queremos obter.

                            A JANELA DAS GIGANTES

Postigo Europeu
Postigo Americano
Postigo Africano
Postigo Asiático
Postigo Australiano e Polinésio
Postigo Antártico
Outros

                                                       POSTIGO AMERICANO

·        Greta Norte-Americana

·        Greta Centro-Americana

·        Greta Sul-Americana

1.       Gigantes agropecuárias/extrativistas

2.      Gigantes industriais

3.      Gigantes comerciais

4.     Gigantes dos serviços

0.     Bancos gigantes

Você vê que isso organizaria de fato tudo. E há aqui uma oportunidade tremenda de investimento, oferecendo essa superorganização através do modelo como novidade substancial.

Vitória, domingo, 06 de abril de 2003.

Uma Esperança no Futuro

 

                            Como eu disse num artigo anterior, o Brasil de São Paulo em Campinas construiu um supercomputador por 200 mil reais, juntando 20 máquinas, frente às estrangeiras (em geral americanas e japonesas; os americanos têm política de restrição por alegadas razões de segurança políticadministrativa interna) de mais de um milhão e até de 20 milhões de dólares. Pelo preço menor aqui já saía por 3.000/200 = 15/1, podendo ser adquirido por qualquer empresa de porte um pouco maior. Um roteador é colocado no centro, administrando todas as máquinas em conjunto.

                            Agora produziram um de 60 mil, menos de 1/3 da vitória anterior, 50/1, o que prenuncia reduções ainda maiores de preços, quando os gabinetes separados forem retirados e houver sucessivas compactações de tamanho, até colocarem tudo num gabinete só, operando como um PC (personal computer, computador pessoal, ou HC, home computer, computador de casa, para os home office, escritórios do lar) comum. Não importa quanto tempo, as verdadeiras estações de trabalho estão chegando, primeiro a 20 mil, depois a preços acessíveis de fato por quase toda família de classe média, mesmo baixa.

                            A importância disso é que nos mais remotos lugares pesquisadores independentes terão em seus lares (e maior poder computacional ainda se ligados a supercomputadores remotos, institucionais ou não, por exemplo, ligando várias casas em rede). Isso é uma verdadeira revolução, porque os criadores isolados não estarão mais impedidos de trilhar linhas independentes de pesquisa & desenvolvimento teórico & prático. Você bem pode imaginar o significado disso.

                            Veja o artigo anexo como prenúncio desses tempos dadivosos que estão por vir e fique pasmado, como eu fiquei.

                            Nas sombras grandes anúncios estão sendo feitos.

                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

Sítios Calmantes

 

                            A começar por cores calmantes verdes, azuis e que tais, ligando-se os sites a psicólogos de plantão que possam dar conselhos (a pessoas – indivíduos, famílias, grupos e empresas – anônimas, um embaralhador qualquer do e-mail), de sorte a abrandar as dores das almas, promovendo geral bem-estar de quase todos que se conectem à Internet ou liguem por telefone, e melhorando o astral coletivo e individual.

                            Sítio de bom-humor e de bom-amor, voltado para a gratificação simples das almas, dando conselhos e indicando soluções, este é um serviço público inexistente, mas que será do maior valor quando algum político ou governante o instituir como socorro nestes tempos terríveis pelos quais passamos todos, especialmente no Brasil.

                            É preciso que nas 220 nações hajam tradutores (nem todas terão recursos, que devem ser providos pela ONU: 220 x 220 = 48,4 mil), de modo a não só nativos terem acesso aos conselhos do grupo de psicólogos como também os estrangeiros todos, porque não sabemos de onde virá a autêntica empatia, mais que a obrigação do serviço. As pessoas nele localizadas não devem ali estar por mera obrigação e sim por legítima afinidade com os necessitados; quando essa ligação acabar devem se despedir do serviço e ir fazer outra coisa.

                            É definitivamente estranho que ninguém tenha pensado nisso antes, existindo a Terra há bastante tempo como berço humano-sábio. É mais um descaso, um índice da fragilidade das instituições humanas. O quê os psicólogos estiveram fazendo, descuidados do mínimo de atenção ao próximo (não admira mesmo nada que não haja paz na Terra, com tão pouca gente de boa vontade)?

                            Vitória, domingo, 06 de abril de 2003.

Sacerdote, Rei, Magistrado

 

                            No livro da série Antologia de Vidas Célebres (Hermes, Orfeu, Teseu, Rômulo), São Paulo, Logos, 1960, o autor diz, p. 31, falando da época mítica de Hermes, lá por três mil antes de Cristo: “tipifica, por assim dizer, uma época em que o sacerdócio, a magistratura e a realeza se encontravam reunidos num só corpo governante”.

