sábado, 5 de agosto de 2017


Métricas e Matemáticas Não-Euclidianas

 

                            Com eu disse, o professor-doutor de matemática na UFES, F, afirmou por outras palavras que desde Gauss (+ Bolyai + Lobachevsky), há uns 200 anos, apareceram as curvaturas maiores e menores que zero – e as matemáticas euclidianas começaram a ser enterradas.

                            TRÊS MUNDOS

 
MUNDO PARABOLÓIDE HIPERBÓLICO
MUNDO PLANO OU
EUCLIDIANO
MUNDO
ESFÉRICO
CURVATURA
< 0
= 0
> 0
CONDIÇÃO
Estável
Metaestável
Instável

Pode parecer que transitamos em qualquer das laterais, mas na realidade estamos no centro, na Terra-euclidiana, que é plana e não esférica. Ainda vivemos do passado.

Perguntei a ele se ÁLGEBRAS não-euclidianas não-planas tinham derivado das geometrias não-euclidianas não-planas? - e ele disse que sim. Se instrumentos melhores que os números complexos operavam? - e ele disse que sim, grupos, anéis e outros (mas anéis e grupos vem desde Abel). Eu não sabia, achava que espaços-expressivos superiores deveriam ainda ser criados para permitir a finalização da Matemática. Não obstante, já existem, e mesmo que não associados a esse conceito de declaração, desde Abel. Quer dizer, Abel (Niels Henrik, norueguês de curtíssima vida, 1802-1829) já havia, provavelmente sem nem saber das novas geometrias gaussianas, bolyanas e lobachevskianas (talvez nem estivesse vivo no tempo em que estes publicaram, embora Gauss já tivesse 36 anos quando Abel chegou aos 7; e 47 quando chegou aos 18; contudo, não sei quando Gauss publicou) inventado a resposta duma pergunta que estaria muito no futuro.

Quer dizer, a Matemática não termina e nem mesmo pode ser mais bem expressa pelos números complexos.

Agora, que métricas a esfera oferece? Que métricas o parabolóide hiperbólico? Isso eu não sei responder, pois não pude me dedicar à Matemática nos mais recentes 35 anos, como deveria ter sido o caso. Disso, dessa pergunta, claro, advirão grandes respostas. Pelo menos é o que espero e anseio. Toda uma nova época de criação está nascendo.

Vitória, quarta-feira, 27 de outubro de 2004.

Matéria Muito Viva

 

                            No livro citado de Alonso & Finn, Mecânica, p. 5, eles dizem: “Um tipo de corpo particularmente importante é a matéria viva (...)”, itálico no original, tamanho diminuído das letras meu.

                            Vivo tem no dicionário Houaiss digital esta acepção como adjetivo: cheio de vivacidade, entusiasmo, vigor; animado, vivaz. Muito, antecedendo adjetivo, esta: 2.1. Como determinante de um adjetivo. 2.1.1. Surpreendentemente; excepcionalmente. 2.1.2. Extremamente; exageradamente.

                            Existiria, em razão do par polar oposto/complementar MATÉRIA VIVA e MATÉRIA NÃO-VIVA? Creio que não. O que existe é o par matéria/energia. Como já raciocinei, se a matéria fosse viva ela comunicaria vida a outra matéria, por exemplo, a que entra e sai do corpo humano, desta, digamos as fezes e outras imundícies. Embora os tecnocientistas sejam de capacidade tão apurada em tantas coisas, deixam muito a desejar em outras.

                            Sendo a pontescada científica composta de Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6, devemos distinguir os patamares. A matéria e a energia são as mesmas em todos os patamares, o que os separa é o uso que fazem delas. Não pode ser a matéria que está viva, pois se assim fosse os corpos/mentes não morreriam, dado que a matéria continua. No entanto, morrem, vem morrendo. O que morre? Deve ser a organização, o FUNCIONAMENTO, a ORDEM IMPLÍCITA/EXPLÍCITA, certa combinação de matéria e energia enquanto informação que prossegue. Informação não é reunião de dados, é CATEGORIZAÇÃO DOS DADOS segundo alguma ou especificamente aquela ordem citada. Assim, diríamos de uma ORDEM HUMANA ou de vida humana, que está num patamar mais alto, o psicológico/p.3 (terceira ponte). Quando a ordem é rompida o LAÇO INFORMACIONAL se rompe e o corpomente morre enquanto organização que funciona. Parece que um computador detém informações, mas não é verdade, ele dispõe de dados que são enviados de um lado para outro por seres humanos em busca de mais informação ou continuidade. Embora o livro de Alonso & Finn seja formidável, ele é falho (também, como tudo).

