sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017


A Suplantação do Sentimento

 

                            Como no artigo deste Livro 28, A Suplantação da Pele, a suplantação do sentimento também depende da razão. Se a pele se refere ao racismo, o sobreapelo ao sentimento, verdadeira acusação, é o separador primordial que confere ao segregador o argumento para a segregação, a separação entre os dotados e os não-dotados.

                            Assim são excluídas as mulheres.

                            Acontece que na base da mesopirâmide (PESSOAS; indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo) está o HOMULHER, o par indissolúvel homem-mulher. Se o modelo da caverna realmente diz que há duas criaturas, elas na verdade constituem uma só, inseparável, uma ligeiramente deslocada para maior razão, outra ligeiramente deslocada para maior sentimento, abrindo desse jeito o leque de sobrevivência, como dois olhos que permitem a visão estereoscópica, que confere maior LIVREDISCIPLINA de sobrevivência e evolução.

                            Não é o homem isolado, nem a mulher isolada, que avança pela mesopirâmide, agoraqui em processo de globalização, mas o par primordial, fundamental. Em todos os conjuntos o homulher, o organismo-duplo, é que é a sustentação dos avanços, dos saltos, dos reavanços. Eis porque o sentimento-razão ou a razão-sentimento é dupla também e porque não se trata de colocar ninguém à frente de ninguém e sim de ver que AMBOS VÃO. A suplantação do sentimento é igualmente a suplantação da razão, quer dizer, desse isolamento, desse fosso, dessa separação que apenas um fermento bioquímico-sexual muito forte e irresistível pôde evitar tornar-se definhamento da espécie.

                            Mesmo se ficar provado que há aquele duplo deslocamento, ele na realidade nada significa PORQUE há de fato apenas UMA CRIATURA com dois corpos e dois cérebros, para melhor uso do universo. Uma criatura que pôde realizar DUPLO AVANÇO, tanto em sentimento quanto em razão. E que tanto pelo sentimento quanto pela razão tornaram-se mais iguais na medida em que igualmente se respeitam e se amam, apesar de todas as armadilhas dos homossexuais.
                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

A Suplantação da Pele

 

                            Podemos encontrar diferença em qualquer igualdade (como fazemos entre os seres humanos) ou igualdade em toda diferença (como acomodamos um novo gosto pela primeira natureza, a de fungos, plantas, animais e humanóides na ecologia agora vista como comum dando-lhes valor muito maior).

                            Quando queremos o nariz diferente pode significar a morte de milhões, ou o cabelo mais ou menos crespo, ou as orelhas de abano, ou a cor da pele, ou o tamanho do pênis, tudo é motivo de segregação, ao passo que quando estamos interessados podemos relevar quase tudo, como a mãe racista da lourinha autêntica acha formidável o genro negro e milionário.

                            Bem, como suplantar, como extrapolar a pele e as diferenças maiores e menores que há entre seres humanos?

                            Veja que é através da razão, do reconhecimento da humanidade subjacente às diversidades exteriores, às tinturas superficiais. Será principalmente por meio da língua, da expressão cultural, da criação das coisas do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, o que os seres humanos, somente nós na Terra, somos capazes de fazer. A pele é suplantada quando os seres, debatendo-se contra as des-razões, conseguem vencê-las, juntos ou separados. Caso os africanos tivessem civilizações avançadas eles seriam repudiados? Como todos tivemos uma origem mais remota comum na África de 200 mil anos atrás, em lugares próximos e tempos não muito distantes nascendo a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, ambos africanos, somos todos descendente da Mãe África, inclusive aqueles africanos nórdicos. Ora, estes são respeitadíssimos agora, quando se mostraram ultra-racionais, ao passo que há apenas mil e quinhentos anos atrás eram desprezados.

                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

A Psicologia das Pirâmides

 

                            Veja que os egípcios tinham pavor da morte, tanto assim que se faziam embalsamar, esperando ser ressuscitados algum dia, por qualquer virtude mágica. Tanto real quanto virtualmente se preparavam durante a vida. Inventaram o mundo-pós-morte, a vida após a morte, os espíritos, os duplos, o Ka. Enchiam as tumbas de produtos, objetos e de pessoas que os iriam acompanhar no além.

                            Enfim, tinham essa grande preocupação com a morte.

                            Vendo a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) geral e sabendo que iriam desaparecer, tanto como PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) quanto como AMBIENTES (municípios/cidades, estados ou províncias, nação e mundo, até onde foram), certamente desejaram dar testemunhos de sua grandeza.

                            Pense num monte de sacerdotes desocupados (para além das obrigações com respeito às cerimônias), sem quase nada para fazer durante o dia quase todo, de domingo a sábado, 365 dias por ano, 40, 50, 60, 70 anos – pois iam desde crianças à escola de sacerdócio. Aquela imensa turma recolhida, sem preocupação com plantar e colher, sem necessidade de abrigo, com tudo providenciado à farta pelo Estado: o que eles fariam?

