sábado, 6 de janeiro de 2018


O Átimo em que o Mundo É

 

As palavras que criamos para os significados que entendemos parecem nos garantir quanto ao real, mas isso não é certo. Por exemplo, o milênio de 2006 a 2999 não nos garante mais 994 anos, de modo algum; o século não nos dá 94 anos; a década não nos levará a 2010; o ano não está estabelecido até 31 de dezembro. Não vivemos no mês de fevereiro de 2006, nem na semana de domingo 04 a sábado 11 de fevereiro. Não estamos no dia 04 de fevereiro, nem dentro da hora, nem no minuto, sequer no segundo, que é limite de 100 centésimos de segundo: estamos mesmo é no átimo, o insondável átimo no qual coabitamos todos e cada um. Chamei a isso há bastante tempo de HORIZONTE DE SIMULTANEIDADES: HS no qual todos estamos no universo inteiro.

É um átimo e a Clarice Lispector chamava-o de é-da-coisa ou simplesmente É, que dizia ser a palavra mais importante da língua.

ÁTIMO NO DICIONÁRIO AURÉLIO SÉCULO XXI

[De átomo, com dissimilação.] S. m. Bras. 1. Instante; momento. Num átimo.  Bras. 1. Em curto espaço de tempo; num abrir e fechar de olhos.

Vivemos nesse átimo, no HS.

É um instante de pulso, é o pulso do É.

O dia de hoje, como o definimos, não existe, o que existe é somente o É, o átimo, o instante; a definição, que é útil, torna-se abusiva à medida em quem nós passamos a acreditar haver realmente um dia, uma semana, um mês que irá de 01 a 28 de fevereiro. O que temos mesmo é contagem de 01 a 28 dias, de tantas horas, de quantos minutos, disso e daquilo. NÚMEROS que chamamos de tempo.

O mundo É num átimo, naquele fugidio É intratável, não-apalpável, incomensurável, da OCORRÊNCIA, o que está ocorrendo e estamos vivendo. É a lâmina do tempo (na Rede Cognata lâmina = TEMPO = TRAÇO = TENSOR = DOMÍNIO = DIMENSÃO = DOSE e segue). Não existiu nenhum ano de 1375, existiu um átimo que foi segundo, minuto, hora PORQUE fomos somando números.

Vitória, sábado, 04 de fevereiro de 2006.

O Álbum de Figurinhas de Edmardo e as Flâmulas de Anton Antonovich

 

Não sei se existe algum russo chamado Anton Antonovich (Anton Filho de Anton), é apenas um nome criado para as finalidades do artigo.

O Edmardo existiu de fato, foi professor de filosofia na UFES e discípulo de Paulo Freire, que amava mais que tudo. Quando tive uma disputa com ele, ele me disse: “termine o curso, vá fazer mestrado, depois doutorado, depois pesquisas e volte a falar comigo”. Como já retratei, a profissão de filósofo menor toda me pareceu uma gratidão epistolar aos sagrados profetas da lógica filosófica e então abandonei o curso.

É como um álbum de figurinhas que os filósofos-professores devem preencher, havendo nele lugares para as “figurinhas difíceis”, as figurinhas carimbadas mais raras que os FP perseguem a todo custo, zombando dos que não as possuem e são considerados inferiores. Lido um livro cola-se uma figurinha, ouvida uma palestra, outra, e assim por diante.

Podemos até pensar que Anton branda suas flâmulas tão raras conseguidas com grandes dificuldades, disputadas a porradas com seus colegas publicadores em revistas especializadas. Lá estão no quarto de adolescente de Anton as flâmulas-revistas raras abertas nas páginas do MISSIVÁRIO (criemos essa palavra, o-que-escreve-missivas ou cartas, espécie de missionário): todo dia Anton baba diante delas e de sua própria grandeza.

Que inutilidade é essa filosofia-propriedade de frases e efeitos intercomunicados! Uns escrevem e comunicam aos outros e o conjunto nunca sai mesmo do lugar, como a tecnociência conseguiu.

Que vacuidade é todo esse orgulho demente!

Vitória, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2006.

Norte e Sul

 

Como vimos neste Livro 155 em A Linha do Cara Dourado norte = MULHER, sul = FILHO. Vamos explorar melhor isso, para ver se aparece nitidamente algo de distintivo. Não deveríamos dizer Pólo Norte e Pólo Sul e sim apenas Norte e Sul, pois Pólo Norte = SUL NORTE e Pólo Sul = SUL SUL na Rede Cognata.

