quinta-feira, 29 de junho de 2017


A Carcaça de Che

 

                            Claro que Che Guevara é um cara venerável. Sendo médico argentino, largou a pátria e foi lutar na revolução dos outros. Depois de conseguida a dos cubanos foi tentar a revolução dos bolivianos, em cujas selvas morreu como um verdadeiro mártir, muito mais que um Bolívar, porque este era crioulo, das elites venezuelanas e partiu do alto.

CHE MUITO MAIS ALTO, SÔ! (Na Barsa digital 1999), compactado

Considerado um marxista heterodoxo por sua obra teórica, Che Guevara encarnou os ideais da juventude esquerdista da década de 1960. Ernesto Guevara de la Serna nasceu em Rosário, Argentina, em 14 de junho de 1928, numa família de classe média. Em 1953 formou-se em medicina na Universidade de Buenos Aires. Em suas viagens por diversos países da América Latina, convenceu-se de que a revolução era o único meio de erradicar a miséria no continente. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            Entrementes, agora a revista Marketing (como deboche capitalista, claro, mas como um lembrete útil também) publicou a surrada foto de Che, que quase todo candidato a revolucionário ou a pseudo-revolucionário carrega.

                            A FIGURA CLÁSSICA (na Internet)


                            Esse ícone ou desenho de Che virou motivo de escárnio, de ironia repisada, de afrontamento pelos capitalistas, como se fora um símbolo de mercado – bem-feito, de tanto que foi repisado pelos falsos revolucionários de camiseta. Che não merece isso, porque foi uma grande figura humana. Poderia muito bem ter sido APENAS médico na Argentina, vivendo e morrendo na prosperidade do eu solitário, mas foi lutar DUAS guerras de libertação. Quem faz isso? E não foi no botequim da esquina, não senhor, foi no meio da selva em ambos os casos.

                            Vitória, quinta-feira, 24 de junho de 2004.

 

PS: nessa época eu não tinha os fatos que o mostram como um monstro. A imprensa esquerdista não divulgava.

400.000.000.001

 

                            Em livro, Bilhões e Bilhões (Reflexões sobre Vida e Morte na Virada do Milênio), São Paulo, Cia. das Letras, 1998, p. 230, ele diz: “Revelou-se que o nosso Sol está na periferia distante de uma imensa galáxia em forma de lente que compreende uns 400 BILHÕES DE OUTROS SÓIS”, maiúsculas minhas.

                            “Outros sóis” significaria que o Sol é o 400 bilhões E UM, uma precisão inacreditável, que não existe, pois a notação científica seria de 4,0.1011 estrelas, significando (+/-) 0,5.1011 como margem de segurança, quer dizer, nada menos que 50 bilhões de estrelas para mais e para menos, ou seja, de 350 a 450 bilhões delas. Sagan sabia perfeitamente disso, era cientista, astrofísico, treinado em linguagem científica. Um escorregão lingüístico.

                            Veja só como podemos nos enganar, todos e cada um.

                            Isso remete a desconfiança em relação à autoridade.

                            Eu sempre tive um problema AGUDO de rejeição da autoridade EM TUDO, mas o modelo me tornou precavido, porque a soma é zero, ou seja, devemos tanto confiar quanto des-confiar. Em que caso é um e em que caso é outro? É caso de confiar quando der certo e é caso de desconfiar quando dê errado. “Dar certo” depende do futuro, o que está sempre em teste, que vai se afirmando cada vez mais próximo de 100 % (1/1); “dê errado” é o contra-exemplo, o primeiro que aparecer. Não devemos ficar ávidos pelo contra-exemplo, seria covardia para com o esforço do pesquisador. Contudo, um certo alívio virá, por ver que a humanidade continua progredindo, pois não queremos especialmente a preservação de um, senão do máximo que puder alcançar as praias do futuro.

                            Desconfiar da autoridade tanto quanto seja possível, confiar tanto quanto não comprometa o futuro. Enfim, devemos estar atentos, sem vacilar um segundo em apontar os erros, porque isso é condição de sobrevivência. Confiar na autoridade, quando ela está errada, é deixar um cego nos conduzir ao precipício; isso não seria bom, nem com relação a Sagan nem com relação a ninguém.
                            Vitória, sábado, 03 de julho de 2004.

Todos Esses Mundos...

 

                            Em seu livro de FC 2010: Uma Odisséia no Espaço II, 2ª edição, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d, composto em 1983 (original americano de 1982), Arthur Clarke coloca na página 344: “Todos estes mundos são seus... exceto Europa. Não tentem aterrissar lá”. A entidade que segundo o livro colocou o planeta Júpiter em ignição, transformando-o em estrela, doravante existindo um sistema solar duplo, diz à humanidade para não pousar em Europa, satélite de Júpiter, porque lá estaria sendo formada outra espécie racional, o que acontece da noite para o dia, não acontecendo uma evolução lenta como a da Terra, o que é, com o nosso conhecimento atual, completamente impossível. A entidade inicia uma nova experiência evolucionária em Europa, usando Júpiter como fornalha solar.

