Termomecânica da
Entrega d’Água
Bom, lá estamos nós com o batatão
enterrado na Terra no Pólo Norte de agora, a entrega do bilhão de km3
de água já foi feita: o que sucede, então?
Há um instante zero e de repente em
termos geológicos um oceano de vapor está acima do solo quentíssimo (calor
interior com vulcões aos milhares explodindo, calor da energia de entrega,
calor do Sol – um inferno conjunto), talvez com centenas de graus: qual a
Física geral disso? Quando o cometa chegou o impacto foi de ação mecânica com
alteração do campo gravitacional; quando se enterrou distribuiu energia
cinética em várias esferas; quando a água foi transferida entrou em ação a
termodinâmica do vapor de várias centenas de graus - esse vapor quentíssimo
passou a percorrer a Terra a velocidades altíssimas, incomparáveis com os
tufões de agora, velocidades jupterianas de 1.500 ou 2.000 km/h.
Esse vapor corria adiante, rodopiava,
subia e descia, virava à esquerda e à direita e devia ser algo absolutamente
chocante e ótima tarefa para os supercomputadores modeladores. Quantas equações
e incógnitas girarão dentro das matrizes do vaporzão? Não é como agora com
essas equações “fáceis” da meteorologia, será muito mais complicado modelar; e
esse vaporzão foi o principal construtor daquela era, moldando o planeta
inteiro: pense só em um bilhão de km3 de água na atmosfera!
A
ATMOSFERA DE HOJE
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Um milhão de anos após ter se
formado, a Terra era rochosa e quente, com alguma água acumulada na
superfície. Sua atmosfera era provavelmente constituída por metano, amônia,
gás hidrogênio e vapor d'água, entre outros compostos. À medida que o planeta
foi se esfriando, acumulou-se água nas depressões da crosta, e assim se
originaram os primeiros lagos e mares da Terra.
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Se agora a atmosfera já turbilhona
imagine quando tinha infinitamente mais água e mais energia! Puxa vida, os
meteorologistas pegaram uma tarefa boa demais! E ela vai até a fase seguinte, a
genética do vaporzão, que é mais emocionante ainda.
Vitória, quinta-feira, 18 de janeiro
de 2007.
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