Luz da SCTE e
Amortecimento das Telas
Uma das coisas mais
chatas do mundo é ler livro em tela de computador, e não é somente o brilho
ofuscante que aborrece, isso de a tela ficar subliminarmente piscando não sei
quantas vezes por segundo. São vários índices, como já expus lá para trás, vá
procurar.
Porisso uma das
principais conquistas será não somente proporcionar uma interface de
desenho-ativo em que as pessoas possam interferir na tela com pincéis e canetas
de desenho em tela como também a volta à condição de tela-retrato (vertical) em
vez de tela-paisagem (horizontal) e principalmente conseguir o embaciamento ou
ofuscamento da tela, quer dizer, ajustá-la para que ela fique fosca ou embaçada
como papel, branco ou não, cor a escolher. Todo brilho deve ser retirado. Além
disso, é claro, a textura deve ser a do papel. E, penso, deveria até
assemelhar-se a papel ligeiramente amassado ou com as ranhuras próprias dos
vários tipos. É fundamental isso, para dar conforto cultural ao usuário. Além
disso, muitas novidades devem ser oferecidas, como facilidade de acesso a
dicionários do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) e àqueles das 6,5 mil
profissões e das chaves e bandeiras. Enfim, a tela da cadeira do aluno e a tela
do professor não são meras telas de monitor, telas de televisor. São mais que
interfaces “amigáveis”; são supertelas, superinterfaces supercompanheiras.
Trazem toda a humanidade até o ensinaprendizado, tanto em quantidade quanto em
qualidade, e devem ser criadas para estimular o aluno a debruçar-se sobre ela
com grande intensidade. Não é para 40 minutos de uso, é para dias e meses
seguidos, com as pausas de praxe. Assim, todo esse excesso ofensivo de luz das
telas atuais deve ser retirado ou absorvido, não por protetores de tela e sim
por novos estudos dos écrans.
Embora as SCTE
iniciais custem muito caro e só as universidades mais ricas ou salas bancadas
pelas empresas milionárias possam tê-las, fatalmente a evolução e barateamento
irão colocá-las um dia diante de todo e qualquer ser humano. Porisso o
amaciamento ou abrandamento não é um divertimento, uma curiosidade; é um dos
elementos centrais. Além do quê a tela deve tomar toda a frente, sem bordas
superior/inferior e laterais, como se fosse mesmo um livro, a tela indo até os
limites. Tudo precisa mudar muito.
Vitória,
quarta-feira, 27 de outubro de 2004.
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