domingo, 5 de fevereiro de 2017


Núcleo do Núcleo

 

                            A epistemologia é, no Houaiss eletrônico, “reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano” (de epistem-, “familiaridade com uma matéria, entendimento, habilidade; conhecimento científico, ciência”, e –logia, “ciência, arte, tratado, exposição cabal, tratamento sistemático de um tema” – no conjunto TRATADO DO CONHECIMENTO, sempre tomado como científico, segundo o paradigma ou programa atual).

                            No modelo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral é muito mais vasto que apenas a pontescada tecnocientífica, em particular a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6). É largo, alto e profundo.

                            Teríamos então essa epistemologia menor, que é somente científica, e a Epistemologia, que é de todo o Conhecimento (em maiúsculas conjunto ou grupo ou família de conhecimentos).

                            AS EPISTEMOLOGIAS CIENTÍFICAS

·        Teoria do conhecimento físico-químico

·        Teoria do conhecimento biológico/p.2

·        Teoria do conhecimento psicológico/p.3

·        Teoria do conhecimento informacional/p.4

·        Teoria do conhecimento cosmológico/p.5

·        Teoria do conhecimento dialógico/p.6

A TEORIA DO CONHECIMENTO PSICOLÓGICO/P.3

·        TdC psicanalítico ou das figuras

·        TdC psico-sintético ou dos objetivos

·        TdC econômico ou das produções

·        TdC sociológico ou das organizações

·        TdC geo-histórico ou dos espaçotempos

A TdC DO CONHECIMENTO ECONÔMICO

·        TdCE agropecuário/extrativista

·        TdCE industrial

·        TdCE comercial

·        TdCE de serviços

·        TdCE bancário

Veja, a coisa é grande mesmo. Muito grande, mesmo.

                            Com a dificuldade adicional de que há uma compactação que traduz leveza, beleza da convergência da multitude, completamento, finalização, e concordância, conformidade, harmonia, adequação.

                            Quando alguém termine será uma Árvore de Localizações das Potências ou Possibilidades compreensivas, o núcleo do núcleo da Epistemologia, o âmago mesmo. Como uma árvore de natal (na Rede Cognata = ÁRVORE DO MODELO ou estudo) permitirá a digitação dos interesses, por palavras, ou o desenho em tela, o programáquina indicando onde a PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa) ou o AMBIENTE (município/cidade, estado, nação ou mundo) se inserirá. Em sucessivas superfícies esféricas tocará os pontos mais próximos na Árvore, seja no mesmo galho epistemológico (um dos quatro vértices duplos, ou a Matemática, que é o tronco comum) ou em outro, no mesmo plano ou em diferentes patamares. Um ponto brilhará e dele emergirão as superfícies das esferas. Ou, no plano das paridades com as demais pontescadas dos outros partidos altos e baixos do Conhecimento, consecutivas circunferências espraiando-se para chamar os que estejam envolvidos com os mesmos conceitos ou desenhos, as formestruturas de mesma potência.

                            Em anexo coloco algo que peguei na Internet: veja que é coisa muito boa, mas dispersa, extensa demais, pouco indicativa. E naturalmente não nos dá a chance de sabermos exatamente onde estamos, fazendo o quê, quem está próximo, quem está acima ou abaixo em termos de equações de transferência, a quem solicitar esclarecimentos, que professores contatar, que bibliotecas visitar, a que formas e conceitos preferencialmente atentar, e assim por diante. As coisas já existentes são muito boas, mas podem ser consideravelmente melhoradas.

                            Ademais, em termos de teorização, os que estão excluídos e em disputa poderão aproximar-se e conversar, para capitular a fusão esperada dos dois modos de conhecer, quais sejam a emoção que se debruça prazerosa no aproveitamento gostoso do ato de ver, abstendo-se do distanciamento da razão, praticando já a fusão com o visto, como fazem os magicartistas, e o raciocínio que foca para produzir os resultados finalizantes da tramurdidura ou tecido da compreensão, cuidando de provisoriamente excluir a tentação do sentimento, como fazem os tecnocientistas.

                            Vitória, quinta-feira, 13 de março de 2003.

Não se Deprecie, Homem

 

                            No que dizem ser o último livro de Will Durant, o grande historiador, em português publicado como O Livro de Ouro dos Heróis da História (uma breve história da civilização, da Antiguidade ao alvorecer da Era Moderna), Rio de Janeiro, Ediouro, 2002, no original americano de 2001 apenas Heroes of history (heróis da história), p. 91, ele diz: “A alma do indivíduo é uma fagulha passageira na chama da vida, em interminável mutação. O homem é um momento espasmódico dessa chama (...)”.

                            Por mais que eu goste de Durant esse é um exemplo do que denominei “racionalismo amebiano”, o raciocínio das amebas, que está mais bem expresso por ele na página 82: “Quem somos nós – ácaros numa poeira passageira – para podermos compreender o universo? ”

                            Na seção humorística da TV brasileira, Rede Globo, havia um quadro em que certa mulher se satisfazia na autocomiseração, insistindo em flagelar-se espiritualmente, ao que um personagem dizia: “não se deprecie, mulher”, falando a ela como a todas, ao sexo inteiro, firmando-o para a luta por melhores condições de vida e trabalho, por respeito e dignidade socioeconômica.