                            Bem, por um lado devem ter inventado muita coisa para continuarem sendo sustentados sem trabalhar. Por outro lado, autênticas manifestações psicológicas devem ter acontecido, bastante convincentes tanto dentro, no grupo muito exigente quanto a encenações, quanto fora, para o povo. Coisas que são explicáveis hoje surgiram então como obras do divino. Talvez sejam, no fundo, mas o fato é que eles tinham muito tempo. Então, eles devem ter pensado “pra danar! ”, como diz o povo, muito mesmo – coisas avançadas. Certamente foram capazes de se ver como culminação geo-histórica do processo civilizatório e desejaram deixar, com toda certeza, testemunhos da grandeza do Egito para o futuro.

                            Já vimos que as pirâmides eram igrejas, templos, não cemitérios (por si mesmas, por suas dimensões, atrairiam o olhar de longe – quem se atreveria a deixar ali, em quaisquer corredores, riquezas e corpos?). O mais provável, já discutimos isso, é que sejam urnas de tempo, mas não como essas que nosso próprio tempo tem enterrado, meramente com objetos. Se a civilização vai decair, se os profanos vão vir de qualquer jeito, o mais razoável é enterrar os objetos mais preciosos dentro da pirâmide, até sem corredor algum, esperando que as pedras sejam retiradas uma a uma, encontrando-se os objetos numa ou em várias covas fechadas de todos os lados, completamente incomunicável.

                            As próprias pirâmides seriam as urnas de tempo.

                            Não embaixo delas, nem do lado através de qualquer indicação fácil ou difícil, mas apenas a solução mais simples: montanhas irremovíveis de pedra, que só uma civilização muito mais avançada e potente seja capaz de remover, para encontrar os tesouros.

                            Elas estão lá para serem desmontadas.

                            Vitória, sábado, 12 de abril de 2003.

A Moeda do Futuro

 

                            Nosso amigo CUF, o Soneca, me lembrou que eu disse há três anos na casa de nosso amigo PACOS que o Euro, então recém lançado, seria a moeda do futuro. Isso foi antes da Guerra do Iraque, quando a Europa foi novamente redividida pela insídia americana e despedaçou-se no bate-boca anglo-francês.

                            A astúcia americana é grande e deve ser respeitada.

                            Aquele foi um anúncio sentimental a que devemos antepor agora a razão, isto é, o estudo das causas que podemos ver no passado e dos efeitos que podemos presumir para o futuro.

                            Que é que qualifica uma moeda para assumir a posição de trânsito universal? O modelo nos diz que ela deve ser de livre aceitação psicológica/p.2 (pelas figuras ou psicanálises; pelos objetivos ou psico-sínteses; pelas produções ou economias; pelas organizações ou sociologias; pelos espaçotempos ou geo-histórias). Deve ser confortável às pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios, estados, nações e mundo), isto é, trazer-lhes comodidade, conforto, que está ligado à Bandeira da Proteção (comodidade no lar, comodidade no armazenamento, comodidade na saúde, comodidade na segurança, comodidade no transporte). Com relação ao transporte (tanto aceitável em qualquer modalidade deste quanto na facilidade de transportar, de levar), não poderia ser uma daquelas moedas circulares de pedra, que pesavam vários quilogramas. Com relação ao armazenamento, tanto no sentido de ser fácil de guardar quando no de comprar em supermercados e em qualquer loja, deve ser algo fácil de lidar: as que temos de metal, de papel, de cartão, eletrônicas são todas fáceis de manipular, porisso nenhuma leva realmente vantagem neste quesito.

Devemos proceder a todas essas análises e sínteses.

                            Acima de tudo ela precisa ser CONFIÁVEL, objeto de confiança total, de aceitação. Isso pressupõe grande estabilidade de todos os conjuntos pessoambientais, especialmente da nação que a emite. Por exemplo, os EUA têm uma constituição firme desde 1776, mais de 200 anos, com as transferências de poder presidencial se dando sem qualquer trauma, o que a Europa não pode oferecer, com tantos golpes e guerras. Aqui o dólar leva nítida vantagem sobre as moedas européias precedentes e mesmo sobre o Euro, embora a reunião dos países num fórum comum nos garanta que não existam mais guerras entre eles. Poderíamos esperar 200 anos se conflitos internos por lá? Dificilmente. Nos EUA há poucos traumas internos.

                            E externos? O lançador, o que banca a moeda, deve ser forte, capaz de enfrentar as mais difíceis situações sem sucumbir diante dos adversários e até inimigos. A China foi invadida pelo Japão, o Japão foi bombardeado com duas bombas atômicas, a Alemanha foi devastada, de forma que dificilmente esses países terão uma moeda internacionalmente aceita.

