sábado, 5 de agosto de 2017


Caos Editora

 

                            Depois de saber que somente no Brasil há 3.000 editoras (os cientistas leriam de 2,5 a 3,5 mil) pude entender que elas são tremendamente ineficientes, porque não seguem aquele extraordinário programa da Natureza de derramar milhões espermatozóides para colher uma fertilização, isto é, de atacar o problema da qualidade através do fluxo da quantidade.

                            A PROPOSTA DO CAOS

·       Primeira edição: ou por conta do autor ou do editor, sem leitura crítica nem qualquer seleção (cabendo punição a se algum idiota se engraçar e publicar coisas indevidas – evidentemente a editora não pode ser responsabilizada por nada e deve se resguardar disso). Isso visaria dar vazão imediata ao conhecimento guardado, donde poderia advir muita emanação, quer dizer, imbricação com outras criações, inventando terceiras;

·       Segunda edição (10/1 da primeira): leitura com correção ortográfica e sintática em presença do autor, e crítica - em parceria com outra editora ou não -, mas somente daqueles textos que sobrevivessem;

·       Terceira edição (100/1 da primeira): agora num nível mais restrito ainda, edição revista e ampliada, com crítica coletiva e citação do que foi gerado desde a primeira; com bibliografia, com índice remissivo, com catalogação na fonte – verdadeiro livro;

·       Quarta edição (1/1 com a terceira): a partir de então com capa dura, com propaganda na imprensa, com lançamento como livro definitivo de consultas e divulgação, inclusive os didáticos.

As edições seriam fixas. As publicações dentro do mesmo nível seriam denominadas reimpressões. As cores das edições também seriam diferentes, para marcar quatro diferentes editoras, a primeira das quais sendo de fato totalmente caótica e desordenada ou pulp fiction, ficção de polpa de papel jornal bem barata, vagabunda, destinada ao imenso público, custando quase nada, valendo pela idéia ou conteúdo e não pela forma (embora os autores, é claro, devessem zelar por sua reputação cuidando da ortografia e da sintaxe). Em anexo estão notícias sobre e-books ou e-livros, caminho que também podemos trilhar.

Vitória, segunda-feira, 08 de novembro de 2004.

Atlas Matemático e do Conhecimento

 

                            Quando a gente olha de fora todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica) e a Matemática não sabe como acessar as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) que o/a produzem, nem os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) onde são produzidos.

                            É claro que o Atlas Matemático estaria dentro do Atlas de Toque, que seria supostamente parte da Árvore do Conhecimento; porém, a Matemática não é propriamente conhecimento, é outra coisa, como está sobejamente exposto. Assim, competiria declarar as pessoambientes dela por seus endereços clássicos (endereço de moradia, fone, fax) e os novos de Internet (sítio e e-endereço ou e-mail), além do D/E (dicionarienciclopédico) de Matemática, conforme já pedido num título assim.

                            Como é que os matemáticos podem se comunicar uns com os outros? Existem as revistas e eles são tão poucos que quase todos “se conhecem”, por assim dizer, embora isso não seja mais verdade, porque havendo, segundo soube pela Internet, seis mil universidades no mundo, cada qual com seu departamento de matemática, digamos cada um com pelo menos 10 deles, já serão 60.000. Nunca houve tantos matemáticos assim no planeta, o que é deveras alvissareiro, mesmo se não são, 95 % ou mais, grandes matemáticos, sequer médios; mas muitos estão estudando Matemática hoje em dia. Para os estudantes, então, seria muito significativo poder dispor de um Atlas, uma espécie de Almanaque que fosse, até uma Revista (leiga) de Matemática (para estudantes, interessados, pais e mães, contratantes potenciais governantes do Executivo, políticos do Legislativo e juizes do Judiciário, e para empresários).

                            VARIAS PROVIDÊNCIAS

·       O Instituto de Matemática separado de todos os outros, como miolo de uma futura universidade exclusivamente dedicada;

·       O Dicionárienciclopédico de Matemática;

·       O Atlas de Matemática (e outro para o Conhecimento);

·       As palestras.

Nenhum conjunto que deseje prosperar pode prescindir de alto e interessado financiamento em Matemática. Se o Espírito Santo deseja saltar de terceiro para primeiro-estado deve investir pesado em Matemática.

Vitória, sexta-feira, 05 de novembro de 2004.