Acontece que pela Rede Cognata sacerdote = POLÍTICO = SUJEIRA = PIRÂMIDE = HORIZONTE = PLANETA = PADRE, etc., uma profusão de cognatos, não sei por que.

UM QUADRO COMPARATIVO

ANTIGAMENTE
(Ofício/agentes)
CONTEMPORANEAMENTE
(Poder/mandatário)
Sacerdócio/sacerdotes
Legislativo/político
Magistratura/juízes
Judiciário/juiz
Realeza/reis
Executivo/governante

Como você pode ver, mudaram apenas os nomes, continua em cena a mesma peça que nos pregam, ou em que nos pregam na cruz. O que o Iluminismo fez foi tornar os poderes manifestos e “independentes” entre si, ou seja, aconselhou-os a camuflar a dependência e os favores mútuos. Não é engraçado, isso? Se não fosse a RC eu nunca teria reparado.

Os escribas, que aí não constam, são os intelectuais de agora, faltando também os militares, havendo quatro classes no modelo (operários, intelectuais, financistas, militares), com um centro burocrático. No caso do Estado, antigamente como agora, esse trio de sacertodes/magistrados/reis e de políticos/juizes/governantes constitui a burocracia, enquanto por fora os escritas ou intelectuais estão encostadinhos por sua utilidade no trato da língua e da cultura, os guerreiros ou militares estão pegadinhos por sua competência com a administração da morte aos inimigos do regime, os acumuladores ou financistas por sua aptidão em lidar com a extração de trabalho alheio, sobrando os operários, que antes como agora estão destinados a erguer as montanhas de pedra.

Ai, ai, muda, muda e não muda nada.

Vitória, domingo, 06 de abril de 2003.

Registros Subterrâneos

 

                            N’O Livro de Ouro dos Mistérios da Antiguidade (Os Maiores Enigmas da História da Humanidade), 3ª. Edição, Rio de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 495, os autores Peter James & Nick Thorpe dizem:

                            “Ela (Omm Seti) também fez repetidas vezes outra alegação sobre o templo: de que sob ele existe uma câmara mortuária secreta, contendo uma biblioteca de registros históricos e religiosos. Se descoberta, seria uma sensação arqueológica capaz de fazer o túmulo de Tutancâmon parecer insignificante. Infelizmente, até agora ninguém parece ter seguido a indicação para procurá-la”, negrito meu.

                            SETI foi faraó de cerca de mil e trezentos antes de Cristo.

                            Por quê os arqueólogos não vão lá?

                            Há uma série de razões, que tentarei pensar:

1.       Essa besta “reputação acadêmica” que os intelectuais tanto prezam, como fonte de prestígio e de ganhos, de fama social, enfim. Para contornar COLOQUEM UM JOVEM SEM REPUTAÇÃO NENHUMA A PERDER;

2.      A falta de recursos para uma investigação tão ampla, relativamente, ainda que o apontamento de Omm Seti seja bem preciso. Pensem no encontro de um dicionárienciclopédico antigo, digamos de Atlântida. Se não existe, tudo bem, já não o temos, mas só a chance de obtermos já valeria qualquer sacrifício, mesmo se, como os macacos, descobríssemos que os primeiros tinham outras feições;

3.      A subversão civilizatória, de descobrir realmente que Atlântida existiu, e que a humanidade verdadeiramente é jovem num universo muito velho, onde essa (e presumidamente muitas outras) civilização surgiu e desapareceu;

4.     A possibilidade de, de fato e com provas, uma civilização desaparecer, com os efeitos de susto geral que isso provocaria, e vários outros motivos, não sei.

Aqui do outro lado ficamos nós, não apenas sem uma coisa que revolva o fundo lodoso da paradeira geral, como principalmente sem tal conhecimento potencial, mesmo se “apenas” hieróglifos, bibliotecas egípcias, não-atlântidas fossem descobertas (literalmente) da areia. Imagine se por lá estiver alguma biblioteca antiga e se lá ou em outros lugares puderem ser descobertos cópias dos livros queimados em Alexandria. Não te emociona? Não basta para revirar do avesso qualquer escrúpulo idiota dos intelectuais sifilíticos?

Irritam-me profundamente os obstáculos que os pruridos preciosistas deles interpõe ao avanço das pesquisas e ao desnudamento necessário, fundamental, de todo conhecimento antigo. Só de pensar que tais impedimentos estão evitando a vivificação dos horizontes acadêmicos, que tais revelações poderiam promover, fico arrepiado e revoltado. A celeuma, o burburinho gratificante, o ímpeto renovado - de tudo isso nós precisamos. VÃO LOGO E FAÇAM, caramba!

Vitória, sexta-feira, 11 de abril de 2003.