sábado, 5 de agosto de 2017


Imensas Cavernas na Lua

 

                            Em seu livro Lua, Nosso Planeta Irmão, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1985 (sobre original de 1981 da Editora da Universidade de Cambridge, Cambridge University Press), o autor Peter Cadogan diz, página 502: “O que aconteceu na Lua nos últimos três bilhões de anos? Uma vez cessado o vulcanismo de mar, não havia possibilidades de recomeçar. A profundidade mínima em que a Lua era pelo menos parcialmente fundida deve ter-se deslocado gradativamente em direção ao centro, de menos de 300 quilômetros há 3.000 milhões de anos para algo em torno de 1.000 km no presente. Ocasionalmente houve descargas de gás (aparentemente ocorrem ainda hoje, em conexão com acomodações isostáticas de mascons), mas não erupções de magma em grande escala”.

                            Na Teoria das Flechas (cometas e meteoritos) há-as tanto de dentro do sistema solar, ao acaso, como de fora, regulares, de 26 em 26 milhões de anos, como exposto. Quando cai uma flecha uma parte do efeito se dá na vertical, transferindo energia de compressão que aumenta poderosamente as temperaturas, fundindo os solos e incrementando calor ao magma, se há, como na Terra há; onde, como na Lua, não há, apenas fragmenta e faz ferver, borbulhar. A componente horizontal provoca cisalhamento, fragmentação das placas que, se houver magma embaixo, como há na Terra e em Vênus, começam a andar para qualquer lado, conforme os ângulos de queda.

                            Se há calor interior perto da superfície, as rochas estão fundidas e as placas andam sobre elas. Se não há, apenas rebenta tudo em pedacinhos. Como na Lua, ele diz, o calor reduziu-se  - de (dado que o raio médio da Lua é de 1.740 km, de início o núcleo quente tinha 1.440 km e agora tem 740 km; mesmo assim não é tão pouco calor, pois é esfera de 1.480 km de diâmetro, distância que vai de Vitória, ES, a Florianópolis, SC, pela estrada no chão, ou em linha reta sobre o Globo de Cachoeiro de Itapemirim, ES, a Porto Alegre, RS) uma esfera de 2,88 mil km para outra de 1.480 km, descendo de 300 km abaixo dos pés para mil quilômetros -  e seguramente há imensa capa FRIA de mil quilômetros de espessura, o que é respeitável. Não é como na Terra em que o magma está logo abaixo, a apenas 60 km de profundidade média. Assim sendo, na Lua há cavernas imensas, rachadas na crosta pela queda sucessiva dos meteoritos e dos cometas. Elas poderão ser usadas pelos colonizadores como sustentação dos edifícios, por quase não haver movimento tectônico, nem vulcões explodindo, nem nada disso, ao contrário da Terra.

                            É só descobrir as mais novas, as derivadas de flechas de poucos milhões de anos.

                            Ficar do lado de fora é perigoso, mais em virtude dos micrometeoritos (não há defesa atmosférica lá) do que dos grandes corpos, que caem tão raramente que a humanidade nem terá chance de presenciar em seu curto tempo de vida. Dessa forma, o que parece ruim acaba por ser bom, porque se não há atmosfera do lado de fora podem ser instalado imensos painéis solares que darão diretamente para a ação do Sol, sem qualquer impedimento ou perda.

                            Posto tudo, parece preparado (parece que Mamãe e Papai pensam em nós por antecipação), mas na realidade é só saber aproveitar o que é dado e nesse caso é dada na Lua uma área imensa de 38 milhões de km2 ou 4,5 a área do Brasil, bastante mais que a África.

                            Vitória, domingo, 31 de outubro de 2004.

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