                            Colocaremos essa particularidade do livro de Clarke como fundo para sugerir que o mesmo aconteceu com a Terra seis mil anos atrás, a Grande Nave emitindo como um farol uma mensagem a todo o universo: “Todas essas estrelas são vossas, menos o Sol. Não tentem pousar na Terra. A Terra é minha”, algo de bem assustador, para justificar que não tenham pousado nenhumas naves espaciais de outras culturas racionais além-planetárias avançadas. Em ASC usaremos que Deus, tomando o planeta da Natureza, implanta nele os atlantes ou celestiais.

                            A partir daí, de seis mil anos atrás, nenhuma visita mais é feita por qualquer nave espacial, o que era relativamente corriqueiro antes, falando de todas aquelas visitações retratadas por gente como Zecharia Sitchin, Erich Von Däniken e outros. Os ufologistas ficarão doidos, porque acharão essa pseudo-explicação muito verdadeira e se agarrarão a ela como “prova” de que antes havia, pois depois não houve mais, supostamente foi proibido (a lógica das pessoas é muito doida).

                            Vitória, domingo, 20 de junho de 2004.

Solidão da Dança

 

                            Da música de Paulinho da Viola, Dança da Solidão, posta em anexo, copiada da Internet.

                            O proscênio (Aurélio Século XXI digital S. m.  1. Nos antigos teatros gregos e romanos, e também no teatro elisabetano e demais palcos antigos, o espaço de maior dimensão compreendido entre a cena e a orquestra (ou a platéia), e onde se verificava a maior parte da ação dramática.  2. A parte anterior do palco italiano (q. v.), de menor dimensão, que vai do pano de boca até o limite com a orquestra ou a platéia:   3. P. ext.  Palco, cena.) dividido em dois, um escuro e outro claro, representando inferno e Céu na Terra, as duas opções de vida (e morte) dos seres racionais (pois os irracionais estão livres tanto do Céu quanto do inferno).

                            No lado escuro passam-se as coisas supostas negativas, comunhão racional que compete em tudo, pessoas sozinhas vagando, mulheres carregando caixões nas costas (representando os amores perdidos), uma imensidão de gente como que num inferno revoluteando, angustiada em suas paixões ou prisões. Do outro lado alguém vestido de branco, de preferência um negro (escuro que passa ao branco, das paixões às renúncias, que também podem ser ilusórias), representando a pessoa que renunciou às ilusões do pensamento. A soma é zero, há algo de bom e de ruim em tudo; se do lado branco há a perfeição de alguém que calmamente toca o violão, há solidão – pura, perfeita solidão: “corro os dedos na viola contemplando a lua cheia”, canta ele, sentado só na banqueta, falando cheio da consternação dos puros que julgam os outros (haverá nisso a chance de verdadeira pureza dos “iluminados”, a pureza que não julga, havendo dos dois lados duas portas, uma de cada lado, visivelmente representadas, sobre as quais se escreverá: “quem beber daquela água não terá mais amargura” = SUJEIRA, contaminação).

                            Então, de cima, sobre ambos os lados, vem quilos e quilos e quilos de “lava”, cinza escura que cobre tudo, ao que todos terminam: “amargura (da solidão) em minha boca, sorri meus dentes de chumbo”, demonstrando que dos dois lados existe solidão (este instante representando os julgamentos imperfeitos dos racionais sobre os atos humanos).

                            Vitória, terça-feira, 22 de junho de 2004.

Sóis foram Explodidos para que Você Pudesse Estar Aqui

 

                            Creio que foi Carl Sagan quem primeiro falou em seres humanos como “feitos de pó de estrelas”. É que o Sol, a Terra e todo o sistema solar são secundários, isto é, vieram do que sobrou da incineração de uma primeira geração estelar explodida. Essa primeira geração formou-se, explodiu, seus restos reaglomeraram-se noutras formas, passaram-se cinco bilhões de anos até aparecer a Terra, mais 0,8 bilhão de anos antes de surgir a Vida, desde o começo dela aqui outros 3,8 bilhões de anos e aqui estamos nós. Veja que desde a formação da Terra passaram-se 4,6 bilhões de anos. Vieram todas aquelas eras geológicas, com um tempo tão largo que essencialmente a gente não sabe contar, e após uma montagem extraordinariamente complexa aqui estamos reclamando da vida, todos e cada um. Claro, não dá para ficar como um pateta olhando para cima e agradecendo continuamente, há aborrecimentos mesmo.

