Processobjetos
Gigantes
Ou programáquinas. Uma
cadeira está congelada como objeto, havendo por trás dela um processo de
fabricação.
Quando as pessoas falam
de gigantes ou aliens ou até anjos, esquecem dos processobjetos ou
programáquinas – o que os sustenta em seu dia a dia? Como operam? Quando falam
de outros mundos esquecem da ecorrede, dos ambientes, dos biomas, dos
ecossistemas. Poucas revistas de FC ou de fantasia se preocuparam com isso, ou
filmes que de livros derivam; em geral é deixado de fundo ou o ecossistema é
como o da Terra (a chance disso sendo próxima de zero – há coqueiros, há
bananeiras, há pés de alface, tudo igualzinho, ó pobreza mental).
Do mesmo modo a
Idade de Ouro, no sentido de excelência: se tudo era ótimo, os objetos deveriam
ser excepcionais e os processos de elaboração magníficos, extraordinários. E
olhe que toda a Idade é chamara de nobre, havendo o nobre do nobre, como em
nosso mundo, em que os melhores produtos vão sempre para os ricos.
A
CURVA DO SINO DOS GIGANTES (nada pode variar
muito, apenas nos detalhes, na defasagem dos aparecimentos e sumiços)
Gigantes
miseráveis.
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Gigantes pobres.
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Gigantes médios.
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Gigantes alto-médios.
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Gigantes ricos.
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E
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D
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C
|
B
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A
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Há estratificação,
que quase nunca vemos nos filmes e livros, as pessoas só querem encarnar
príncipes e nobres, nunca o proletário que cuida de limpar os pratos e talheres
da festa, faxina a bagunça deixada pelo festim guloso. Os que aproveitam a não
mais poder as camas patrícias reclinadas e vivem de enfiar os dedos na goela
para vomitar o que comeram pouco antes, para poder se lambuzar de mais, são
poucos, bem poucos, há a Lei de Pareto 80/20 e dentro dela 99/1, quase todos
trabalhando para os de garganta grande.
Onde estão os P/O,
os P/M dos gigantes?
Eles não poderiam
constituir civilização sem eles.
Mesmo que um ou
outro esqueleto seja descoberto aqui e acolá, o principal é mostrar a
sustentação cultural: onde as escolas, onde as fábricas, onde as pontes, onde
os estábulos?
Falar em gigantes é
fácil.
Difícil mesmo é dar
sustentação à afirmação.
Vitória,
segunda-feira, 25 de junho de 2018.
GAVA.
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