sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


Secretaria das Sugestões

 

                            Li uma vez que os industriais instalaram, sei lá em que lugar, caixas de sugestões (o que deve ter se propagado por todo o mundo) para os empregados colocarem ali suas idéias de melhorias, com isso conseguindo muitas – certamente sem pagar direitos de patentes – que provavelmente lhes renderam bilhões de dólares em economias.

                            Os governempresas podem seguir essa linha, em especial os governos, instalando secretarias nos municípios/cidades, estados, nações e mundo, carreando milhões e mesmo bilhões de idéias, de preferência identificando os (as) autores (as) para recompensá-los. Eu mesmo levei mais de 150 anteprojetos de lei à Assembléia Legislativa do ES e leguei muitas e muitas idéias a várias pessoas, sempre sem reconhecimento, sem citação do autor, etc., como é usual no Brasil.

                            Na prática o novo governo do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, o Lula, pode criar uma Secretaria Nacional que coordene as locais, com endereço tanto virtual quanto real, em cada cidade onde esteja o governo federal (e onde não, por meio dos governos estaduais ou municipais/urbanos) instalando urnas ou sites/sítios, de modo que as pessoas possam enviar cartas ou e-mails, ou ir para falar, junto a funcionários para isso designados, preenchendo formulários com endereços dos signatários, de modo que eles (as) possam receber respostas, a todos e a cada um endereçadas.

                            Evidentemente os homens e as mulheres dos governempresas não possuem as respostas todas, sequer uma parte grande, e mais certamente ainda não sabem “onde dói o calo”, como diz o povo, isto é, não sabem dos problemas pelo lado de sua vivência ou confrontamento, ou seja, não os sentem como devem senti-los o povo e as elites.

                            Tal Secretaria pode ser das mais importantes, porque haveria uma realimentação entre elas e os fornecedores, de tal modo que com essa retroalimentação ou feedback os encarregados estariam permanentemente sondando o povelite/nação em sua base mesmo. Com algum cuidado, bastante humildade que impeça a arrogância dos sábios sobre os tolos, agilidade, temperança e capacidade de triagem para evitar repetições, com publicação dos resultados e enquadramento progressivo tal via dupla pode ser um modo prático e teórico de categorizar ou profissionalizar os governempresas, mais do que já são muita coisa, de modo a que tal estrada de mão dupla seja o termômetro das condições operacionais dos G/E.

                            Uma nova forma de governar e empresariar, uma nova psicologia, enfim, um novo jeito de ser.

                            Vitória, sexta-feira, 08 de novembro de 2002.

Respeito ao Conhecimento

 

                            Quanto respeito é dedicado ao Conhecimento geral (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), fora aos saberes práticos que as 6,5 mil profissões comportam e os demais conhecimentos espalhados?

                            Gostaria de ver (como sugeri no modelo) as universidades do Conhecimento. Em particular aqui surge o desenho de quatro paralelepípedos postos perpendiculares para a par em volta de uma cúpula central, que seria o Congresso do Conhecimento, com deputados práticos desenvolvedores & senadores teóricos pesquisadores do mundo inteiro. No andar de cima, representando o conhecimento alto, estariam Magia, Teologia, Filosofia e Ciência, nesta ordem, seguindo os ponteiros do relógio; e embaixo, correspondendo a seus pares, o conhecimento baixo, Arte, Religião, Ideologia e Técnica. No centro, acima e abaixo do Congresso, a Matemática, separada em matemática alta e matemática baixa.          

                            Esses paralelepípedos poderiam encompridar-se para trás, e crescer para cima, de dois em dois andares, de modo que seriam um, dois, três andares para Técnica embaixo e em cima os seus equivalentes científicos. O chato disso tudo é que essa ordem, necessária, pode levar aos simbolismos congeladores, que impeçam o progresso e o desenvolvimento.      

                            Mas isso certamente traria respeito ao Conhecimento mais elevado, de modo que ali poderiam os modos colocar bibliotecas, livrarias, restaurantes, lojas, salas de aula e de conferência, salas de estudos, museus, o que fosse, até salas da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet), anfiteatros, cinemas, verdadeiros centros de compras e festividades, um mundo de oportunidades.