                            Aqui digo o mesmo a Durant e a todos os seres humanos.

                            O ser humano é PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa) em AMBIENTE (município/cidade, estado, nação ou mundo); não é ácaro ou inseto, é ser racional em extremada construção. Está bem que diante de Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI, tudo fenece de real grandeza, mas mesmo assim há um propósito em tudo, e não é pequeno para os seres humanos e todos os racionais. Não é bom acanhar-se e rebaixar-se assim, mormente para Durant, que é apreciado verdadeiramente, nem para qualquer ser humano, por menos que tenha feito em sua tela de vida.

                            Vitória, terça-feira, 11 de março de 2003.

O Medo Agressivo dos Americanos

 

                            Vejamos as armas maciçamente destrutivas que os americanos inventaram os últimos 60 anos:

                            MAIS ANTIGAS

·        Bomba atômica (A), que separa os átomos e usa essa energia para provocar desagregação ao redor;

·        Bomba de hidrogênio (H), emprega a anterior como estopim de explosão muito mais destrutiva;

·        Bomba de nêutrons (N), que mata apenas as criaturas, sem afetar os prédios;

RECENTES

·        Bomba eletromagnética (EM), torra os circuitos de todo aparelho eletrônico, indiscriminadamente;

·        Bomba-terremoto, produz concussões, choques, abalos fortíssimos no solo, equivalentes aos tremores de terra;

·        Bomba “corta-margarida”, que decepa tudo ao redor, rente ao solo – evidentemente só escaparão os seres humanos voadores.

Isso não contando o napalm ou desfolhante, que faz secar as folhas das árvores, da grama, dos arbustos, de tudo, usado fartamente no Vietnam; os produtos da guerra química; os da guerra biológica.

Uma pessoa que carregue três revólveres é mais valente que outra desarmada? Creio que não, não é? De onde vem tanto medo e tanta agressividade? Que é que na infância dos EUA enquanto nação provocou esse trauma de tão agourentas conseqüências? Seria preciso sintanalisar a psicologia nacional, de modo a encontrar as causas. Em todo caso o 11 de setembro de 2001, nas Torres Gêmeas do Centro Mundial de Comércio (World Trade Center), em Nova Iorque, foi o primeiro caso de ataque a eles e não deles aos outros. Isso os irritou, claro, porque pensaram que jamais alguém faria a eles o que eles estão acostumados a fazer ao mundo quase que todo ano.

Repare que essas bombas não foram conceitualizadas a partir daquela data, já estavam a caminho, à procura de desculpa para uso. Sem falar que escapamos do programa Guerra nas Estrelas, de Ronald Reagan, que teria conseqüências ainda mais funestas, certamente.

As pessoas do mundo inteiro, inclusive os americanos responsáveis, precisam unir-se para desmontar esse medo gerador de tantos instrumentos de destruição em massa.

Vitória, quinta-feira, 13 de março de 2003.

Maioria e Minoria

 

                            Veja as mulheres, cujo Dia Mundial é 08 de março: sendo maioria da população constituem minoria política, tem menos poder que os homens (que têm 364 dias por ano). Os judeus, como minoria história, oferecem o mais alto percentual de contribuições. Os negros são minoria política, mas nos esportes e na música se destacaram profundamente.

                            Na Rede Cognata maioria e minoria, maior e melhor são cognatos, de mesmo sentido, embora sejam antônimos os dois primeiros.

                            Faria todo sentido imprimir uma pesquisa ampla investigando essa dualidade, esse par polar minoria/aminoria (pois maioria e minoria são cognatos, como já disse, na RC; e são cognatos porque, como no caso de topo = BASE tudo depende de uma definição, para onde a seta está apontando). Fazer tal distinção entre os pares polares opostos/complementares é muito vantajoso, pois logo de cara evitará arroubos etnocentistas, egocentristas, teocentristas e outras centralizações idiotas.

                            Como se poderia ver em tudo, nas raças, nas competências, nos haveres, nos saberes, as coisas são amplamente relativas, pois para ter maior conhecimento científico deve-se renunciar aos sentimentos. Para ter riqueza renuncia-se à tranqüilidade e ao isolamento, e assim por diante. A grande vantagem de ver assim é que trabalharíamos sem o esforço paralelo das comparações, das medições, dos cotejamentos, das autoavaliações e das avaliações dos outros. Conseqüentemente sem traumas.

                            Livrar a humanidade de tantas lesões emocionais já nos daria um mundo muito melhor, mais livre, menos angustiado e torto.

                            Vitória, quinta-feira, 06 de março de 2003.

Internet dos Limites Tecnocientíficos

 

                            Já falei do livro Enciclopédia da Ignorância, que tenho há muitos anos, e da necessidade de atualizá-lo. Agoraqui se trata de colocar a linha de frente do trem de mudanças da pesquisa & do desenvolvimento teórico & prático, ou seja, a locomotiva mesmo, aqueles pontos onde os pesquisadores e sábios estão quebrando a cabeça. O que estão fazendo mestres, doutores e pós-doutores?

