sábado, 9 de junho de 2018


As Lições que Não Ficaram da Grande Depressão

 

Achei formidável o livro de Selwyn Parker, O Crash de 1929 (As lições que ficaram da grande depressão), São Paulo, Globo, 2009 (original do mesmo ano), porque saiu da rotina dos que abordaram o crash de 1929, normalmente interessados somente nos EUA e desdobramentos. O desejável seria ter abordado todos os países de então (hoje são perto de 200, creio que estavam em torno de 100, alguém deveria fazer as contas), como também as consequências da Primeira Guerra 14-18 e Segunda Guerra 39-45.

Pelo menos Selwyn teve o grande mérito de abordar muito mais que normalmente:

1.       EUA;

2.       Grã-Bretanha, Canadá, Austrália, Nova Zelândia (onde nasceu), Índia, da atual Comunidade Britânica de Nações (56 países);

3.      Alemanha e Áustria;

4.      Suécia;

5.      Japão;

6.      Faltaram muitos entre os notáveis (França, então União Soviética, China, Brasil, México, Argentina, Espanha, Portugal, vários outros da Europa, África, árabes, etc.).

Em todo caso, foi trabalho portentoso num livro de apenas 418 páginas de texto fluído, agradável, macio, nobre. Magnífico, até porque aborda a questão pelo lado dos pobres e miseráveis, não dos ricaços e suas perdas de números. As crises e as guerras ainda precisam de grandes autores, porém Selwyn “deu o seu melhor”, como diz o povo, aprofundou o assunto e indicou um novo caminho. Comentei várias vezes o livro, deveria fazer mais, tomaria tempo proibitivo.

Ele abordou 10 % de todos os países de então, deveria ser exaustivo, e não foi tão profundo quanto seria possível num jornal de três mil páginas, mas foi bom demais.

Aplaudi de pé.

Parabéns, Selwyn.

Vitória, sábado, 9 de junho de 2018.

GAVA.

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