                            Se um país não se volta para o Conhecimento, mesmo que seja por meio de símbolos, para estimular a atenção a ele, que esperança pode ter de conservar-se à frente ou ultrapassar os que estão no trânsito até o limite dianteiro? Respeito ao Conhecimento pode ser respeito simbólico. Agora, o mais importante é o respeito real. Pergunto se já foi feito algum levantamento das condições nacionais, estaduais e municipais/urbanas desse respeito? Não, é claro, a Academia não proporcionou tal estudo. Os acadêmicos estão sempre dormindo. Não fazem enquetes, não lutam verdadeiramente pelo Conhecimento. Se nem eles o respeitam, que dizer dos outros?

                            Se as próprias elites não ligam para o Conhecimento que já possuem entesourado, se não estimulam com fervor a sua busca, se não procuram trazer ao máximo do estrangeiro, não forçam o povo a aproximar-se dele, que esperança pode haver para o povo mesmo, ou que expectativas podem criar-se nele quanto à vantagem de apoderar-se de qualquer conhecimento em particular?

                            Vitória, quinta-feira, 07 de novembro de 2002.

Pulando de Vida

 

                            Outra opção para aprendizado da personagem e dos telespectadores é fazer uma pessoa acordar de manhã como ela mesma e logo em seguida ver-se em outra vida, de criança a adulto, de homem a mulher, do Norte ou do Sul, de qualquer raça, qualquer idade, qualquer condição social, até como animal ou planta, para denunciar as várias situações de injustiça social ou nacional, e discutir os hábitos de alimentação, as bebidas, as drogas, as vidas violentas, os crimes (inclusive de colarinho branco), as viagens, o desrespeito pelas outras nacionalidades, o que for.

                            Você pode perceber que as possibilidades são amplíssimas.

                            Além disso, as pessoas poderiam ficar conhecendo um milhar de lugares, enquanto a série se mantivesse interessante, em países distintos dos centrais, até voltando e avançando no tempo, como artifício de mostrar toda a geo-história e proporcionar a quem olha uma mirada MUITO MAIS ampla da geo-história de todos os povos e nações.

                            Com diretores bons e escritores melhores ainda será possível abordar as mais tremendas questões sociais, já resolvidas ou pendentes, posicionando-se o telespectador do outro lado da sociedade em que está encarnado. Todo o Conhecimento (Arte/Magia, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), além das 6,5 mil profissões, os sexos, os labores (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas), as economias (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), enfim quase tudo que o ser humano fez ao longo dos tempos.

                            Um grupo de psicólogos (psicanalistas, psico-sintetizadores, economistas, sociólogos e geo-historiadores), de professores do Conhecimento, de governantes e de empresários, de políticos e de administradores, de todas as forças vivas da coletividade. Eles próprios aprenderão e poderão escrever livros que, por sua vez, ensinarão a outros. Ao longo de 20 ou 30 anos desse trabalho a humanidade poderá ter melhorado muito, vendo-se cada um de fora, pelos acertos e defeitos pesquisados.

                            Enfim, é mais que filmografia é uma verdadeira lição de vida. Literal e metaforicamente.

                            Vitória, quarta-feira, 06 de novembro de 2002.

Presidência

 

                            As instituições humanas são extremamente primitivas, que pese o grande desenvolvimento em relação ao passado.

                            Por exemplo, não há um departamento na Presidência da República para sintanalisar as 6,5 mil profissões, isso posso garantir, não apenas por nunca ter ouvido falar quanto principalmente porque não seria do estilo deles serem exaustivos. Não há um departamento para lidar com os modos do labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas), porque isso é coisa recente do modelo, ainda não divulgado. Nem divisão da Chancelaria em quatro mundos, com grupos de 55 para os perto de 220 países. Não há, com toda segurança, um Departamento de Excelência, porque isso seria exigir demais da civilização brasileira de fundo português.

                            Não há uma repartição em dois níveis para o Conhecimento geral (alto: Magia, Teologia, Filosofia, Ciência; baixo: Arte, Religião, Ideologia e Técnica; e Matemática ou Geo-Algébrica). Não há interesse assimétrico nas classes do TER (ricos, médios-altos, pobres e miseráveis) que favoreça o lado despossuído. Não há um Instituto de Fomento Tecnocientífico, pois os governempresas brasileiros não favorecem a T/C, por serem subalternos da pesquisa & do desenvolvimento exteriores. Não há também, com certeza, um Instituto de Fomento Tecnartístico, para as tecnartes (da visão, da audição, do paladar, do olfato e do tato), porque qualquer ganho que estas pudessem proporcionar como independência do sentir questionaria aquela mesma dependência abjeta.

