sábado, 9 de junho de 2018


O Berreiro dos Guerreiros Quando Eles se Debulhavam em Lágrimas

 

Como vimos no Livro 191, a partir da Tribo do Cão formaram-se os primeiros grupos de pós-lobos ou pré-cães que foram crescendo até virarem enormes matilhas. Como sempre acontece quando aparecem novos instrumentos as pessoas se apaixonam por ele e todos desejam tê-los. Assim, logo no começo alguns devem ter se especializado na produção de cães, porque eles davam domínio, segurança, “grande proteína” em abundância, preferência perante as mulheres (logo que foram realmente domesticados e não ameaçavam mais os garotinhos-queridinhos). OS guerreiros-com-cães tornaram-se o topo da cadeia alimentar biológica e psicologicamente.

Assim, os cães enquanto bioinstrumentos se espalharam com fogo na palha seca e cães e homens tornaram-se inseparáveis, grudados uns nos outros a ponto de provocar ciúmes nas mulheres. Homens defendiam os cachorros e estes àqueles, grudando uns nos outros. Porque, pense, nos exteriores distantes não havia outra companhia nem defesa contra a Natureza hostil e violenta, mordedora e ameaçadora.

O CÃO E O CAÇADOR


Não é como agora, em que temos centenas de interesses e metas, eram poucas as direções e menos ainda os sentidos; os seres humanos tinham grande apego uns aos outros e aos seus bioinstrumentos, pois existiam poucos exemplares de cada. A tribo era constituída de dezenas, no máximo centenas e morrer um era morrer gente da família realmente.

Quando um cão morria os guerreiros se debulhavam em lágrimas (que ninguém visse!), chutavam as coisas, devia ser cena tocante de fato. E quando um guerreiro morria provavelmente o (s) seu (s) cão (cães) morria (m) com ele, não queriam se apartar e ficavam defendendo o corpo dos inimigos, até que ele passou a ser enterrado.

A gente não fazia idéia de nada disso!

Vitória, sábado, 16 de dezembro de 2006.

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