DISTINTIVO DE XERIFE

Norte
Sul
Mulher (ligada à mãe)
Filho (ligado ao pai)
Morte
Saúde
Noite
Sol (não dia)
Exército
Poder
Negro
Preto
Mundo
Parte

Isso está parecendo mais linha de mudança de data entre dia-e-noite, a divisória entre claro e escuro à medida que o Sol “vai andando” e há limite entre a escuridão da noite e a claridade do dia do lado iluminado.

Em todo caso parece como se o mundo estivesse também dividido 50/50 entre mulheres e filhos (e não entre mães e pais - ou homens - que estão nos núcleos oposto-complementares). Entrementes, diz o diagrama yin/yang que a cabeça-do-não (da Mãe) está dentro do corpo-do-sim e a cabeça-do-sim (do Pai) está dentro do corpo-do-não, isto é, que as atividades de umas e outros são dirigidas pelos contrários-complementares. Como diz o TAO, “o que é não parece e o que parece não é”.

Em todo caso a Rede Cognata mostra um mundo bem definido, tudo bem estabelecido e determinado. Como o universo ficará organizado se a língua se mostrar assim depurada eu não sei.

Vitória, terça-feira, 07 de fevereiro de 2006.

Hierarquia do Cordão

 

O povo brasileiro chamou de “cordão dos puxa-sacos” o conjunto dos aduladores, dos bajuladores, dos servis, dos subservientes.

Diz a Curva do Sino que 50 % vão tender a se comportar assim e é desse lado que saem os traidores, os dedos-duros, os alcagüetes; os arrivistas, pois os puxa-sacos não tendo competência própria acreditam em subir à custa de bajulação; os pouco inventivos, pois puxariam por conta de quê?

Dentro desses 50 % se estabelece a luta pela sobrevivência dos PS mais aptos: a luta por aptidão nas melhores e mais criativas formas de adular. Também ali se cria uma Curva de Gauss e há uma luta acirrada na servidão, na subserviência, na submissão extrema. Eles se tornam muito criativos em sua dependência de elogiar e serem elogiados. Luis Fernando Veríssimo criou o personagem Durex, o Adesista, enquanto o desenhista Laerte criou outro tipo, o Fagundes. Seria interessante publicar um livro com todas as tiras, desenhos animados, revistas em quadrinhos, filmes, estudos.

Essa gente é perigosa e os psicólogos devem identificá-la positivamente como favor aos outros (a menos que seja um psicólogo-PS, quando tentará encobrir como favor de categoria), no sentido de defender os não-aduladores.

Vitória, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006.

 

DUREX, O ADESISTA

Durex
Este é um tipo bem comum na política brasileira: o adesista. Se há governo, Durex é a favor, por princípio, empregando qualquer meio para chegar aos fins que o país conhece bem.

FAGUNDES

Fagundes: O maior Puxassaco do mundo, ao seu inteiríssimo dispor.
Fagundes (Ele mesmo devotado aos sacos do mundo) Chefinho (O Fagundes precisava se fixar algum dia...)
 
Fagundes é um puxa-saco de mão cheia. Todos os momentos de sua existência são dedicados a enaltecer seu chefinho, para o desespero desse último, que para Fagundes será sempre o primeiro e único!

TEM ATÉ MÚSICA (já antiga, gravada antes de 1946)

O cordão dos puxa-sacos
Roberto Martins e Frazão

Lá vem
O cordão dos puxa-sacos
Dando viva aos seus maiorais

Quem está na frente é passado para trás
E o cordão dos puxa-sacos
Cada vez aumenta mais

Vossa Excelência
Vossa Eminência
Quanta referência nos cordões eleitorais! Mas se o "Doutor" cai do galho e vai pro chão
A turma logo evolui de opinião
E o cordão dos puxa-saco cada vez aumenta mais.

Guerra Dourada

 

Seguindo do texto El Dorado (Livro 138) pudemos fazer muitas traduções na Rede Cognata que estão nos levando a uma série de compreensões (que dependem de muitas coisas: de a RC ser verdadeira, de El Dorado estar lá, de ser dessa forma, etc.).

El Dorado = GUERRA DOURADA, o que quer que isso signifique.

O que poderia ser uma “guerra dourada”?

Mas também é GUERRA BOBA = GUERRA TOTAL.

De fato, como falei insistentemente, em 1977 ou por ali tive uma visão de 700 a 2.000 milhões de mortos, no limite superior quase 1/3 da população de agora.

Só que existe uma lenda que fala do “fim do mundo” = FIM DA HISTÓRIA (livro de Francis Fukuyama). Pode ser que essa Guerra Dourada seja a Guerra do Fim do Mundo = GUERRA DO FIM DA HISTÓRIA associada aos “tempos do fim” de que falam insistentemente as lendas em todo o mundo.

Vitória, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006.

