quinta-feira, 31 de agosto de 2017


A Decisão de Sair da Forquilha

 

                            A FORQUILA COMO PARAÍSO ANCESTRAL

 
 

 Nesse Y invertido, no centro do V invertido fica o lago Vitória; no ramo esquerdo visto de baixo para cima ficam o Tanganica e o Niassa/Malawi, justamente no meio da fissura que corre de sul a norte e onde os primatas, saindo das florestas à esquerda, foram dar, como já mostrei, e criaram os hominídeos no Vale da Grande Greta (oba!), Great Rift Valley. Ora, os hominídeos viveram ali vários milhões de anos em área conhecida que era, por assim dizer, o “caminho da roça”, a linha supertrilhada e superconhecida. Por quê alguém sairia do Paraíso? Só se fosse expulso. O motivo tradicional para a expulsão é a superpopulação e os conflitos de superocupação durante as crises de superincompetência (como vimos, estas se dão porque a frente tecnocientífica de conhecimento está atrasada em relação aos quantitativos de gentes-desejo, também conhecidos como “demanda”). Então (graças aos céus) alguns dos nossos ancestrais (hominídeos desde metade do caminho e com certeza os neanderthais de EMAY – Eva Mitocondrial + Adão Y – desde quando surgiram) tomaram a decisão de partir, porque estavam se sentindo incomodados e pleiteavam outro futuro, diferente daquele dos antepassados (que, lembre-se, era muito bom, tinha servido por milhões de anos).

Cada passo adiante nos criou, mas esse foi um dos cruciais, o de recusar o passado com tudo que ele tinha de bom e maravilhoso, pois esse passado até então apropriado e magnífico tinha se tornado pequeno diante das intenções daquelas grandes figuras de outrora. Somos filhos também daquela audácia inconcebível.

Vitória, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005.

A Convergência Especial para a Ciberprancheta e a SCTE

 

                            A gente não faz idéia de quão raras são as coisas, quando acontece de convergirem. No caso, temos a CB e a SCTE (sala, cadeiras, telão de ensinaprendizado).

                            OS ELEMENTOS QUE PROMETEM CONVERGIR

1.       As figuras do livro de cursinho “Física com Martins e Eu”, de Pierre Lucie, Rio de Janeiro, Raval, 1970, feitas pelo Henfil: um tipo de professor que vai explicando as coisas na medida em que elas vão sendo propostas, até puxando ou empurrando os gráficos, esticando-os, apontando para tal ou qual lugar;

2.       Os bonecos do SIMS, da Maxis, só que melhorados no sentido de se prestarem ao processo de transferência pedagógica, o que corresponderia a fazê-los mais baixos e um pouco e mais encorpados, com rostos arredondados como os de crianças denotando rejuvenescimento neotênico (persistência de caracteres juvenis) conforme propôs Stephen Jay Gould que aconteceu com o personagem Mickey, de Walt Disney:


3.      Levar em conta também o pintor mexicano Diego Rivera e as figuras redondas, que são pachorrentas, lerdas, e indicam certa calma; em outras situações professores mais magros;

4.      A combinação dos atuais programas como o Mathematica, o Maple, o Derive_Europe, o Cabriolet, o MathLab e outros, formais, com os estruturais que pedi;

5.      O fato de que há o Windows e o Office, e o Linux, e mais tantos programas pagos e livres;

6.      Programas editores como o LaTex;

7.       Muitas variações que estão convergindo.

Enfim, surge a rara oportunidade de combinar todos esses elementos para fazer a CB e a SCTE e os outros programas propostos.

Vitória, terça-feira, 22 de fevereiro de 2005.

A Concussão do Mundo e a Fervura do Manto

 

                            Quando a flecha toca o solo ela começa uma reação em cadeia, abrindo a crosta de vários modos, enviando ondas concêntricas que embatem com os terrenos não-homogêneos e produzindo efeitos não-harmônicos em toda parte.

                            O MUNDO REBENTA

·       Segundo pontos (vulcões);

·       Segundo linhas (fissuras);

·       Segundo planos (crateras em círculo ou área);

·       Segundo espaços (panelões, as esferas de concussão).

                            DE CROSTAS NA Internet                   

Estrutura da TerraEstrutura do Planeta Terra
   
Estrutura interna da Terra
É composta pelas seguintes camadas:
Núcleo: porção central da Terra. Espessura de 3.470 km e 6.000°C de temperatura.

QUE É QUE CROSTA? (Para o raio da Terra é uma fina película – supondo que seu corpo tenha 1,80 de altura, seria o equivalente, para o máximo de 60 km de crosta, a 1,7 mm, e para o mínimo de 2 km a 0,06 mm; é menos que nossa pele essa pele da Terra)

Meteorito revirou a crosta terrestre
15/11/2004
Um meteorito devastador do tamanho do Monte Everest colidiu com a Terra cerca de 1.8 bilhão de anos atrás, revirou a crosta no ponto de impacto e deixou restos de irídio, um metal raro, espalhados no topo da cratera.

