O Berreiro dos
Guerreiros Quando Eles se Debulhavam em Lágrimas
Como vimos no Livro 191, a partir da
Tribo do Cão formaram-se os primeiros grupos de pós-lobos ou pré-cães que foram
crescendo até virarem enormes matilhas. Como sempre acontece quando aparecem
novos instrumentos as pessoas se apaixonam por ele e todos desejam tê-los.
Assim, logo no começo alguns devem ter se especializado na produção de cães,
porque eles davam domínio, segurança, “grande proteína” em abundância,
preferência perante as mulheres (logo que foram realmente domesticados e não
ameaçavam mais os garotinhos-queridinhos). OS guerreiros-com-cães tornaram-se o
topo da cadeia alimentar biológica e psicologicamente.
Assim, os cães enquanto
bioinstrumentos se espalharam com fogo na palha seca e cães e homens
tornaram-se inseparáveis, grudados uns nos outros a ponto de provocar ciúmes
nas mulheres. Homens defendiam os cachorros e estes àqueles, grudando uns nos
outros. Porque, pense, nos exteriores distantes não havia outra companhia nem
defesa contra a Natureza hostil e violenta, mordedora e ameaçadora.
O
CÃO E O CAÇADOR
![]() |
![]() |
Não é como agora, em que temos
centenas de interesses e metas, eram poucas as direções e menos ainda os
sentidos; os seres humanos tinham grande apego uns aos outros e aos seus
bioinstrumentos, pois existiam poucos exemplares de cada. A tribo era
constituída de dezenas, no máximo centenas e morrer um era morrer gente da
família realmente.
Quando um cão morria os guerreiros se
debulhavam em lágrimas (que ninguém visse!), chutavam as coisas, devia ser cena
tocante de fato. E quando um guerreiro morria provavelmente o (s) seu (s) cão
(cães) morria (m) com ele, não queriam se apartar e ficavam defendendo o corpo
dos inimigos, até que ele passou a ser enterrado.
A gente não fazia idéia de nada disso!
Vitória, sábado, 16 de dezembro de
2006.


Nenhum comentário:
Postar um comentário