 

O LIVRO DE FRANCIS F

 

O "Fim da História" ou A Ideologia Imperialista da “Nova Ordem Mundial”

A grande maré capitalista que tomou conta do mundo, particularmente após a derrocada dos regimes estabelecidos nos países do Leste europeu e na extinta União Soviética, não significou somente a explosão das propostas neoliberais nos terrenos econômico e político. Implicou, também, uma ofensiva sem precedente da ideologia burguesa-imperialista visando à conquista dos corações e mentes em escala mundial. Uma das manifestações mais emblemáticas dessa ofensiva foi, primeiramente, o artigo, aparecido ainda em 1989, com o título "O fim da história" e, posteriormente, em 1992, o livro “O fim da história e o último homem”, ambos do norte-americano Francis Fukuyama1.
 

Extraindo Novidades da Prateoria da Confecção Autônoma de Mapas Geo-Históricos como Experimentação Psicológica Direta

 

O título é grande, como aqueles do século XVIII.

·       Prateoria é prática-teoria, uma conjugação de pares polares oposto-complementares;

·       Da confecção autônoma de mapas falei bastante: seria a chance de cada um definir a mecânica de apresentação estático-dinâmica de mapas geográficos e históricos a partir de uns tantos comandos de um programáquina hábil para isso;

·       Experimentação psicológica diria respeito a figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias;

·       Direta quer dizer que ninguém lhe entregaria um mapa pronto, você experimentaria extraí-lo com seu Conhecimento (mágico-artístico, teológico-religioso, filosófico-ideológico, científico-técnico ou matemático), das 6,5 mil profissões ou do que fosse sua base. Você definiria os parâmetros e o programáquina lhe entregaria o mapa impresso ou em tela-memória;

·       As novidades viriam de que os olhares humanos são muitos, das PESSOAS (divergência individual, familiar, grupal ou empresarial) e dos AMBIENTES (divergência urbana-municipal, estadual, nacional ou mundial).

Você poderia tomar uma cidade e perguntar o quê os biólogos dali estão fazendo pela linha de frente da extração de info-controle (IC) do genoma humano ou de qualquer animal. Nós experimentaríamos diretamente das fontes de informação, sem termos que todos e cada um ir a campo, pois já existem bancos imensos (inativos e inoperantes) de IC. Que atraso de vida, senhor! Se você precisa saber das ligações socioeconômicas dos descendentes de japoneses com o Japão deve ir a campo propor uma custosa pesquisa financiada pelos poderes públicos ou privados e demorar dois anos colhendo dados, mais um ano trabalhando-os, mais um depurando, mais um para publicar, quando tudo já está nos escaninhos das máquinas nos ministérios dos dois países, bastando fazer triagem com os programas e em seis meses oferecer os resultados.

É pura perda de tempo continuar assim.

Vitória, domingo, 05 de fevereiro de 2006.

Expotela

 

Podemos pensar em qualquer um dos 22 tipos de tecnartistas para expor na tela do computador automaticamente suas obras:

·       Por fase (a chamada “fase azul” de Picasso: só conheço isso);

·       Por década;

·       Por apresentação em mostras e academias;

·       Em associação com outros T/A;

·       Por área de interesse (pintura, fotografia);

·       Quando trabalhando sob encomenda;

·       Por comprador;

·       Qualquer gênero de interesse particular.

A cada dia (ou fração dele) automaticamente o programa extrairia do repositório uma das telas, adequá-la-ia às dimensões de tela na melhor apresentação (dando as medidas reais embaixo), com a data de criação, o lugar atual de exposição, uma estimativa de preço e assim por diante. Seria bom para os T/A, que venderiam mais por se tornarem mais conhecidos, e para as nações e estados representados.

Com o tempo a E/T (Expotela 1.0) iria se aprimorando, claro, até tornar-se exímia apresentadora com muitas possibilidades da inteligência artificial que a guiasse. Com o interesse comercial e a competição dos Webmasters com toda certeza o E/T daria saltos sucessivos, melhorando cada vez mais. As galerias e os governempresas poderiam financiar pesquisas nacionais e mundiais no sentido de aumentar o acervo de apresentação automática para todos os tecnartistas da visão, da audição, do paladar, do olfato, do tato. Milhares de artistas poderiam ser catalogados. Enquanto estivéssemos olhando as telas poderiam ser apresentadas, falando de todos e cada um dos T/A ao longo de anos a fio, até mostrando uma pequena tela sobreposta ao que se estivesse digitando; ou alternando com um botão.

Enfim, os computadores poderiam prestar serviço enorme às artes, propagando-as mais, inclusive com os endereços reais e virtuais de contato e compra-venda.

Vitória, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2006.