Caos Editora
Depois de saber que somente
no Brasil há 3.000 editoras (os cientistas leriam de 2,5 a 3,5 mil) pude
entender que elas são tremendamente ineficientes, porque não seguem aquele
extraordinário programa da Natureza de derramar milhões espermatozóides para
colher uma fertilização, isto é, de atacar o problema da qualidade através do
fluxo da quantidade.
A PROPOSTA DO CAOS
·
Primeira edição: ou por conta do autor ou do editor,
sem leitura crítica nem qualquer seleção (cabendo punição a se algum idiota se
engraçar e publicar coisas indevidas – evidentemente a editora não pode ser
responsabilizada por nada e deve se resguardar disso). Isso visaria dar vazão
imediata ao conhecimento guardado, donde poderia advir muita emanação, quer
dizer, imbricação com outras criações, inventando terceiras;
·
Segunda edição (10/1 da primeira): leitura com
correção ortográfica e sintática em presença do autor, e crítica - em parceria
com outra editora ou não -, mas somente daqueles textos que sobrevivessem;
·
Terceira edição (100/1 da primeira): agora num nível
mais restrito ainda, edição revista e ampliada, com crítica coletiva e citação
do que foi gerado desde a primeira; com bibliografia, com índice remissivo, com
catalogação na fonte – verdadeiro livro;
·
Quarta edição (1/1 com a terceira): a partir de
então com capa dura, com propaganda na imprensa, com lançamento como livro
definitivo de consultas e divulgação, inclusive os didáticos.
As edições seriam fixas. As publicações
dentro do mesmo nível seriam denominadas reimpressões. As cores das edições
também seriam diferentes, para marcar quatro diferentes editoras, a primeira
das quais sendo de fato totalmente caótica e desordenada ou pulp fiction, ficção
de polpa de papel jornal bem barata, vagabunda, destinada ao imenso público,
custando quase nada, valendo pela idéia ou conteúdo e não pela forma (embora os
autores, é claro, devessem zelar por sua reputação cuidando da ortografia e da
sintaxe). Em anexo estão notícias sobre e-books ou e-livros, caminho que também
podemos trilhar.
Vitória, segunda-feira, 08 de novembro
de 2004.
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