As Grandes Distâncias Andadas

 

                            Parece que nossos antepassados, dispondo de tempos contados em milhares de anos, andavam muito. Já que não dispunham de carros, nem de carroças, nem muitas vezes de animais, simplesmente iam adiante. Saíram da Forquilha, na África (o ponto exato não pode ser indicado, é toda uma área em volta do Lago Vitória), e andaram por todo o planeta milhares e dezenas de milhares de km. Abaixo estão avaliações retas, feitas com a Ferramenta de Medição, do Atlas Encarta, das maiores distâncias.

DE ONDE ELES SAÍRAM [não era como andar numa estrada asfaltada ou pavimentada]


                            MOSTRANDO POR TABELA

DE, A
DISTÂNCIA EM MILHARES DE KM
Do Lago Vitória, na Forquilha, África, a Ulan Bator, Mongólia
10,0
De lá a Seattle, EUA
8,4
De lá a Quinto, Equador
8,0
De lá a Terra do Fogo, Argentina
6,5
TOTAL
32,9

Podemos contar que tenha sido até o dobro disso, devido a todas as voltas que tinham que dar, não possuindo canoas. Aquela gente era mesmo admirável! Deveríamos aplaudi-la. Claro, não foi um indivíduo, nem numa vida só, foram centenas de gerações, mas mesmo assim é muito.

DA CAPITAL DO QUÊNIA À CAPITAL DA MONGÓLIA (da Forquilha até a antessala do Estreito de Bering) – em grandes saltos 10 mil km


DE LÁ A SEATLE, NOS EUA (8,4 mil km – igualmente em saltos de grandes proporções. Seguindo estradas seria muito mais)


                            Eles andavam igual a notícia ruim.

                            Para gente que só tinha os pés e as pernas eles fizeram muito. Nós os tínhamos como patetas, os trogloditas, os homens e mulheres das cavernas, mas na realidade a Teoria da Forquilha e a Expansão dos Sapiens está mostrando algo de completamente distinto: eram de fato respeitáveis, merecedores de todo gênero de elogio e não só por enfrentarem os elementos. Quando o cinema os mostra é sempre como se eles fossem tolos e nós espertos, mas a verdade é bem outra. Guardadas as proporções eles são muitos mais elogiáveis que nós, porque não tinham nem um milionésimo de nossas facilidades tecnocientíficas e mesmo assim fizeram tanto!

                            Se eu fosse bater palmas para alguém, creio que seria para esses valentes avôs e avós.

                            DE SEATLE A QUITO, NO EQUADOR (8,0 mil km)


DE QUITO AO EXTREMO SUL NA TERRA DO FOGO, PATAGÔNIA, ARGENTINA (6,5 mil km)


Em resumo: devem ser feitas novas análises e centenas de filmes abordando esses nobres antepassados nossos.

Vitória, quarta-feira, 03 de novembro de 2004.

As Faixas Galácticas de Craterização e os Escudos do Sol Quando Flechados

 

                            Segundo os tecnocientistas o Sol dá uma volta na Galáxia (Via Láctea) a cada 250 milhões de anos (tenho pensado em 208 milhões de anos, como apontado). Se o Sol e seu sistema existem há 5.000 milhões de anos, somente 20 voltas completas foram dadas e existem muitos objetos fora do SS que podem se chocar conosco quando da passagem, porque as forças galácticas centrais movem tais objetos durante tais 250 milhões de anos, reordenando-os caoticamente. Para além das três fontes internas (Cinturão de Asteróides, Cinturão de Kuiper, Nuvem Cometária de Öort) de flechas (cometas e meteoritos) devemos contar ainda com as injeções ou incidências externas.

                            Seguramente as faixas mais de dentro e próximas do centro galáctico se movem mais depressa, pois o Buraco Negro Central, que na Galáxia tem 30 milhões de massas solares, atrai mais o que está mais perto e a inércia correspondente, para mesma massa, é maior. Assim, o caos potencial deve ser maior nas faixas mais internas, onde as forças gravitacionais centrais são maiores. Nas faixas mais recuadas, onde o Sol se encontra (dado que a Galáxia tem 100 mil anos-luz de diâmetro e o Sol se encontra a 30 mil do centro, isso constitui 30/50 – este último número o diâmetro, 100/2 – ou 60 % da distância até a borda galáctica), a possibilidade de choques é menor, há maior estabilidade.

                            Se o plano da eclíptica do sistema solar (que é, arbitrariamente o mesmo do equador da Terra) estiver inclinado em relação ao plano de rotação na Galáxia (poderia até estar a 90º, não sei), as chances de haver choques são menos, ao passo que se os dois planos coincidirem serão maiores. Quais são as chances de sermos bombardeados pelos objetos espalhados na FAIXA DO SOL (na realidade, da constelação na qual está inserido)? Porque os objetos são rearranjados a cada volta. Se o Sol e seu sistema estão de lado, os buracos são enormes, talvez comparáveis proporcionalmente aos do interior do átomo – seria preciso calcular.

