O Batatão e os
Núcleos Externo e Interno
Imagine a cena: o batatão veio coberto
de gelo superfrio e ao chocar-se com a Terra entregou a água sob a forma de
vapor superquente que se espalhou acima da superfície, constituindo a partir de
então a atmosfera superdensa. Enquanto isso ele estava entrando na Terra:
facilmente venceu a crosta, rebentando-a literalmente em mil ou mais de mil
pedacinhos, milhões deles; depois venceu o manto (pois tinha no mínimo 400 a
800 km no eixo menor, como calculei pelas proporcionalidades), fazendo-o ferver
barbaramente. As ondas de choque em seguida balançaram fortemente o núcleo
exterior, comunicando os efeitos ao núcleo interior, que é uma bola sólida
indestrutível constituída dos metais mais pesados.
As ondas prosseguiram para baixo, indo
construir a Cúpula do Céu, que se desprendendo foi ejetada para formar a Lua.
Nisso o núcleo interno, encapsulado
dentro do núcleo externo, deve ter ficado vibrando por eras (talvez ecos desse
batimento ainda existam), comunicando pressão para cima e para baixo,
transferindo ondas secundárias, terciárias, quaternárias por milhões de anos. O
núcleo exterior, por sua vez, comunicava os efeitos ao manto, que também
borbulhava continuamente; tudo voltava para cima, rachando a crosta
sucessivamente (na verdade esta não passava de superfície liquefeita). Vulcões
eram bolhas imensas do tamanho de países e estados, imensíssimas, incalculáveis,
que subiam e desciam num ritmo alucinante.
Esses elementos devem ser modelados em
computador: deve ser lindo ver tudo agindo em conjunto, pois era uma ferveção
geral dos cinco cortes (núcleos interno e externo, manto, crosta e atmosfera)
numa violência indizível, porém belíssima.
Tudo batia em tudo, tudo se comunicava
com tudo, e durante esse tempo os pedados da Terra no OPOSTO COSMOLÓGICO (pois calcular
depende de vários fatores, não é imediatamente oposto, não é diametralmente
oposto) da Cúpula do Céu. Os pedaços da Terra voaram para além retenção
gravitacional, atingiram velocidade-de-escape de então e colocaram-se em
órbita, começando a esfriar.
Cavaram-se dois imensos buracos
opostos: o do Pólo Norte tentarei descrever, pois existem evidências; o do Pólo
Sul só os tecnocientistas poderão precisar após as computações. Em todo caso,
os núcleos batiam com fúria incompreensível – contidos que estavam no interior
- dentro da cadeia a que foram sujeitados. Por centenas de milhões de anos deve
ter sido o cenário mais estonteante do sistema solar.
Eis algo de bom para modelar no
computador: a interação dos dois núcleos um com o outro e do conjunto com as
partes superiores, inclusive a interferência na atmosfera em formação, pois
nunca mais houve outra entrega energética desse porte nos 4,0 bilhões de anos
até agoraqui. Fora a batida mesmo do batatão isso foi o mais belo de tudo que
aconteceu. Poder ver agora, nem que seja através das equações modeladas, vai
ser recompensador.
Vitória, segunda-feira, 22 de janeiro
de 2007.
NÚCLEOS
EXTERNO E INTERNO
|
|
|
|
O Sistema Solar
Nosso sistema
solar está composto pela nossa estrela, o Sol, pelos oito planetas com suas
luas e anéis, pelos planetas anões, asteróides e pelos cometas.
© Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva
Modificada em 18 out 2006 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário