terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


Livre Arbítrio

 

                            Já mostrei que o livre arbítrio só pode ser metade, o resto sendo necessidade. Só para Deus, do par polar oposto/complementar natureza/Deus, Ela/Ele, ELI, a liberdade pode ser total, pois se houver um só opositor (agente ou objeto) ela não será total, pela lógica. Portanto, para começar, só Deus pode ser TOTALMENTE LIVRE. Aos seres humanos e a quaisquer racionais cabem no máximo 50 % de liberdade, quando ela não é retirada percentualmente pelos ditadores e acólitos, assistentes da tirania.

                            Deus, que deu, pode tirar, mas não tira.

                            Seres humanos, que não deram, vão por vezes tirar.

                            Diz o Houaiss eletrônico que arbítrio é “decisão apenas da vontade”, “domínio ou poder absoluto”. Não faz sentido dizer “livre poder absoluto”, porque o termo absoluto já quer dizer total, que não depende de outrem, independente, não-dependente. Só onde o arbítrio natural, concedido por Deus, foi retirado é que se precisa frisar, juntando à liberdade a totalidade: “totalmente livre mesmo, de verdade, absoluta e completamente”. Onde o arbítrio seja da natureza do racional não precisamos reafirmar.

                            Ora, nem o ser humano nem qualquer racional pode ter arbítrio real, que é somente do Criador; têm, no máximo, meio-arbítrio, pois o outro lado é necessidade, as condições de contorno, a limitação que conduz, o balizamento. A questão é esta: por que o ser humano renuncia a essa metade de arbítrio? Não é curioso, isso? Que é que no passado tornou válido como meio de sobrevivência a renúncia à liberdade?

                            Vitória, quarta-feira, 19 de março de 2003.

Leotigre e as Quimeras

 

                            Um tanto antes da atual polêmica sobre clonagem, ainda em 1995 na edição brasileira, sobre fundo editorial italiano, a Enciclopédia Ilustrada de Pesquisa Conhecer 2000, São Paulo, Nova Cultural, fascículo 28 (Ciências; Biologia, Zoologia, Botânica – 1ª parte), p. 33, publicou uma foto do LEOTIGRE, mistura de leão e tigre – eles são aparentados geneticamente e podem cruzar, não era ainda mistura ou cruzamento genético. Era o que se chamava “manipulação da biotecnologia”.

                            O nome é bonitinho, a figura mais ainda, tudo deu certo, a propaganda age desse jeito ao apresentar só os produtos viáveis. É assim que a mentirada consegue vender as porcarias e os problemas de amanhã, pois a busca dos geneticistas não mostra a lata de lixo, os erros, as deformidades, as monstruosidades, para que, vendo-as, tivéssemos uma abordagem equilibrada, nem tanto á esquerda nem tanto à direita.

                            O resultado palpável é que as pessoas “compram a idéia”, admitem, permitem, abrem possibilidades de financiamento ao não se opor. Lá vão os políticos do Legislativo, os governantes do Executivo, os juizes do Judiciário, todos eufóricos, estusiasmadinhos mesmo, alargando estradas que vão ser caminhos dos criminosos. De início vão mostrando apenas as coisas que deram certo, nunca as aberrações, cujo conjunto vai despontar nalgum momento, naquele futuro de oposição. Depois vão perguntar como é que aconteceu. Aconteceu de estarem alguns idiotas desprevenidos (somos nós) e outros idiotas sabidinhos (são eles) querendo empurrar conseqüências funestas por nossas goelas abaixo, os custos ficando para o futuro, assim como ficou para nós as cagadas dos nossos antepassados que desmataram desbragadamente e ficará para nossos filhos e netos as nossas burrices, com a continuidade do desmatamento.

                            Só que nós já conhecemos os resultados do desmatamento, vimos fazendo essa bobagem há milênios; a besteira da clonagem é nova, é recentíssima. Se pelo menos eles mostrassem o lado podre, poderíamos ser mais cuidadosos e pagar talvez um preço menor mais adiante.
                            Vitória, quarta-feira, 19 de março de 2003.

Lent’alho

 

                            Passada aquela mensagem das propriedades (destacáveis e firmáveis nos rótulos) preventivas e até curativas do alho (segundo a Barsa eletrônica digestivo, diurético, febrífugo, anti-séptico), podemos ofertá-lo como balas, como lentes, picotado em sacolas, em pasta em bisnagas, líquido em tetrapak’s, como já é feito em rodelas fritas e crocantes, em pó, de mistura com temperos (pimentas variadas, misturas descritas por tipo).

                            As lentes podem ser oferecidas superprensadas ou como pastilhas de vitamina C em tubos, isoladas ou em grupo, de as pessoas levarem na bolsa para comer em qualquer lugar, seja na rua ou em escritório empresarial ou repartição pública.

                            Das pequenas às grandes, mais gordas ou mais magras, para mastigar ou para usar na composição de alimentos, podendo também ser faixas mais ou menos compridas, ter qualquer formato plano regular, ou não, ser oferecida amarela como na natureza ou colorida por artifício, ou misturada com outros produtos, de um milhar de formas.

                            Veja 300/8, anexo.

                            Tratar com as indústrias do setor. SE elas não desejarem aderir, nós mesmos podemos fazer, embora seja consideravelmente mais complicado.

                            Vitória, quinta-feira, 20 de março de 2003.

Leite Proporcional

 

                            O que desejamos obter do leite não é a água, que já temos em casa, mas suas propriedades, a saber, gorduras, proteínas, vitaminas, o que for. A água é só o excipiente, o condutor, o veículo, tanto assim que inventaram o leite em pó.

                            O LP fica entre o leite natural, como sai da vaca, e o leite em pó, em várias proporções. É evidente, pelo conceito, que o leite manipulado pelas usinas de beneficiamento, como a Selita e a CCPL, com a pasteurização e a retirada de gordura é uma espécie de leite proporcional ao qual não se dá tal nome, e sim Tipo B e tipo C, mas até o Tipo A, que supostamente foi apenas pasteurizado, e é vendido às elites como integral, é manipulado e proporcional.

                            Poderíamos dizer que há os LP DE ACRÉSCIMO, aos quais são acrescentados produtos, e os LP DE REDUÇÃO, dos quais são retiradas frações. Fiz um anteprojeto, que entreguei na Assembléia Legislativa do ES, sugerindo os LPA, mas creio que não foi adiante. Aqui, pelo contrário, são os LPR, de redução, de diminuição do teor de água, e não das frações funcionais outras.

                            Retirando 10 % ou 20 % ou que percentual for de água, ficará mais concentrado, daí no frasco escrevendo-se L-10, L-20, L-30, etc., ou apenas L10, L20, porque o “menos” pode pegar mal, as pessoas (com toda razão) não gostam de se ver subtraídas. Ficando num recipiente menor, dado que apenas 900, 800, 700 ml, ou colocando mais para dar um litro, 1.000 ml, cobrando mais, R$ 1,20, R$ 1,30, o que for, e aí sim escrevendo L+10, L+20, etc. E se forem acrescentadas proteínas, gorduras, açúcares e outras moléculas, mostrando isso na capa. Acho que as duas versões, tanto em volume igual e maior potência, quanto em volume menor.

                            Leites especiais para magros, para superalimentação de atletas, de crianças, de grávidas, de ampliação das potências, e não de redução. Tomando menos água e se alimentando mais.

                            Vitória, quinta-feira, 20 de março de 2003.

Galinha Desfiada e Carne Moída

 

                            De 299/14 e 299/15 emerge estas configurações:

a)     Galinha Desfiada em Lata;

b)    Carne Moída com Temperos, em Lata.

Ou vice-versa, também dá.

Ambas têm imensas aplicações, podendo ser comidas puras ou em pão. A carne moída, denominada freqüentemente “boi ralado” pelo povo gozador (que também fala de “bife de casca”, ou seja, ovo), é considerada comida dos pobres e miseráveis, nunca de ricos e médios-altos. Sendo os primeiros 80 % da população brasileira, agora 0,8 x 175 milhões = 140 milhões, veja só que mercado potencial tremendo, fora que pode se espalhar em todo o mundo – alimento rápido e direto, proteína de alto valor nutritivo.

Puras ou compostas, com temperos, pastas, em bolas, em lentes, como balas, em salsichas, há muitas formas de ofertar.

Podem ser latas pequenas ou grandes, de serventia caseira ou industrial, mas sempre de preço barato, pois que destinada àquela fração majoritária, à qual devemos atenção especial, vistos os maus-tratos históricos continuados que ela sofreu e sofre. As latas podem ser variadas, de seção reta menor, maior altura do cilindro, ou em latas de formas geométricas variadas, regulares ou não, com ou sem temperos ou pastas associadas.

Negociar com a Frisa, em Colatina, de modo a prestigiar empresa capixaba, de preferência às dos outros estados, porque o ES sempre foi preterido em tudo.

Vitória, quinta-feira, 20 de março de 2003.

Formidéia na Arquiengenharia

 

                            É como chamei no modelo: formidéia, formestrutura, palavrimagem, conceitimagem, como você preferir, sugerindo a reunião dos pares polares opostos/complementares pelo centro. Arquiengenharia é a reunião de arquitetura e da engenharia.

                            Veja o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, nele a pontescada tecnocientífica, dividida em: 1) pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6), 2) pontescada técnica (Engenharia/X1, Medicina/X2, Psiquiatria/X3, Cibernética/X4, Astronomia/X5, Discursiva/X6). Nele a Engenharia (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de engenharias) é a contraparte baixa da Física. Na Magia/Arte existe uma pontescada equivalente, na qual a Arquitetura seria a contraparte baixa, artística, da física mágica. Ela trata dos espaços das configurações ou das configurações dos espaços, das perspectivas (em amplo sentido) das formas, enquanto a Engenharia cuida dos tempos, das circulações, das relações dos sujeitos com os objetos, isto é, DA IDÉIA DE CIRCULAÇÃO.

                            Na Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias), como já disse no modelo, a A/E trataria dos espaçotempos ou tempespaços que estão no centro das almas humanas. Teríamos A/E PESSOAIS (para indivíduos, para famílias, para grupos, para empresas) e AMBIENTAIS (em e para municípios/cidades, em e para estados, em e para nações, em e para o mundo).

                            Então, sobre serem Arquitetura e Engenharia contrapartes tecnartísticas da Magia e da Ciência, a arquiengenharia É PSICOLOGIA – ela trata das almas humanas, curando-as de doenças ou adoecendo-as, estabilizando-as e equilibrando-as ou desestabilizando-as e desequilibrando-as, quer dizer, obtendo rendimento máximo ou mínimo para a construção geral. Ela trata das almas, das psiques, dos sentimentos e das razões.

                            À idéia da Engenharia, que sustenta do interior (de preferência em minimax, obtendo o máximo de segurança com o mínimo de gasto) as possibilidades expressivas do exterior, se une a forma da Arquitetura, que deseja obter o máximo de plasticidade ou sentimento de adequação e pertinência, de fluidez em meio aos demais elementos do processobjeto geral.

                            A pergunta, então, se torna esta: como pensimaginar a reunião das formas mais belas com os conteúdos mais consistentes?

                            Dependemos da re-formalização, o ato permanente de re-formalizar da Arquitetura, e da trans-formação, o ato permanente de ir além-da-forma, penetrar os conteúdos, da Engenharia. Tal frutuosa reunião, passando por amplas exigências de mudanças externas e internas em ambas as disciplinas, contribui para a aproximação dos modos altos, mágico e científico, que são seus parentes gnosiológicos.

                            E passa por estas perguntas: a) como é que a pretensão arquitetônica de obter as melhores formas pode conseguir as mais amplas permissões da Engenharia sem descuidar da necessidade ou contenção interna?; e b) como, em contrapartida, pode o imperativo estrutural vivenciar uma nova liberdade, nova expectativa estética, sem descuidar das limitações legais e principalmente do amor ao próximo?

