A Logística do Ataque
a Ílion
A Ilíada de Homero conta que o cerco
durou 10 anos até que Tróia se rendesse, mas em Adão Sai de Casa, em que a Tróia Olímpica em Uruk é assediada (de
2,00 a 2,01 mil da Era Adâmica ou de 1,75 a 1,74 mil antes de Cristo) faremos
esses anos serem precedidos de muitas décadas de preparação, correspondendo a
todo a incubação minuciosa do ataque. Mesmo decadente a Tróia Olímpica ainda
era uma maravilha, amada e temida, mais temida que amada nos últimos tempos,
nos últimos mil anos, especialmente nos mais recentes 500, desde quando os
atlantes começaram a abusar e extrair trabalhos e tributos demais das
redondezas. E depois da Guerra do Alcance em 2,45 mil a.C. os deuses se
dividiram decididamente em duas vertentes inconciliáveis.
Então, os Renegados
passaram todos aqueles séculos preparando o ataque. Treinaram as pessoas (elas
morriam, mas eram substituídas e um sentido de tarefa coletiva foi se
adensando), prepararam as armas de demolição, as torres de assalto, os animais
pesados, os cavaleiros de ataque ligeiro, imaginaram o abastecimento da
Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia) em trânsito, enviaram
emissários, foram pessoalmente parlamentar com os reis e os sacerdotes, tiveram
de realizar uma alongada empreitada de convencimento, porque afinal de contas
se tratava da Cidadela de Adão lá em Uruk, na Montanha Iluminada e Sagrada.
Imaginaram um anel de fechando sobre TO, enquanto outro dilatava as margens de
segurança, indo para trás para impedir a entrada de auxílio. Tentaram cooptar
traidores que entregassem as muralhas fortificadas, castigaram os amigos dos
inimigos, isolaram diplomaticamente Sodoma e Gomorra, bloquearam a vinda de
auxílio da distante China, realizaram prodígios com sua sabedoria atlante remanescente,
favoreceram e castigaram, trataram da logística das operações, toda a maçante
tarefa referente ao deslocamento de centenas de milhares de tropas (depois que
aprenderam isso os reis não queriam fazer mais outra coisa senão guerrear)
envolvendo centenas de milhares de cavalos, seus arreios, cuidados especiais,
as rações dos soldados, uma infinidade de operações que só foi igualada, como
já disse, com Gêngis Kahn e Tamerlão três mil anos depois ou com os exércitos
modernos, outros 500 anos depois.
Toda essa infinita
preparação deve ser mostrada.
Vitória,
sexta-feira, 26 de março de 2004.