A Tentativa de Newton
de chegar à Mente de Deus
Os tecnocientistas
ficaram vexados e durantes séculos os ingleses tentaram ocultar as atividades
xamânicas do “feiticeiro” Newton, até que Lorde Keynes comprou os textos
alquimistas dele em leilão e obrigou os T/C a olharem com horror o suposto
desabamento de seu ídolo, uma das mais perspicazes mentes de todos os tempos.
Keynes foi quem o
chamou de feiticeiro, e no livro Isaac
Newton, O último feiticeiro, Uma biografia (Rio de Janeiro, Record, 2000) o
autor Michael White aproveitou o título. Fiquei anos esperando uma biografia
dele que tocasse no assunto. Então, lendo o texto com auxílio da Rede Cognata
pude entender que um espírito tão poderoso se voltasse para a alquimia, que
mesmo naqueles tempos (inglês, viveu de 1642 a 1727) já estava caducando.
Newton, sobre ser um teórico nas
ciências e um matemático autêntico (o que os matemáticos parecem querer negar),
era um experimentador dos melhores que houve, tendo trabalhado sozinho e
inventado seus próprios instrumentos, assim descobrindo uma enormidade de
validações das teorias, ou vice-versa. Como é que pôde voltar-se sem qualquer
remorso por perda de tempo para a alquimia?
Ah!
Ele não estava em busca de produtos
alquímicos, mas da própria mente de Deus, o modelo de Deus, o modelo de criação
do universo, assim como, muito tempo depois, Einstein (alemão, viveu de 1879 a
1955) pretendeu também, dizendo em fúria resignada que “Deus é sutil”
(certamente disse isso porque, por mais que pensasse, não conseguiu desvendar
as equações que Deus usou para criar o universo, nem sequer na Física, a mais
simples das ciências).
Os dois, como todos antes e todos
depois, tentaram sem conseguir. Newton não se rebaixaria, até porque era
orgulhoso (mas perdoável). Ele estava apenas usando a alquimia como pano de
fundo para buscas muito mais sérias. Além disso, ele trabalhou também as
palavras. Se não conseguiu foi porque não dispunha de todos os elementos, pois
buscou valentemente, com os instrumentos mais toscos e incompletos. Empenhou-se
bem a fundo.
Vitória,
quinta-feira, 03 de março de 2005.