                            Então, a Presidência brasileira (e a Governadoria e a Prefeitura) são coisas extremamente atrasadas, posso dizer sem sequer investigar a fundo.

                            Ao contrário, esperaríamos que houvesse uma Assessoria de Mídia (de TV, de Rádio, de Revista, de Jornal, de Editoria e de Internet, para não falar nos meios menores). Um Departamento de Enquetes para estudar as perguntas do povo (e das elites também) seria demais, assim como ultrapassaria toda esperança minha uma Secretaria das Sugestões, como pedi num dos textos deste Livro. Poderíamos dizer durante horas do que NÃO HÁ.

                            Enfim, o que a Presidência está fazendo lá?

                            Vitória, quarta-feira, 13 de novembro de 2002.

Perfil dos Políticos

 

                            No modelo, no Conhecimento geral (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) a Ideologia é a contraparte baixa da Filosofia, ou seja, a Ideologia é a Filosofia baixa e a Filosofia é a Ideologia alta.

                            Assim, a Ideologia é Filosofia doutrinária, consolidada como interesse de classe dos postuladores espaçotemporais da dominância, é o congelamento do pensamento nos dogmas de interesse do segmento ou seção, é sectarismo, sobreafirmação do sectário, é doença do infocontrole mais apto, agoraqui a humanidade.

                            Todos os seres humanos são políticos, conforme disse Aristóteles. No modelo classifiquei-os como; 1) povo, 2) lideranças, 3) profissionais, 4) pesquisadores, 5) estadistas, 6) santos/sábios e 7) iluminados.          

                            Ora, todos possuem PERFIL PSICOLÓGICO, de alma: perfil psicanalítico ou figura, perfil psico-sintético ou objetivo, perfil econômico ou produção, perfil sociológico ou organização, perfil geo-histórico ou espaçotempo de vida racional. Pois bem, há o governempresa políticadministrativo pessoambiental. Pelo lado dos governos, os políticos exercem a Ideologia nos níveis federal, estadual e municipal/urbano, nos três poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário) temos presidente, senadores, deputados federal, governadores, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, juízes, desembargadores, promotores, advogados e o resto todo, são milhares). Só de cidades temos no Brasil 5,5 mil; se cada uma tem uma média de dez vereadores são por baixo, só no legislativo, uns 70 mil.

                            Esses políticos todos (mesmo os que não se acham tais, os do Judiciário) nomeiam MILHÕES DE FUNCIONÁRIOS, e nós fundamentalmente não os conhecemos. Não sabemos de onde vem, qual sua formação, seus dados pessoais (individuais, familiares, grupos, empresariais), a que empresas estão ligados, quem os financia, o que fizeram de útil na vida, quais suas propostas, nada mesmo. De uma década para cá é que alguns grupos vêm publicando informações sobre os congressistas.

                            É meu pensamento que deveríamos esmiuçar suas vidas que são, afinal de contas, PÚBLICAS, isto é, abertas ao conhecimento de todos e cada um – ou deveriam ser. Se autorizaram que fossem devem tolerar investigações, PORQUE os trilhões de dólares de produção nacional e mundial estão nas mãos deles, via orçamentos. Se investigam a gente quando vamos pedir emprego, por quê não a eles?

                            Creio dever ser constituído um grupo (que não seja sujeito a pressões) governempresarial, vigiado pelas ONG, para vasculhar totalmente essas existências através da mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet) oferecendo dados através dela, especialmente da Internet, que é de longe a mais dinâmica, beirando a retroalimentação. Precisamos saber. O mundo, tornando-se cada vez mais complexo, não pode continuar informacionalmente simplório numa área tão crucial quanto a política.

                            Vitória, quarta-feira, 06 de novembro de 2002.

Palad’Arte

 

                            Chamei de TECNARTES DO CORPO.

                            Da visão: fotografia, poesia, prosa, dança, moda, desenho, pintura, etc. Da audição: música, discurso, etc. Do olfato: perfumaria, etc. Do paladar: comida, bebida, pasta, tempero, etc. Do tato: arquiengenharia, cinema, teatro, urbanismo, tapeçaria, esculturação, paisagismo/jardinagem, decoração, etc. Pensei nessas 22.

                            As TECNARTES DO PALADAR, sendo aquelas, podem e são freqüentemente fundidas. Entrementes, mesmo os mestres pouco usam das demais para favorecer o paladar, pelo menos “de caso pensado”, como diz o povo, ou seja, por meio da meditação de como as interferências mútuas, cruzadas, poderiam elevar o gosto a novos níveis de significação e refinamento universal, nacional, estadual e municipal/urbano, para não dizer empresarial, grupal, familiar e individual.

                            É claro que já aconteceram avanços consideráveis nas artes do paladar, porém podemos ir muito mais longe, se pensarmos, por exemplo, em usar a decoração para induzir certos estados de espírito sensíveis, ou a fotografia, ou a dança, etc., de modo que os grandes restaurantes para os ricos e médios-altos podem dar saltos revolucionários de grande monta, oferecendo serviços tremendos, nunca dantes vistos, nas grandes cidades, e mesmo nas médias, o que seria eventualmente copiado pelos menos favorecidos, via mídia. Haveria uma cascata, uma transferência súbita e violentamente criativa dos recursos primordiais dos quais os outros emanariam.

                            Isso pressupõe um Congresso dos Tecnartistas mirando o paladar, quer dizer, todos os T/A forçando seus conhecimentos NO FOCO, no paladar e no seu desenvolvimento formal e conceitual.

                            Vitória, sexta-feira, 08 de novembro de 2002.

Os Metros da Percepção

 

                            Quantas são as maneiras de perceber?

                            São tantas quanto forem as “forças” ou campartículas ou ondas. Estas seriam, como dizem os cientistas (e modificação minha), quatro: campartículas gravitacionais, campartículas eletromagnéticas, campartículas fracas e campartículas fortes. Depois de ter juntado gravidade e inércia em gravinércia e ter dito que o campartícula eletromagnético é constituído de dois, que Maxwell reuniu antes, teríamos na verdade quatro, assim: elétrico, magnético, fraco e forte, com o centro sendo o par gravinercial.

                            Portanto, temos CINCO MODOS DE MEDIR.

                            1º) através as ondas elétricas;

                            2º) através das ondas magnéticas;

                            3º) através das ondas fracas;

                            4º) através das ondas fortes;

0)      Através das ondas gravinerciais.

A onda eletromagnética, EM, é vista como uma só, e tem um ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO, do qual a chamada JANELA DA VISÃO é pequena e estreita, relativamente. O EEM vai de 107 a 10-14 m e abarca rádio (1), TV (2) microondas (3), radar (4), infravermelho (5), janela de visão (6), ultravioleta (7), raios X (8), raios gama (9), raios cósmicos (10). A janela, na mesma ordem decrescente dos comprimentos de onda, é composta de: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, roxo e violeta, e vai de 7,8 a 4,0 mil angstrons.

Por conseguinte, podemos perceber de todas essas formas. Como fomos dotados de uma janela estreitinha, que são as cores e suas combinações, nossos instrumentos, máquinas, aparelhos, programáquinas vêem por nós. Daí vermos nas cores, em todos os tipos de radiação do espectro eletromagnético, mas não com ondas gravinerciais, nem ondas fracas, nem ondas fortes.

Vemos que temos CINCO SUPERMODOS de perceber (gravinercial, elétrico, magnético, fraco e forte). No SUPERMODO COMPOSTO eletromagnético, variadas subdivisões, com dez modos compostos. Do modo das cores, temos sete submodos. Reduzidos os dois supermodos elétrico e magnético a um só, ficamos com quatro supermodos (juntados o elétrico e o magnético num só, o EM) + nove modos eletromagnéticos (descontado o da luz, contado a seguir) + sete submodos da luz = 17 espécies, até agora, fora que os supermodos ainda podem ser partidos em espectros (espectro gravinercial, espectro fraco e espectro forte).

Observe que onde tínhamos antes de Newton apenas a visão indivisa, temos agora 17. Além disso devemos contar TATO (pressões), OLFATO (moléculas), PALADAR (moléculas) e AUDIÇÃO (pressão de ondas). Contando tato e audição como pressão e paladar e olfato como decomposição molecular, são agora DEZENOVE MODOS materiais externinternos, isto é, com aparatos externos a que correspondem interpretadores internos.

Não é muito mais gostoso assim?

Que mundo tão palatável, não é mesmo?

E pensar que há alguns que dizem que não encontrar alegria na Vida geral. Como a ignorância pode ser um mal tão extremo, é ou não é?

                           Vitória, segunda-feira, 18 de novembro de 2002.