Assim, a crosta da Terra rebenta mesmo em pedacinhos a cada vez que cai um dos grandes (pelos meus cálculos foram mais de 140 em 3,8 bilhões de anos da Vida, fora os milhares de “pequenos”). Estoura tudo. Rompe mesmo. É devastador, dilacerador.


Além disso, a flecha incrementa tremenda energia ao manto, que já é quente, e o faz ferver de maneira inimaginável para nós, porque não foi calculado, nem com precisão, nem sem; e o manto sai explodindo em ondas por toda parte. Explodem vulcões, abrem fissuras, grandes áreas do manto são expostas, forma-se o panelão no lugar. Sob a ótica da física é lindo, uma oportunidade formidável de exercícios de termomecânica.


Precisamos olhar mais e melhor.


Vitória, quarta feira, 16 de fevereiro de 2005.


A Capacidade dos Agentes, os Conflitos de Coalescência e a Proeza dos Ei

 

                            Para as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos ou empresas) e para os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações ou mundos) o que se coloca sempre é POR QUÊ os elementos constitutivos juntaram-se naquele conjunto e não em outro? Por exemplo, porque São Paulo cresceu até 20 milhões, ao passo que Ouro Preto, Minas Gerais, que começou muito mais cedo, não foi tão longe?

DECISÕES POLÍTICADMINISTRATIVAS DIFERENTES

NÚMEROS GERAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Capital: São Paulo
 População: 36.966.527 habitantes
 Microrregiões: 63
 Cidades: 645
 Área Total: 248.808,8 km²
 Dens. Demográfica: 148,57 hab/km²

DO OUTRO LADO OURO PRETO, MINAS GERAIS, MUITO MENOR

Ouro Preto, cidade do estado de Minas Gerais classificada desde 1980 como patrimônio cultural da humanidade pela agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

Não obstante, São Paulo era menos desenvolvida que Ouro Preto até certa altura. É bem evidente que em São Paulo tomaram as “decisões certas”, pelo menos no que tange a aumentar a riqueza da cidade, enquanto em Ouro Preto tomaram as “decisões erradas”.

Quando você pega empresas como a Microsoft e a Wal Mart fica evidente que elas tomaram as decisões mais competentes, no que tange a produzir, organizar, crescer, enriquecer. Ou, por outra, os empresários não são tolos; podem até não compreender as equações matemáticas, mas não são bobos. Definitivamente, não.

OS EQUILÍBRIOS EMPRESARIAIS (segundo a psicologia do modelo)

·       Equilíbrios de figuras ou psicanálises (agregar funcionários não é fácil, cada um é um mundo, cada qual deve optar pelos conflitos mínimos em relação à empresa);

·       Equilíbrios de objetivos ou psico-sínteses (as metas não podem conflitar ou pelo menos não podem divergir tanto que cada um faça gol numa trave só sua);

·       Equilíbrios produtivos ou econômicos (financeiros, inclusive; de compra-e-venda, de estocagem, de fornecimento, de tudo que pode haver para produzir na outra ponta objetos com qualidade e apelo RE-PRODUTIVO);

·       Equilíbrios organizativos ou sociológicos (reunir uma quantidade de pré-organizações como elementos de mesmo laço produtivo não é moleza);

·       Equilíbrios espaçotemporais ou geo-históricos (as PESSOAS – indivíduos, famílias, grupos e outras empresas coligadas – vêm de distintos AMBIENTES – cidades/municípios, estados, nações e até mundos – e devem ser harmonizadas).

Para resumir, os empresários são espertos.

Claro, há antigo preconceito contra eles, mas no fundo eles estão fazendo tarefas formidáveis, mesmo se devemos dar desconto em razão das facilidades capitalistas (e são numerosíssimas, inclusive o amordaçamento real dos povos pelas leis).

Em suma, a Psicologia geral dos empresários deve ser revista e atualizada por muito mais profunda sintanálise.

Vitória, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005.

Val-sim

 

E AÍ DANÇARAM TANTA TRANSA QUE A VIZINHANÇA TODA SE ASSANHOU (da música de Chico Buarque, Valsinha)

Valsinha

Chico Buarque / Vinícius de Morais
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra dançar
E então ela se fez bonita com há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois o dois deram-se os braços com há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E alí dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz.

Ele deve ter sofrido um acidente qualquer que o fez, no meio da correria para ganhar o uísque nosso de cada dia, parar e pensar: a boca de cena deve ter três telões postos na vertical, um passando a vida cíclica dela, outro a vida corrida dele no escritório ou onde for, tomando condução, o terceiro as brigas dos dois, ele xingando.

Então, nesse dia em especial ele chega em casa e se põe a olhá-la, ela estranha, ele a toma para dançar, vão jantar fora, ao cinema, ao baile, “esticam a noite”, como se diz; e ao voltar transam muito.

