sexta-feira, 29 de junho de 2018


Leo Aldebarã

 

Comprei o segundo volume, está sendo produzido desde 1993, o que significa que temos promessa de 13 anos de álbuns ou revistas-livros. Até onde sei saíram no Brasil dois pela Panini Comics, dos quais adquiri o II.

Só quem lê há muito tempo ou é pesquisador pode aquilatar o trabalho desse cara, Leo (com as iniciais dos nomes), como diz abaixo “nascido Luís Eduardo Oliveira, no Brasil em 1944”, agora com 62 para 63 anos. É preciso sair do Brasil para ser respeitado, porque aqui o país sendo menor que alfa sempre abaixa a cabeça para o que vem de fora; aqui reina a minor-idade internar e a maior-idade externa.

É extraordinário porque há densidade humana, gestual coerente, fragilidade das criaturas, tudo é lógico; há cenários exóticos, com biologia coerente alienígena, tanto fauna quanto flora; há continentes, explicações, há cidades fundadas, há relações humanas substanciais, densas. Não é aquela coisa de pancadaria sem explicações, de superexplosões super-heróicas, de super-vilões e super-coisas. As cidades são prosaicas, banais, pitorescas, graciosas e há gente passando, passeando e fazendo coisas comuns, crianças brincando, como deveria mesmo ser.

Enfim, é um mundo consistente tanto em termos físico-químicos quanto biológicos-p.2 e psicológicos-p.3, o primeiro que vi desde os seis anos, nesses 46 anos de olhar histórias em quadrinhos.

Vitória, sábado, 27 de janeiro de 2007.

 

O AUTOR

HQ Coisa - Março de 2001
Moebius brasileiro
O carioca Léo, desconhecido no Brasil, conquista os franceses com sua HQ Aldebarã
Pergunte a qualquer fã de ficção científica do planeta sobre Aldebarã e a maioria vai lembrar a trilogia Guerra nas Estrelas ou, se tiver conhecimentos de astronomia, dirá que se trata de uma estrela gigantesca, quase 40 vezes maior do que nosso Sol.
Diário As Beiras, 6 de Julho de 2002
Os mundos de Leo
João Miguel Lameiras
A última fornada de álbuns da Booktree dá a conhecer ao público português a obra do brasileiro Leo, um autor praticamente desconhecido tanto em Portugal como no Brasil, mas que soube construir uma interessante carreira no mercado franco-belga, afirmando-se como um dos mais importantes autores de ficção científica a trabalhar em França. Copyright: © 2002 Diário As Beiras; João Miguel Lameiras

LEO PASSEANDO EM ALDEBARAN

Aldebaran

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