O Baixo “Quero”
Olhando no TV da academia a entrevista
que não ouvia de repente minha visão se distanciou para o fundo, coberto de
formas de edifícios (e dentro deles, presumidamente, muitos e muitos objetos
coletados e amealhados pelas mulheres e seus acólitos, os homens).
Existe o alto e o baixo clero.
E há o alto e o baixo querer.
O alto querer é quase não querer nada
e talvez tenha sido Buda o que mais se treinou nisso e depois todos aqueles
santos hindus, sei lá.
E há o baixo querer.
SAMSARA,
REENCARNANDO NOS DESEJOS
(a Roda nos faz girar as engrenagens produtivo-organizativas do mundo)
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Fábricas de sensações que nos
encadeiam e nos colocam nas engrenagens da adorável escravidão-nova desses
tempos chaplinianos modernos, contemporâneos, pós-contemporâneos. Baixos
desejos já bastam para conduzir bilhões ao matadouro, pois desejo tem do outro
lado trabalho duro, sabe-se lá para quê. Como é fácil conduzir todo um mundo!
Uns encadeados nos desejos dos outros como quebra-cabeças e quebra-corpos.
Vitória, terça-feira, 30 de janeiro de
2007.
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