Vá
Tomar Bagno
Comprei, mas só comecei a ler o livro de
Marcos Bagno (pronunciado Banho), Preconceito Linguístico, 56ª edição (passou
por tanta gente!), revista e ampliada, São Paulo, Parábola, 2015. Diz na segunda
orelha que é professor da UnB Universidade de Brasília.
Primeiro vou indagar sem é bom pensador.
1. Na página 9 ele diz “(...)
minhas pesquisas pessoais”: não existe pesquisa impessoal (pesquisa sempre
requer empenho do pesquisador, até quando um doutor empurra os mestrandos para
isso), mesmo se feita por computador há um programa ordenador e a introdução de
dados, selecionados para produzir informações (ninguém colocaria dados
matemáticos, equações e variáveis, numa receita de bolo); e “minhas pesquisas”
já diz que são dele;
2. Idem: “Me vali
igualmente de tudo que venho colhendo em minha permanente militância contra o
preconceito linguístico e em favor de uma educação em língua materna mais
democrática e coerente com o estado atual das ciências da linguagem
e da educação”, negrito e itálico meus. A frase dá a entender que ele
conhece o ESTADO ATUAL (de qualquer hoje) das ciências da linguagem (veja que
são 193 países, 4,0 mil estados, uns 200 a 300 mil municípios) e da educação,
multiplicada uma pela outra em toda a mídia (TV, Revista, Jornal,
Livro-Editoria, Cinema, Web, Rádio) – é um super-homem.
Não é grande pensador, sequer é pensador no
sentido filosófico de aprofundamento, é fraco mesmo. Entendendo que não é
grande, nem pensador, podemos ler a primeira orelha, onde diz:
“O preconceito, seja ele de que natureza
for, é uma crença pessoal, uma postura individual diante do outro”.
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Não é, nem pode ser, porque ninguém nasce
preconceituoso, por exemplo, os nem reparam nos outros chineses na China, só
quando vai um branco ou negro. O PRECONCEITO É SOCIAL, é ensinado, porisso
pode ser desensinado; doutro modo, se fosse pessoal e genético, não haveria
modo de combater.
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“Qualquer pessoa pode achar que um modo de
falar é mais bonito, mais feio, mais elegante, mais rude do que outro. No entanto,
quando essa postura se transforma em atitude, ela se torna discriminação e esta tem de ser alvo
de denúncia e combate”.
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Sendo as classes E, D, C, B e A, há cinco
modos de apuro, não é tudo igual, há comportamentos mais delicados e outros
mais brutos, todos devendo ser politicamente respeitados Os pares polares
bonito/feio, elegante/rude não podem ser colocados nessa categoria falsa de “politicamente
correto”, são enunciados do universo. Quanto a atitude, tudo é ato, as
pessoas sequer podem ser discriminativas ao tomar atitudes, é a vida.
Denunciar e combater é essa atitude mesquinha da esquerda e do PT de
imprensar as pessoas.
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OLHANDO
A CURVA DO SINO DA EXPRESSÃO
E
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D
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B
|
B
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A
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Falar paupérrimo, miserável.
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Falar pobre.
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Falar médio.
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Falar médio-alto.
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Falar rico, extremamente apurado.
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2,5 % ou 1/40 e aderentes.
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90,0 %.
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2,5 % ou 1/40 e aderentes.
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Falar de 80 %.
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Falar de 20 %.
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Povo.
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Elites.
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Os acadêmicos, os do Conhecimento
(Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e
Matemática), os pesquisadores e desenvolvedores, os governantes não podem falar
tatibitate popular porque seriam motivo de riso entre os pares, por não saberem
cultivar a língua culta de comunicação internacional e mundial. Não se trata de
esnobismo, é questão de transmissão rápida de conhecimento, do saber corrente
no nível mais alto da percepção. Quem sequer se atreveria a escrever artigo
para revista internacional em vernáculo chulo e rasteiro daquilo que chamei de
Língua 800 (de 800 vocábulos)?
Vemos que o Bagno é apenas um divulgador de
suas ideias, não é pensador, não é filósofo da língua, não é linguista, não é
filólogo, nem pode estar a par da frente de ondas da pesquisa e desenvolvimento
linguístico, longe disso.
Vou ler para investigar o besteirol.
Vitória, segunda-feira, 7 de agosto de 2017.
GAVA.