                            Enfim, os astrônomos não deveriam, para tornar o universo interessante aos leigos, estar mostrando essas coisas em detalhes?

                            Vitória, quinta-feira, 28 de outubro de 2004.

Arqueologia da Fusão dos Negros com os Não-Negros

 

                            Como sabemos a Glaciação de Wisconsin de 115 a 10 mil anos passados cobriu o hemisfério norte de gelos permanentes até o Paralelo 45, 45º Norte, faixa que ia dali até o norte extremo.

                            POLÍTICA 45


PAÍSES DO OESTE E DO LESTE NESSA CONDIÇÃO

·       França, Itália, Romênia, Rússia;

·       Cazaquistão, China, Mongólia, até entre Japão e Rússia atuais.

Até o Japão isso é imensa linha de 11 mil km. Se colocarmos apenas 100 km de cada lado já serão 2,2 milhões de km2. Nessa linha os gelos estiveram, e dali foram recuando, sendo seguidos pelos que estavam acostumados aos gelos profundos, indo estes até o extremo norte. Os que não seguiram se estabeleceram progressivamente no lugar dos gelos faltantes, nas áreas nuas que foram se cobrindo de vida numa velocidade estonteante. Deve ter sido um tempo feliz, com espaços cada vez maiores a serem ocupados, fronteiras imensas de expansão para o norte. Quando finalmente as crises de superincompetência criaram a superpopulação relativa os “brancos” (amarelos e brancos, pois os vermelhos tinham ido embora através de Bering há 15 e 12 mil atrás) desceram em 10 mil sobre os negros, chocando-se com esses em toda essa ampla faixa. Disso devem ter sobrado os restos. Negros eram todos os que não ousaram ir aos gelos, onde foram mudados - os que foram - em não-negros.

Devem existir muitas áreas aonde os que vinham do Norte se chocaram com os que sempre estiveram ao Sul. Deve ter havido um espanto mútuo inacreditável entre os negros, que se sentiam o único povo, e os FANTASMAS “brancos”, as pálidas criaturas das neves. Deve ter parecido aos negros que os fantasmas eram assustadores e irreais, sem-pele, ao passo que o fato de os negros desaparecerem na noite deve ter incutido muito medo nos não-negros, especialmente nas crianças e mulheres. Um instante único na psicologia da Terra quando o NEGRO e o BRANCO se viram pela primeira vez, os negros existindo “desde sempre” e os não-negros “recém”-inventados, coisa de 100 mil anos. Ambos devem ter saído correndo. E aí, é claro, o mero incidente ou acaso genético criado por Wisconsin gerou todas as guerras e toda a matança derivada da estranheza e da separação em apenas 100 mil anos. Veja você como irmãos que se afastam podem se agredir mutuamente depois de tão pouco tempo relativo.

Nessa faixa (escolhi, é arbitrário, deve haver um índice lógico) de 200 x 11 mil km, durante, sei lá, uns dois mil anos, travou-se a primeira linha dessa batalha épica que vem durando os mais recentes seis ou oito mil anos, porque durante uma primeira fase os “brancos” tiveram a ilusão de poder ir lá para cima, seguindo os gelos. Só depois é que se deram conta de que os gelos estavam indo embora definitivamente, e depressa demais, e que estavam perdendo seu modo de vida, tendo de arranjar outro.

Nesse instante se voltaram contra os negros.

Vitória, quinta-feira, 28 de outubro de 2004.

Armas Eletromagnéticas

 

                            Nós temos em geral armas cinéticas, dinâmicas, inerciais, como queiram chamar - relativas a um anteparo que detém o objeto disparado que atinge grande velocidade, por exemplo, uma bala contra um corpo (o que é terrível, chocante nos dois sentidos). Não temos armas eletromagnéticas, exceto aquelas que disparam uma corrente violenta ou ao tocar o corpo ou por meio de fios que são impulsionados o aparelho e se grudam no alvo, fechando o circuito e descarregando. Não há “armas de raios” como na FC, nem armas EM que de fato ocasionem grandes danos.