                            Não pode ser nação periférica, de terceiro ou quarto mundo, porque essa não merece respeito de ninguém, como alguns países da África, devastados por epidemias, por guerras de tribos e etnias, pessimamente conduzidos por suas elites.

                            A moeda deve ser resgatada prontamente, sem tergiversações, sem protelações, sem postergações, sem desculpas, sem evasivas: apresentou, recebe o pretendido. Ou seja, moeda lastreada (não mais em ouro, desde Nixon, mas em conversão na moeda nacional enviada ou em produtos). Isso pressupõe economia extremamente competente.

                            Inflação pequena, menor que a da nação demandante, porque a moeda forte é objeto de especulação desenfreada (e os especuladores, tendo DINHEIRO DOS OUTROS de sobra, podem manipular a imprensa e o coletivo politicadministrativo governempresarial).

                            Resumindo, até agora:

1.       Livre aceitação psicológica (em todos os setores da Economia: pela agropecuária/extrativismo, pelas indústrias, pelo comércio, pelos serviços, pelos bancos) – como escrevi no modelo o dólar vai gerar futuramente o que denominei Inferno Econômico, vá ler;

2.      Conforto ou comodidade de transporte e manipulação;

3.      Confiabilidade;

4.     Firmeza no enfrentamento dos problemas;

5.      Nação central, do primeiro ou segundo mundos, de preferência o primeiro (o Brasil não pode pretender lançar moeda internacional antes de ser primeiro mundo);

6.     Resgate pronto dos valores;

7.      Pequena inflação, que evite a deterioração dos valores representados.

A Europa se encaixa em 1, 2, 5, 6 e 7, mas deixa a desejar em 3, confiança, e 4, firmeza. Naturalmente os EUA respondem bem a tudo isso. Então, o TRÂNSITO GEO-HISTÓRICO é fundamental na sintanálise da nação emitente. O que ela fez, faz e fará, quando deparou, depara e deparará com as situações, é importantíssimo. Se os EUA tivessem titubeado depois do 11 de setembro de 2001, com a destruição do WTC (World Trade Center, Centro Mundial de Comércio) em Nova Iorque, teria sido o fim progressivo do dólar.

Há mais índices, mas podemos ficar por aqui, embora seja importante vistoriar todas as palavras relevantes do dicionário PORQUE a moeda é UMA CONSTRUÇÃO PSICOLÓGICA, como todas as outras, só que muito mais difícil. Aceitação não é nada fácil.

Daí que embora o Euro, na minha opinião de três anos atrás, se desenhasse como a moeda do futuro, tendendo a substituir o dólar verde (mas encontrando muito mais dificuldade com o dólar negro, que vai ser a causa daqueles problemas desenhados no texto mencionado), acredito agora que essa possibilidade foi substancialmente fragilizada, frente à debilidade européia na questão da presente guerra. Os EUA souberam desmontar preventivamente o futuro europeu. Palmas para os Estados Unidos, ainda que tenham sido as lideranças americanas canalhas, e vaias para os idiotas da Europa. A chance desta foi para o brejo, que outro postulante se apresente.

Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

0,13 % apenas

 

                            Li recentemente em qualquer lugar que as áreas urbanas somadas do Brasil ocupam “0,13 % apenas” do território nacional. Quando não se é estatístico e nem sequer se sabe fazer as contas básicas, pode-se dizer muita asneira.

                            A área brasileira é de 8,5 milhões de quilômetros quadrados (8.514.204,9 km2, pelo apontamento mais preciso), de modo que “0,13 % apenas” constituem 11 mil km2, que é como se um quarto do ES, que tem 45.597 km2, estivesse ocupado exclusivamente com áreas urbanas. Isto é, estando 1,3 milésimo da terra ocupado, como se uma cidade contínua que cobrisse ¼ do território capixaba.

                            E isso em apenas quatro séculos, na realidade nos últimos 50 anos, sem falar em tudo que é conexo da cidade, a alimentá-la. Sendo exponencial essa doença epidérmica da Terra, verdadeiro cancro a corroê-la (embora com bons propósitos), está crescendo a velocidade espantosa, de fato, ao contrário do que o “apenas”, advérbio significando “a custo, dificilmente, mal”, leva a entender. Nos 25 mil cm2 que em geral constituem a pele humana corresponderia a uma mancha de 32,5 cm2, círculo de mais de três centímetros de raio. Se isso não te preocupasse, o que o faria?

                            Ah! - depende de quem olha.

                            Na realidade, para mim parece muito, sem falar que o campo, que no corpo equivaleria a metástase interna, é muito mais amplo, para alimentar a gulodice consumista das cidades.

                            NA REALIDADE isso merece investigação muito mais profunda.