                            Mas, se olharmos atentamente veremos que é um privilégio fantástico, de fato. O mais pobre ser humano, a criatura mais insignificante de todas as existentes na Terra tem esse mesmo patrimônio de quinze bilhões de anos do universo e uma complexidade indizível, um enredamento de teias inacreditáveis, um incrível emaranhado de soluções – realmente não temos adjetivos para qualificar.

                            Do ponto de vista de cada um restam as contas a pagar, o trabalho por vezes chato a fazer, as armadilhas de que escapar, as preocupações ao largo dos meses, tudo isso que é aborrecido, mas, postas essas coisas em escala, lá estão os bilhões de anos, as estrelas destroçadas e reagrupadas, a complicação lógica incompreensível. O ser mais miserável, mínimo que seja, já tem essa herança paterna de onde começou, só por estar neste ano, no agoraqui. Nós teremos de ser considerados mesmo muito mesquinhos se não compreendermos isso, se não entendermos melhor nossa missão na ponta dessa lança fantástica que caminha para o futuro. Só seguindo através do modelo, compreendendo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) e a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) poderemos ver a correta dimensão dessa herança.

                            Vitória, sábado, 19 de junho de 2004.

Shangrilá, Palácio Oculto dos Celestiais

 

SHANGRILÁ NA Internet -     Os Vedas e A Terra Oca

Um tema controverso que começou a ser discutido mais profundamente no século XIX, a teoria da Terra Oca mantém relações com a milenar cultura védica. A cultura Védica mantém-se dentro da Terra Oca. No Shree Ramayana, temos duas cenas que sugerem a existência de áreas internas na Terra.

SHAMBALÁ É OUTRA TRADUÇÃO NA Internet - Shambala - A Misteriosa Civilização Tibetana

“É o título do livro de Andrew Thomas, uma das nossas fontes, edição da livraria Bertrand/Lisboa. Thomas, corajosamente, dedica este livro “ao ilustre e venerável Morya, um sábio de Shambhala”. Dizemos, corajosamente, porque um autor, com a sua estatura desafia assim todas as críticas negativas, para relatar algo que aprendeu e vivenciou profundamente e onde recolheu provas documentais para exibir como atestados do que revelou.

Shangrilá = SHAMBALÁ na Rede Cognata, de modo que deve ser a mesma cidade, que sugeriremos em ASC ser uma das cidades ocultas dos celestiais, que vem sendo mantida escondida desde o fim de Tróia Olímpica em 1,74 mil antes de Cristo e de Sodoma e Gomorra em 1,60 mil a.C. Lá os celestiais ou atlantes ou adâmicos está vivos por seus descendentes, vivendo ainda os nove séculos tradicionais ou, em alguns casos, mais ainda, dando conta das lendas de “imortais” e “deuses” que circulam na Terra. Mas precisa ser bem fundamentado, para não ficar parecendo que se está tentando acomodar tudo. Pelo contrário, o máximo de coisas deve ser evitado, porque em cada caso de agregação deve ser posta a lógica implícita da existência. Como eles arranjam materenergia, como lidam com a informação e com as bandeiras e chaves todas do modelo? Isso rende sucessivos filmes do seriado.

Deve ficar nalgum lugar remoto do Himalaia, vivendo de um sol artificial que brilha dentro das montanhas, guardando segredos incríveis e comunicando-se com os Doze Ocultos que dirigem a Terra.

Vitória, domingo, 20 de junho de 2004.

Se Deus Não Lhe Pagar...

 

                            Da música de Chico Buarque, Deus Lhe Pague, texto em anexo.

                            Devem ser muitas pessoas, todas falando alto, mas no tom da música, gritando mesmo, várias vozes da mesma melodia. Em todas as paredes do teatro haverão telões onde passarão cenas chocantes do cotidiano em rápida sucessão. As vozes irão se assanhando, estrondosas, os alto-falantes explodindo dentro da câmara, muitos quilowatts. Os instrumentos serão tocados também cada vez mais alto – é a balbúrdia geral, uma gritaria infernal, a ponto de machucar os ouvidos de cada um e de todos (que devem ser prevenidos antes, recebendo tampões de ouvido, caso queiram – nessa situação sentirão as vibrações na pele e através das cadeiras). Imensos tambores devem ribombar.

                            Ao final camisas (que os espectadores levarão para casa) serão jogadas, estampadas nelas cenas dos jornais (pessoas assassinadas, guerras, notícias de guerra, roubalheira nos governos, tudo de ruim – a cada apresentação serão diferentes).

                            Vitória, quarta-feira, 16 de junho de 2004.