                            No livro de Fundamentos de Física 3, Eletro-Magnetismo, Rio de Janeiro, LTC, 1991, os autores Resnick (Robert) & Halliday (David) dão na página 6 o Exemplo 2: “Uma pequena moeda de 3,11 g é eletricamente neutra e contém igual quantidade de cargas positivas e negativas. Qual é o valor q dessas cargas?” Dão como resposta 137.000 C (coloumbs) e acrescentam: “Isso representa uma enorme carga. Para comparar, a carga que você pode obter ao atritar uma barra de plástico é da ordem de 10-9 C, ou seja, 1014 vezes menos. Outra comparação: levaria cerca de 38 h para essa carga de 137 000 vezes ser descarregada pelo filamento de uma lâmpada de 100 W, 120 V. Conclusão: há uma imensa quantidade de carga elétrica numa pequena quantidade de matéria”.

                            No exemplo 3 eles imaginam a carga acima dividida em duas partes, cada qual colocada a 100 m da outra, perguntando qual seria a atração entre ambas. Mostram que a força atrativa gerada seria equivalente a 2.1012 toneladas-força e acrescentam: “Entretanto, não dissemos ainda como seria possível formar estes dois conglomerados de cargas. Tal conglomerado, se pudesse ser formado, imediatamente explodiria devido às forças mútuas de repulsão entre as partículas”.

                            Não disseram como porque ninguém sabe como fazer. Ainda. Em todo caso, penso que se os elétrons fossem retirados de um objeto (que se tornaria positivo) seriam violentamente atraídos por tudo na redondeza onde fossem necessários. Além disso o objeto de carga agora positiva, ainda que pudesse afastar o outro, atrairia elétrons também violentamente de todos os demais. Relâmpagos inacreditáveis seriam gerados.

                            Então, eis o mecanismo discursivo: a) retirar elétrons de um corpo; b) para o qual se dirigirão os elétrons livres das redondezas, criando relâmpagos extremamente destrutivos. Ele diz que o campo elétrico é estático, enquanto o magnético é dinâmico (estou reentrando na Física depois de tantas décadas – gostaria de estar seguro das afirmações); se o campo magnético fosse enganado (o que depende da velocidade da luz, 300.000 km/s - quer dizer, o tempo reativo seria da ordem de 3,3 bilionésimos de segundo -, velocidade do mensageiro). Com isso um fluxo terrível de elétrons se daria na direção do manipulador do campo. Neste caso aquilo que se quisesse destruir é que deveria originar o campo. O problema aqui seria controlar o sistema de modo a não gerar uma reação em cadeia. Essa é a idéia. Preciso das equações.

                            Agora, com tantos instrumentos destrutivos na Terra quem desejaria criar tal instrumentos a mais de destruição? Em vez de fazê-lo apenas, como adendo aos arsenais, é preciso que os governos legislem contra ele. É o caso apenas de prepará-lo para bani-lo, porque aí teremos verdadeiramente certeza de sua virulência e imensa capacidade destrutiva.
                            Vitória, quarta-feira, 03 de novembro de 2004.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017


A Refeição dos Condenados

 

Tomei de certo autor Foster que estava lendo, página 28, não anotei o livro, ele falava de alguma refeição em que todos depois iriam morrer (na sequência da trama).

TODOS VAMOS MORRER, seja qual for a refeição que façamos. Todos morrem, até Jesus morreu (com a diferença de ter ressurgido dos mortos como Cristo-Deus), não precisamos imaginar apenas os que fazem refeições.

Veja só que coisa interessante é a morte, ao limpar o terreno e o extra-terreno de todos os corpos e mentes, todas as velharias mentais, toda cristalização (como diz nosso amigo GHB). Imagine se alguém de 10, 20, 40 séculos ainda estivesse tentando vazar as ideias vetustas dele ou dela! Seria o fim da picada. Ainda estaríamos ouvindo os pensamentos errados de Plínio, o Velho, ou de todos os bilhões de nascidos, aquelas repetições insuportáveis todas, as velharias, as coisas caducas.

Embora, é claro, doa em você e em mim o mundo perder todas as nossas sabedorias, toda a majestade do nosso saber, nada mais útil e proveitoso, porque a gente erra muito (tenho o cuidado de NUNCA esconder meus erros, pelo contrário, faço menção a eles e os exponho). As obras de Camões e Shakespeare são legais porque são somente aquelas, se eles estivessem ainda escrevendo nas mesmas trilhas de criação, seria aborrecidíssimo.

BOA MORTE COMO BOA VIDA

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Como dizia Clarice Lispector, eternidade tem um T granítico no meio, o da lápide, penso. A morte é a grande solução para todos os mortais.

Vitória, sexta-feira, 4 de agosto de 2017.

GAVA.