                            A proposta da nova formidéia é a de uma nova livre-necessidade, de uma nova livre-disciplina, é uma opção de melhor acordo, que não apenas sugere as superações, pois sem elas, como iniciativas de ambas as partes, o encontro não se faria, como, especialmente, traga o fermento revigorante das revoluções, das rediscussões dos pressupostos, dos programas, dos paradigmas vigentes, em geral antipopulares. É a de, sem acabar com as disciplinas e o ensino separado delas, propor o conectivo como agente que sirva a ambos os modos distintos, isto é, uma ESCOLA DA ARQUIENGENHEIROS que sirva de mediador do par polar oposto/complementar, ou seja, sugerir o surgimento de um terceiro motor ou modelo operacional como vetor socioeconômico e políticadministrativo ou governempresarial de reposicionamento nacional brasileiro e local capixaba no concerto mundial das potências, adicionalmente como elemento libertador daqueles que estão mais recuados no desenvolvimento humano.

                            Essa é a difícil proposta, não só de ultrapassamento do atual impasse da separação, mas de aguda projeção no âmbito do Conhecimento total.

                            Vitória, terça-feira, 18 de março de 2003.

Extrato e Boleto Bancário Novos

 

                            Na seqüência dos redesenhos, estes dois, 291/5 e 291/6, como em anexo posto – com estes acréscimos:

                            EXTRATO BANCÁRIO

                            Conforme Pedro Martins andou me dizendo, há um camarada que já tem experiências várias, inclusive com bancos, que pode nos ajudar no caso dele querer entrar no negócio. O caso aqui é aquilo que noutro contexto denominaram “interfaces amigáveis”, quer dizer, visar o contato entre o ofertante e o demandante de serviços, em especial os bancários. Ou seja, em primeiro lugar pensar nos percentuais de 2,5 % da esquerda, mais 47,5 % de esquerda-meio, outros 47,5 % de meio-direita e 2,5 % de direita, representando os que não se importam com nada, se importam um pouco, se importam muito e se importam com tudo, até com os detalhes mais insignificantes, os cricris mesmo, os chatos de galocha. Há esses 50 % que se importam e querem diferenciação. E, de todo modo, todos merecem atenção especial. Na competição atual, em que as posições estão mais ou menos consolidadas entre os grandes bancos, ou oferecer a um que deseje ultrapassar os demais ou a um de baixo que deseje crescer oferecendo esse diferencial de serviço. Garantir a organização da vida das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo, por seus órgãos representantes). Dentro daqueles grupos aplicar os conhecimentos novos do modelo. Construir os subgrupos, com serviços especialíssimos, tratamento finíssimo, pontual mesmo, cada um podendo aparentemente ser atendido de forma exclusiva, como se o banco estivesse tratando só com ele. Focar nele, de um leque de programas, através de programa dessa pseudo-inteligência artificial oferecendo as variações em árvore de decisões.

                            BOLETO BANCÁRIO

                            No caso visando as empresas ofertantes (banco e cedente) do papel, separando as informações que só interessam a elas daquelas a quem é dirigido o título em cobrança, o comprador, mais oferta gratuita ao governo, naquilo que for informação solicitada pelo Banco Central e pelo Fisco geral. Portanto, quatro faixas, talvez em cores, pelo menos em retângulos verticais se custar muito imprimir em cores. E criar do espectro de cores uma separação conforme seja para: 0), bancos, 1) agropecuária/extrativismo, 2) indústrias, 3) comércio e 4) serviços. Colocar números grandes identificando os bancos. E adotar outros artifícios.

                            Em resumo, trata-se do replanejamento, mas não apenas destes papéis, também de outros, como já mostrado, e principalmente colocarmo-nos na situação de estabelecer um escritório que possa dar continuidade.

                            Há, agora que vi, muito espaço para cavar em busca das pepitas maiores dessa mina de motivações. Está (quase) tudo malfeito, com grandes oportunidades para nós.

                            Devemos garantir um pagamento inicial mais uma fraçãozinha insignificante de cada papel emitido, o que é nosso interesse maior, naquele princípio do inventor do xadrez.

                            Vitória, quinta-feira, 20 de março de 2003.