Mas no dia seguinte é hora de acordar, há uma lista de contas a pagar passando numa das telas. As outras duas devem mostrar em azul a da mulher e em vermelho a dele desde baixo duas faixas, como se caixas d’água estivessem se enchendo.

Vitória, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005.

Usando Negrito e Sinais Distintivos

 

                            A Língua geral e a Matemática vêm da mesma fonte, a lógica.

                            Como a Clarice Lispector dizia, pontuação é como o autor quer que as pessoas respirem, usando os recursos para tal condicionamento e para planejar as almas, dando-lhes ritmo ou função de avanço-recuo e com isso preparando-as para a absorção de certas psicologias (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) virtuais que o texto quer transferir. Seria preciso estudar tanto a forma parcial e final de apresentação, quer dizer, a superfície do texto, quanto seu conteúdo. E tanto as partículas-palavra ou gramática, quanto o campo-sintaxe, o arranjo delas numa construção.

                            Negrito, itálico, maiúsculas e sublinhados são formas de chamar a atenção numa passagem particularmente difícil, que não tenha ou raramente tenha aparecido e que o autor acredita ser chave de de-cifração, quer dizer, chave que abre o texto - que comporta níveis ocultos ou esotéricos - ao exterior, permitindo acesso aos níveis interiores de visão. NÃO VALE A PENA USAR DEMAIS as maiúsculas, nem frisar excessivamente em sublinhado, nem destacar em demasia em itálico, nem em excesso em negrito, (nem, colocar, vírgulas, além, da, medida) porque o cérebro se cansa facilmente. E não é educado, também, pois o excesso indica que o autor não julga o leitor capaz de entender as entrelinhas. Assim, a menos que seja realmente muito necessário, não se deve usar. Existe um livro, de resto muito legal, Cálculo 1, Rio de Janeiro, Guanabara, 1982, Mustafá A. Munem e David J. Foulis (Munem e Foulis), em que os autores decidiram usar o recurso da tinta diferente, grafando muitas passagens em abóbora, com isso provocando um efeito desagradável, pois como já disse noutro artigo tudo que é demais é pouco.

                            Em resumo, tal lógica deveria estar sendo ensinada nas escolas, e não apenas a língua vernácula; sempre a lógica de uso da LV. Tornaria tudo muito mais interessante.

                            Vitória, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005.

Uma Fieira e uma Demonstração, Outra Demonstração Teatral e um Grande Projeto

 

                            Uma vez pensei em - para conseguir verbas para o asfaltamento das estradas de Linhares (a Colatina, a Regência, a Povoação, a Barra Seca), que tem de 40 a 80 km, todas de terra até hoje – estender uma linha a que iria amarrando outras linhas com pequenas esferas (representativas dos sítios e fazendas às margens) nas distâncias proporcionais corretas, até em extremo as pontas respectivas. Então a estrada pareceria um grande cacho de uvas, demonstrando com grande impacto visual a utilidade das rodovias (asfaltadas ou não). Um mapa em escala seria colocado debaixo, tudo isso sendo levado e depositado na sala do ministro em Brasília.

                            Ontem fui até o professor-doutor RC, agora vice-reitor da UFES, para falar-lhe dos projetos-texto sobre praças e prefeituras (que ajunto, coloco em anexo – eles estão distribuídos nos vários livros). Pedi a ele, ele à copeira, ela trouxe uma bacia de plástico. Coloquei uma moeda na mesa, por cima a bacia emborcada para significar a dilatação das praças futuras (todavia cobertas, com edifícios de várias alturas), que são psicológicas e serão muito maiores que as de agora. Inverti a bandeja, colocando-a de boca para cima para representar a abertura do órgão para o serviço comunitário muito mais avantajado.

UMA BANDEJA ASSIM... (só que aquela era de plástico; não tem isso significado especial)


...E MOEDA QUALQUER (para comparar o pequeno de hoje com o grande de depois)


Agora, pense que existem 5.500 cidades/municípios ou mais no Brasil, talvez 200 ou 300 mil no mundo, que são em sua grande maioria prisioneiras de políticos, tanto bons quanto maus; cujas municipalidades poderiam estar prestando enormes serviços à população. São medíocres quando poderiam ser grandes, e são pequenas porque não têm projetos. Os do modelo podem ajudá-las. Se as praças forem entendidas como INTERFACES PSICOLÓGICAS com o povo e as elites e as prefeituras forem reprogramadas para o século XXI, então de fato teremos algo melhor, bem mais avantajado, muito mais criativo e dinâmico.

Pensar nas praças não mais como espaços, mas como espaçotempos mecânicos com relações profundas de identidade com as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (outras cidades/municípios, estados, nações e mundo); e as prefeituras como organismos que nos levarão a essa nova idade.

Vitória, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005.