                            É só através disso que as crianças e adolescentes poderão se dar as missões de suas vidas, mentalizar ou sentimentalizar as grandes linhas de suas buscas pelos próximos 30, 40, 50 ou mais anos.

                            E aqui não pode ser na forma de divulgação tecnocientífica, porque não se trata de artigos que serão lidos por admiradores e depois colocados nas estantes, sob a ótica a satisfação. Pelo contrário, é da insatisfação mesmo que se trata, de provocação, de lançar a semente da dificuldade, até da impossibilidade, de chegar ao limite.

                            No Nature, no Scientific American, no Lancet, no Ciência Hoje, de todas as revistas de prestígio em todos os países, sérias, capazes de levar à humanidade o que está sendo feito nos laboratórios da mais avançada e alta tecnociência e na mente dos mais inquietos tecnocientistas, mostrar tudo mesmo. Ainda que as crianças e os adolescentes não entendam por enquanto, ficará a necessidade angustiante de fazê-lo. Porisso é fundamental dar cursos nas escolas a partir do primeiro grau. Os que não estão destinados desde cedo a cumprir esse destino se afastarão ou não irão às palestras, que devem estar endereçadas tanto aos professores e pesquisadores da instituição visitada quanto a esses que devem ser puxados de suas respectivas inércias mentais, pois por si sós iriam enveredar em uma série de atividades locais, em termos do mais alto pensamento.

                            Como vem sendo feito é plenamente insatisfatório.

                            Vitória, quarta-feira, 05 de março de 2003.

Gerência Profissional

 

                            Imagine as 6,5 mil profissões altas e baixas que dizem existir. Só para médicos, engenheiros, dentistas, contadores, administradores, advogados, fiscais, economistas e tantas outras, pense num supercentro com psicólogos e profissionais equivalentes treinados em apoio e amparo psicológico (a figuras ou psicanálises, a objetivos ou psico-sínteses, a produções ou economias, a organizações ou sociologias, a espaçotempos ou geo-histórias), com franquias por toda parte, em prédios próximos das maiores concentrações.

                            Aconselhamento da própria profissões, os cursos por fazer, aplicações monetárias, compra de terrenos, construções, compra de móveis, viagens, proteção por erros de profissão, seguros, renovação dos casamentos, vistoria de carros, enfim, tomar todos os aborrecimentos e transformá-los em felicidade e flores, perfumes, agradáveis seções com os pares, orientação para congressos, instalação de consultórios e escritórios. São trilhões de dólares nas mãos desses profissionais em todo o mundo.

                            Presentes a comprar para as esposas ou os maridos, os filhos e as filhas, emplacamento de carros, onde passear, com quem deixar as preocupações na saída. Toda uma carga imensa de ansiedades transformada em tempo de prazer e gozo de vida depois de feitas as tarefas por quantias proporcionais à qualidade e à quantidade das tarefas encomendadas.

                            Um serviço a mais, mas um serviço prazeroso, pois se trata de fazê-los render muito mais, porque aliviados de suas pesadíssimas cargas e inquietações.

                            Vitória, quarta-feira, 05 de março de 2003.

Genoma Humano

 

                            Leia no Livro 21 o artigo Decriptação do ADRN, para ver a postulação que responde à inquietação do autor (“só que não se sabe em que idioma está escrito” – digo que na língua matemática, como não poderia deixar de ser).

                            O, por assim dizer, dialeto em que está molecularmente escrito o ADRN deve ser vertido à língua matemática, como proposto. Em especial um Consórcio Mundial dos Genomas deve ser montado, sob supervisão da ONU, de modo que todos tenham acesso credenciado ao Banco de Genomas, tanto público quanto particular (pois não podemos colocar os ovos num cesto só). Como para outras iniciativas, sugiro que seja repassado um dólar por indivíduo por ano, o privilégio sendo proporcional à riqueza dos conjuntos: NAFTA com 33 %, Europa dos 15 com 25 %, Japão com 15 %, e assim sucessivamente, embora seja constituído um Colegiado do Conhecimento (Colégio dos Magos/Artistas, Colégio dos Teólogos/Religiosos, Colégio dos Filósofos/Ideólogos, Colégio dos Cientistas/Técnicos e Colégio dos Matemáticos), quadripartite, com os matemáticos no centro do quadrado.

                            A sede deve ficar nos EUA, porque foram eles que deram mais de si em todos os sentidos, cabendo-lhes a satisfação da direção perpétua, mesmo quando declinem.

                            É que, diferentemente das demais mensagens, nos transcendentais e nos códigos genômicos um só exemplo já basta para configurar a possibilidade inteira de modelação. Conseqüentemente com o ADRN aprenderemos a montar variações, a pluralizar, a criar alternativas PARA TODOS OS MUNDOS. Isso não pode ficar nas mãos de um só, mesmo os EUA.
                            Vitória, quinta-feira, 13 de março de 2003.