                            Não é que a matéria seja viva, é a vida que está nela. A Vida geral se serve da matéria e da energia para prosseguir e se elevar a patamares mais altos de compreensão.

                            Vitória, terça-feira, 02 de novembro de 2004.

Luz da SCTE e Amortecimento das Telas

 

                            Uma das coisas mais chatas do mundo é ler livro em tela de computador, e não é somente o brilho ofuscante que aborrece, isso de a tela ficar subliminarmente piscando não sei quantas vezes por segundo. São vários índices, como já expus lá para trás, vá procurar.

                            Porisso uma das principais conquistas será não somente proporcionar uma interface de desenho-ativo em que as pessoas possam interferir na tela com pincéis e canetas de desenho em tela como também a volta à condição de tela-retrato (vertical) em vez de tela-paisagem (horizontal) e principalmente conseguir o embaciamento ou ofuscamento da tela, quer dizer, ajustá-la para que ela fique fosca ou embaçada como papel, branco ou não, cor a escolher. Todo brilho deve ser retirado. Além disso, é claro, a textura deve ser a do papel. E, penso, deveria até assemelhar-se a papel ligeiramente amassado ou com as ranhuras próprias dos vários tipos. É fundamental isso, para dar conforto cultural ao usuário. Além disso, muitas novidades devem ser oferecidas, como facilidade de acesso a dicionários do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) e àqueles das 6,5 mil profissões e das chaves e bandeiras. Enfim, a tela da cadeira do aluno e a tela do professor não são meras telas de monitor, telas de televisor. São mais que interfaces “amigáveis”; são supertelas, superinterfaces supercompanheiras. Trazem toda a humanidade até o ensinaprendizado, tanto em quantidade quanto em qualidade, e devem ser criadas para estimular o aluno a debruçar-se sobre ela com grande intensidade. Não é para 40 minutos de uso, é para dias e meses seguidos, com as pausas de praxe. Assim, todo esse excesso ofensivo de luz das telas atuais deve ser retirado ou absorvido, não por protetores de tela e sim por novos estudos dos écrans.

                            Embora as SCTE iniciais custem muito caro e só as universidades mais ricas ou salas bancadas pelas empresas milionárias possam tê-las, fatalmente a evolução e barateamento irão colocá-las um dia diante de todo e qualquer ser humano. Porisso o amaciamento ou abrandamento não é um divertimento, uma curiosidade; é um dos elementos centrais. Além do quê a tela deve tomar toda a frente, sem bordas superior/inferior e laterais, como se fosse mesmo um livro, a tela indo até os limites. Tudo precisa mudar muito.
                            Vitória, quarta-feira, 27 de outubro de 2004.

Linha de Choque

 

                            Quando a Linha de Wisconsin (chamemos assim a linha da frente da Glaciação de Wisconsin, que começou há 115 e terminou há 10 mil anos) desceu do Norte até chegar ao Paralelo 45 veio buscar aqueles negros que pela pressão da superpopulação relativa se candidataram a explorar os grandes gelos de lá, todo o norte da Europa e da Ásia, talvez 20 ou 25 milhões de km2, ou mais, não sei, será preciso calcular. Esses negros se tornaram não-negros (“brancos”: brancos, amarelos e vermelhos) e ficaram por lá 100 mil anos adaptando-se. Os outros, que ficaram abaixo dos 45º, não foram nem se transformaram, continuaram negros. Os que foram mudaram, tornando-se outros em todos os sentidos e num período de tempo muito curto.

                            E, porque era tudo gelo, podiam passar por cima dos rios congelados muito para baixo da camada de neve e gelo que “aplainava” as montanhas ao nivelá-las em branco, e assim transitaram de leste a oeste, de norte a sul por 100 mil anos, tornando aquele o seu território, onde foram mais exigidos que qualquer povo antes, porque a vida ali era muito penosa. Aprenderam a confiar uns nos outros, a depender mais da prospecção do futuro, a investigar, a criar ferramentas e objetos substitutos das fraquezas humanas e principalmente a fabricar agasalhos, caçando para isso animais, o que os negros nunca precisavam muito, porque viviam mais ao sul e mais próximo do equador.

