A
Gigantesca Metade de Nove
Se aconteceu e se
foi assim, de -15 mil a -6 mil anos foram nove mil anos do que veio a ser a
Idade de Ouro, que estou presumindo ter sido a Era dos Gigantes. Metade de nove
é 4,5, a primeira metade em que as coisas são meio confusas, como dos nossos
seis mil anos os três primeiros foram até mil a.C., quando as coisas começaram
a ficar mais interessantes e nisso já iam dois mil anos de civilização egípcia
ou sumeriana ou cretense.
Quatro mil e
quinhentos anos é muita coisa.
Mil anos já é
muito, imagine que no ano mil d.C. quase nada sabíamos do que sabemos agora
como coletivo – nesse tempo vivia Roger Bacon, o doutor admirável. Demoraria
ainda quinhentos anos para terminar a Idade Média e mais 500 para deslancharmos
o Conhecimento geral da coletividade atual.
Esse tempo,
expresso pelo que parece número pequeno, vai de -15,0 mil a -10,5 mil e passa
os dois dilúvios (leia duas quedas pequenas) de -13,4 mil e -11,6 mil. É tempo
pra caramba, é incompreensível dentro da perspectiva humana, de nossas curtas
vidas. É praticamente a renúncia à compreensão, recua a dois mil e quinhentos
antes de Cristo.
Se houve uma
civilização de gigantes, ela tem de ter começado com algum motivo, uma guia métrica
pelo menos, como temos a nossa, o leitmotiv, o fio condutor: é o que dá
coerência. E essa coerência é obtida no tempo do caos, da desordem montadora,
onde vencem os princípios norteadores que se salvam dos cacos dos objetos que
se chocaram para produzir o vaso novo, como os violentos embates de nossos
princípios, que depois convergiram em Cristo.
Descobrir tal
civilização gigante é descobrir principalmente, como maior interesse para os
estudiosos, essa geração, essa fabricação de eixo cultural; para os outros é
que interessam as formas e não as estruturas, tudo que é exterior e aparatoso:
o povo vive disso que o ilude em bibliotecas e museus, as exposições.
Então, há duas subfases:
1.
A metade anterior que é a
significativa para os pesquisadores, a confusão de formação;
2.
A metade posterior, cujo brilho
sustentador popular carreará os recursos que aplicar nos fundamentos: como
surgem civilizações de qualquer tipo?
Vitória, segunda-feira,
25 de junho de 2018.
GAVA.
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