sexta-feira, 29 de junho de 2018


O Baixo “Quero”

 

Olhando no TV da academia a entrevista que não ouvia de repente minha visão se distanciou para o fundo, coberto de formas de edifícios (e dentro deles, presumidamente, muitos e muitos objetos coletados e amealhados pelas mulheres e seus acólitos, os homens).

Existe o alto e o baixo clero.

E há o alto e o baixo querer.

O alto querer é quase não querer nada e talvez tenha sido Buda o que mais se treinou nisso e depois todos aqueles santos hindus, sei lá.

E há o baixo querer.

SAMSARA, REENCARNANDO NOS DESEJOS (a Roda nos faz girar as engrenagens produtivo-organizativas do mundo)


Fábricas de sensações que nos encadeiam e nos colocam nas engrenagens da adorável escravidão-nova desses tempos chaplinianos modernos, contemporâneos, pós-contemporâneos. Baixos desejos já bastam para conduzir bilhões ao matadouro, pois desejo tem do outro lado trabalho duro, sabe-se lá para quê. Como é fácil conduzir todo um mundo! Uns encadeados nos desejos dos outros como quebra-cabeças e quebra-corpos.

Vitória, terça-feira, 30 de janeiro de 2007.

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