                            Os negros haviam tomado o mundo inteiro ao sul do Paralelo 45: de Portugal/Espanha à China e Sudoeste da Ásia todos eram negros. Quando a Linha de Wisconsin, LW, voltou para o extremo norte, muitos foram com ela, mas uma turma se deixou ficar e ocupou a nova terra que ia se enchendo de vida nova, recém inventada. No espaço de poucos milhares de anos toda a terra dali floresceu e possibilitou recursos infinitos para aquele povo que tolerava o frio, de modo que eles prosperaram e se multiplicaram até enfrentar suas próprias crises de superincompetência, quando os jovens e os desiludidos iam embora; estes desceram sobre as faixas intermediárias e estas sobre o antigo Paralelo 45 gelado, gerando uma onda de choque, uma frente de embate com os negros justamente a partir de 10 mil anos atrás, apenas mil anos depois da criação da Jericó-negra. Esta deve ter sido logo cercada, invadida e capturada. Então os “brancos” se espalharam por toda parte, como um trator na paisagem.

                            Vitória, terça-feira, 26 de outubro de 2004.

Interfaces Pessoambientais

 

                            Depois que escrevi sobre o melhor aproveitamento da praças entreguei vários textos ao professor-doutor em física da UFES, RC, agora vice-reitor, que disse tê-los passado ao candidato a prefeito em Vitória pelo PT, João Coser. Desde então tenho meditado mais e vi que não há interfaces entre as prefeituras e as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas), embora com os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) isso se dê diretamente pelas portas abertas ou não pelos organismos superiores. Embora a organização de cima seja interessante, vale mais falar da organização voltada para o atendimento das pessoas.

                            INTERFACES MUNICIPAIS/URBANAS

·       Interfaces ambientais;

·       Interfaces familiares;

·       Interfaces grupais;

·       Interfaces empresariais.

Enfim, que tipo de serviços e encontros a Prefeitura oferece, fora praças, o próprio prédio do Executivo municipal/urbano ou prontos-socorros e coisas desse teor, que são respostas de hoje a pleitos muito antigos, quer dizer, respostas contemporâneas a solicitações da Idade Média ou da Idade Moderna, de 300 anos atrás ou mais?

INTERFACES INDIVIDUAIS (lugares onde você poderia ir e onde encontrasse ofertas da Prefeitura) – liste abaixo

·        

·        

·        

Não há.

De todos os milhões de coisas que foram inventadas nos mais recentes 300 anos (desde 1704) as prefeituras não oferecem quase nada, fora guichês de pagamento de taxas, escolas e esse tipo de coisa. Aliás, seria preciso fazer pesquisas em todo o mundo. As ofertas são muito tradicionais e limitadas em toda parte. Não oferece videogames, nem vídeolocadoras, nem nada aos empresários – a lista de ausências será bem grande. Até as praças são mal-aproveitadas, como já mostrei.

Isso deveria mudar.

Vitória, quarta-feira, 27 de outubro de 2004.

Imensas Cavernas na Lua

 

                            Em seu livro Lua, Nosso Planeta Irmão, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1985 (sobre original de 1981 da Editora da Universidade de Cambridge, Cambridge University Press), o autor Peter Cadogan diz, página 502: “O que aconteceu na Lua nos últimos três bilhões de anos? Uma vez cessado o vulcanismo de mar, não havia possibilidades de recomeçar. A profundidade mínima em que a Lua era pelo menos parcialmente fundida deve ter-se deslocado gradativamente em direção ao centro, de menos de 300 quilômetros há 3.000 milhões de anos para algo em torno de 1.000 km no presente. Ocasionalmente houve descargas de gás (aparentemente ocorrem ainda hoje, em conexão com acomodações isostáticas de mascons), mas não erupções de magma em grande escala”.