                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

Universidades

 

                            Li na Internet que há no mundo seis mil universidades. Fiquei espantadíssimo, assombrado mesmo. Como são cerca de 220 nações, temos uma média de 30/1. Estimei que seriam uns quatro mil estados ou províncias (gostaria de ter uma conta precisa, em especial com a listagem deles/delas), devendo haver 1,5 universidade por E/P. No Espírito Santo, universidades mesmo, há a UFES, Universidade Federal do ES, a UVV, Universidade de Vila Velha, e que se chame assim a FAESA, com vários campus, mais as faculdades isoladas, não sei avaliar ao certo.

                            O ES detém coisa de 2,5 % da renda nacional, 1/40, e o Brasil grosso modo 2,5 % da mundial; daí que caiba ao nosso estado 1/1.600 da renda planetária. Está acima da média, que seria de 1/4.000, 4.000/1.600 = 2,5, ou seja, 150 % acima. Muitos E/P, mais da metade, não terão nenhuma universidade.

                            Mesmo assim é um fenômeno, algo de totalmente espantoso, como tal nunca avaliado em sua potência implícita e explícita. Se todas essas universidades se unissem políticadministrativamente constituiriam um poder paralelo formidável, rivalizando com e ultrapassado 2/3 das nações, talvez 95 % dos estados, tanto em riqueza comum quanto em conhecimento. Para dizer tudo, sendo tão poucas, relativamente aos quantitativos dos conjuntos pessoambientais (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo), seria o maior poder da Terra, fora a reunião de TODAS as nações, de TODOS os estados/províncias ou de TODOS os municípios/cidades, cada vez estatisticamente mais difícil de fazer, quanto mais cresça o número.

                            É fácil reunir seis mil reitores, não dá nem um estádio pequeno de futebol de várzea; como eles podem viajar para qualquer lugar a qualquer momento, com a Internet e as outras mídias que têm a sua disposição virtualmente eles são um poder paralelo potencial de enorme envergadura – pensando bem.

                            É até assustador pensar nisso.

                            Em todo caso, ninguém se lembrou de investigar as universidades enquanto potência conjunta contemporânea (1789 a 1991) e pós-contemporânea (1991 em diante), em todos os seus desdobramentos. Nem sei se há alguém que possa fazer isso. Se for capaz certamente o livro apareceria mais como o desdobramento de opiniões (que o povo chama de “encher lingüiça”) do que como uma abalizada abordagem completa, esgotadora do assunto.

                            Vitória, quinta-feira, 03 de abril de 2003.

Universidade de Stanford

 

                            Oficialmente chamada de Leland Stanford Junior University, foi fundada em 1885 e começou a operar em 1891 com 559 estudantes, hoje sendo mantidos campi na França, Itália, Alemanha, Áustria e Inglaterra, além de centros de estudos avançados no Japão, Formosa/Taiwan e vários outros países. Recebeu o nome de seu fundador, o magnata Leland Stanford (1824 a 1893, 69 anos entre datas), e situa-se na Califórnia, EUA, como conta-nos a Britannica eletrônica.

                            Quando perguntei por UNIVERSITY na Internet veio como resposta pelo Google nada menos que 84,5 milhões de páginas. Fiquei sabendo que existem no mundo cerca de seis mil universidades, o que me causou bastante espanto, como já comentei noutro artigo deste Livro 27, Universidades. A primeira, a do topo na lista era Stanford. Não é certamente a maior nem talvez a melhor, mas acidentalmente apareceu como a mais requisitada.

                            Acontece que a Universidade de Stanford tem sete milhões de livros em sua biblioteca e como eu amo os livros fiquei encantado. Que coisa tão boa! Algo de esplêndido mesmo. Só porisso meu coração se alegrou, encheu-se de piedade humana e eu desejei de público bater palmas para todos esses que através dos séculos vem desenvolvendo as universidades e faculdades, tentando tornar a humanidade um pouco menos estúpida, talvez mais sábia. Aplaudi freneticamente o conjunto dos esforços, não apenas à SU. Que coisa tão linda ver o campus de Stanford, com tantas ruas e construções, tantos centros de excelência, laboratórios, salas de aula em que a humanidade remonta o conhecimento que iria se perder pela morte de seus detentores antigos em alunos novos que os substituirão nas pesquisas e no desenvolvimento, e depois no poder.

                            A humanidade nem é capaz de se deter para observar a riqueza que está disponível e muito menos se alegra, como venho repetindo, estando sempre a reclamar. Acho que é um defeito não de construção, mas de opção, talvez aquele pecado nada original de olhar a Criação e o Paraíso sem perceber, falta de visão com que foram punidos Adão e Eva.

                            Pois é verdade: está agoraqui e ninguém vê.

                            Vitória, sexta-feira, 04 de abril de 2003.