segunda-feira, 25 de junho de 2018


Processobjetos Gigantes

 

Ou programáquinas. Uma cadeira está congelada como objeto, havendo por trás dela um processo de fabricação.

Quando as pessoas falam de gigantes ou aliens ou até anjos, esquecem dos processobjetos ou programáquinas – o que os sustenta em seu dia a dia? Como operam? Quando falam de outros mundos esquecem da ecorrede, dos ambientes, dos biomas, dos ecossistemas. Poucas revistas de FC ou de fantasia se preocuparam com isso, ou filmes que de livros derivam; em geral é deixado de fundo ou o ecossistema é como o da Terra (a chance disso sendo próxima de zero – há coqueiros, há bananeiras, há pés de alface, tudo igualzinho, ó pobreza mental).

Do mesmo modo a Idade de Ouro, no sentido de excelência: se tudo era ótimo, os objetos deveriam ser excepcionais e os processos de elaboração magníficos, extraordinários. E olhe que toda a Idade é chamara de nobre, havendo o nobre do nobre, como em nosso mundo, em que os melhores produtos vão sempre para os ricos.

A CURVA DO SINO DOS GIGANTES (nada pode variar muito, apenas nos detalhes, na defasagem dos aparecimentos e sumiços)

Resultado de imagem para curva do sino
Gigantes miseráveis.
Gigantes pobres.
Gigantes médios.
Gigantes alto-médios.
Gigantes ricos.
E
D
C
B
A

Há estratificação, que quase nunca vemos nos filmes e livros, as pessoas só querem encarnar príncipes e nobres, nunca o proletário que cuida de limpar os pratos e talheres da festa, faxina a bagunça deixada pelo festim guloso. Os que aproveitam a não mais poder as camas patrícias reclinadas e vivem de enfiar os dedos na goela para vomitar o que comeram pouco antes, para poder se lambuzar de mais, são poucos, bem poucos, há a Lei de Pareto 80/20 e dentro dela 99/1, quase todos trabalhando para os de garganta grande.

Onde estão os P/O, os P/M dos gigantes?

Eles não poderiam constituir civilização sem eles.

Mesmo que um ou outro esqueleto seja descoberto aqui e acolá, o principal é mostrar a sustentação cultural: onde as escolas, onde as fábricas, onde as pontes, onde os estábulos?

Falar em gigantes é fácil.

Difícil mesmo é dar sustentação à afirmação.

Vitória, segunda-feira, 25 de junho de 2018.

GAVA.

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