                            Na Teoria das Flechas (cometas e meteoritos) há-as tanto de dentro do sistema solar, ao acaso, como de fora, regulares, de 26 em 26 milhões de anos, como exposto. Quando cai uma flecha uma parte do efeito se dá na vertical, transferindo energia de compressão que aumenta poderosamente as temperaturas, fundindo os solos e incrementando calor ao magma, se há, como na Terra há; onde, como na Lua, não há, apenas fragmenta e faz ferver, borbulhar. A componente horizontal provoca cisalhamento, fragmentação das placas que, se houver magma embaixo, como há na Terra e em Vênus, começam a andar para qualquer lado, conforme os ângulos de queda.

                            Se há calor interior perto da superfície, as rochas estão fundidas e as placas andam sobre elas. Se não há, apenas rebenta tudo em pedacinhos. Como na Lua, ele diz, o calor reduziu-se  - de (dado que o raio médio da Lua é de 1.740 km, de início o núcleo quente tinha 1.440 km e agora tem 740 km; mesmo assim não é tão pouco calor, pois é esfera de 1.480 km de diâmetro, distância que vai de Vitória, ES, a Florianópolis, SC, pela estrada no chão, ou em linha reta sobre o Globo de Cachoeiro de Itapemirim, ES, a Porto Alegre, RS) uma esfera de 2,88 mil km para outra de 1.480 km, descendo de 300 km abaixo dos pés para mil quilômetros -  e seguramente há imensa capa FRIA de mil quilômetros de espessura, o que é respeitável. Não é como na Terra em que o magma está logo abaixo, a apenas 60 km de profundidade média. Assim sendo, na Lua há cavernas imensas, rachadas na crosta pela queda sucessiva dos meteoritos e dos cometas. Elas poderão ser usadas pelos colonizadores como sustentação dos edifícios, por quase não haver movimento tectônico, nem vulcões explodindo, nem nada disso, ao contrário da Terra.

                            É só descobrir as mais novas, as derivadas de flechas de poucos milhões de anos.

                            Ficar do lado de fora é perigoso, mais em virtude dos micrometeoritos (não há defesa atmosférica lá) do que dos grandes corpos, que caem tão raramente que a humanidade nem terá chance de presenciar em seu curto tempo de vida. Dessa forma, o que parece ruim acaba por ser bom, porque se não há atmosfera do lado de fora podem ser instalado imensos painéis solares que darão diretamente para a ação do Sol, sem qualquer impedimento ou perda.

                            Posto tudo, parece preparado (parece que Mamãe e Papai pensam em nós por antecipação), mas na realidade é só saber aproveitar o que é dado e nesse caso é dada na Lua uma área imensa de 38 milhões de km2 ou 4,5 a área do Brasil, bastante mais que a África.

                            Vitória, domingo, 31 de outubro de 2004.

Geologia, Paleontologia, Antropologia, Arqueologia e Geo-História no Modelo

 

                            UM QUADRO

NATU-
REZA
DEGRAU NA PONTESCADA DO MODELO
ENQUADRA-MENTO ATUAL
ENQUADRAMENTO DO MODELO ENQUANTO DISSERTAÇÃO
N.0
Física/Química
Geologia
Cosmogonia física e química dos primórdios
“Sistemologia” e planetologia (Modelo Cosmogônico Solar, Balde Inercial e Teoria das Flechas)
N.1
Biologia/p.2
Paleontologia
Teoria dos Lobatos
N.2
Psicologia/p.3
Antropologia
Expansão dos Sapiens
Arqueologia
Teoria da Forquilha
História
Geo-História como centro
N.3
Informática/p.4
?
(Seres-novos)
N.4
Cosmologia/p.5
?
(Proposta de expansão)
N.5
Dialógica/p.6
?
(Lógica-dialética a definir)

Está bem evidente que precisamos coligar as ciências e técnicas e estabelecer novos parâmetros para o pensamento particular e geral. Embora tudo isso tenha sido feito logo no início no modelo, nas posteridades e nas ulterioridades, não tinham ainda surgido as propostas das teorias que vem se manifestando mais recentemente.

O fato mais patente é que não há unidade de fundo entre as tecnociências, como essa que o modelo apresentou. Tal deficiência têm impedido o diálogo entre os vários pesquisadores & desenvolvedores.

Vitória, quarta-feira, 03 de novembro de 2004.