quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017


Telepaís

 

                            A Rede Globo leva ao ar há bastante tempo o Telecurso 2000, desde quando o 2000 aí, significando o ano 2000, era um apelo de futuro. É um curso supletivo geral, cada vez melhor, com técnicas bastante avançadas para o Brasil de antanho, deixando a desejar agoraqui, como indiquei no Livro 9, Programando um Novo Vestibular, que serve também para esse gênero de curso de TV.

                            Aqui a proposta seria de um TELECURSO DE NAÇÃO, isto é, abordando um dos ambientes (mundo, NAÇÃO, estado, município/cidade) nas suas frações, quer dizer, totalidade, estados, M/C, e dentro delas as pessoas (empresas, grupos, famílias e indivíduos), porém especialmente a nação, no caso a brasileira, o método sendo posteriormente exportado.

                            Trata-se mesmo de FORMAR AS PESSOAS EM NACIONALIDADE. Isso nunca foi feito, na pressuposição de que todos sabemos o que seja ela, por ouvirmos insistentemente dela quase tudo – mas de forma desordenada, não-coerente. Sabemos tanto naturalmente de nação quanto sabemos naturalmente de sexo. Ainda que instintivo o sexo inicial, juntar-se para a reprodução, há muito que foi desenvolvido como conhecimento empírico e depois, contemporaneamente, como investigação mais profunda. Do mesmo modo a nação. Há a NAÇÃO PRÁTICA, essa que vivenciamos quase todos e quase cada um, e a NAÇÃO TEÓRICA, que é muito mais avançada, devendo vir à tona como exposição didática, com uma pedagogia própria. Esta última nação é amplamente desconhecida, até porque não foi efetivamente elaborada para transmissão dos conhecimentos (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) gerais e dos saberes específicos das 6,5 mil profissões.

              Evidentemente qualquer grande rede de TV, pegando tal programa, pode fazer um arraso. A Rede Globo, que é a maior delas e a única que é verdadeiramente profissional e avançada, pode fazer ainda melhor.            
              Vitória, quinta-feira, 06 de fevereiro de 2003.

Telecurso Avançado

 

                            Já expus no Livro 9, Projetando um Novo Vestibular, como podemos usar os recursos contemporâneos de computação gráfica, via Rede Globo ou outra empresa profissional, para melhorar a apresentação dos cursos vestibulares, tornando-os consideravelmente mais avançados, recorrendo aos recursos dos antigos livros Martins e Eu, da Física de cursinho do Curso Objetivo, só que muito mais adiantado.

                            Aqui podemos fazer esses tais telecursos avançados, no sentido de estarem NO EXTREMO DO CONHECIMENTO (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), isto é, PARA OS EXTREMOS CONHECEDORES, pesquisadores & desenvolvedores teóricos & práticos da frente de ondas do trem de mudanças. Seriam dadas aulas para os cientistas mesmo. Como ninguém pode freqüentar mais que fração pequeníssima de um segmento da pontescada científica (Física/química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6), cada aula versaria sobre o conhecimento mais avançado de um subsetor, digamos de determinada teoria da Física, cromodinâmida quântica, ou da Matemática, teoria das folheações, processos markovianos, ou da Biologia, mutagênese, ou o que fosse, o que estivesse mais em dia mesmo.

                            Os cientistas que estivessem postulando dariam as aulas, complementadas por computação gráfica que modelaria os bonecos, dilataria as vistas, apontaria detalhes, exporia os elementos em debate neste mesmo instante. Assim como as revistas de divulgação fazem para o amplo público seria feito para as pessoas à frente do compasso de mudança.

                            O mesmo se daria na Psicologia (psicanálise, psico-síntese, economia, sociologia e geo-história) e Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), sempre visando os transformadores, as locomotivas, não os vagões que são puxados. Se serve para frente servirá sempre para os de trás, que virão em seguida, durando bastante tempo como evidência.

                            Vitória, sexta-feira, 07 de fevereiro de 2003.

Tanque de Emoções


                            Por conta dos trabalhos da senda futurista americana no Instituto Hudson, de Hermann Kahn e outros, fixou-se nas memórias sempre o TANQUE DE PENSAMENTOS, isto é, os trabalhos racionalizantes e até supercientifizantes, descartada a vertente muito mais antiga das previsões por sentimento, a profecia entre elas. Aquele caminho de sonhos e de fantasias foi obnubilado, obscurecido, enfraquecido, banido quase.

                            Isso vem por conta da extrema tecnocientifização do coletivo de trabalho, em todas as instâncias em que foi possível forçar tal irritante superafirmação.

                            Fala-se em tanque de pensamentos, nunca em TANQUE DE EMOÇÕES, que só vão aparece nas magias, todas escorraçadas, fazendo-se em becos escuros e em terreiros, e as artes, toleradas (são 22 das que identifiquei positivamente até agoraqui) por serem quietantes do povo e gratificantes das elites. Bom, para mim isso é um erro que beira o perigo e a disrupção social, acumulação de compressões sempre prestes a romper o tecido ou tramurdidura socioeconômica, haja vista as tensões acumuladas pela falta de vazão dos elementos irracionais internos da alma humana, o que seria de competência explícita da Magia e da Arte, em maiúsculas famílias, conjuntos ou grupos de magias e de artes.

                            Já é mais do que tempo de os colegiados de artistas e magos, conforme já sugeri a criação, incrementarem a institucionalização desses centros emocionais, tais TE’s, talvez a partir dos próprios terreiros de umbanda, como coisas visíveis que servirão ao Brasil e às nações assim, como se fossem centros de “descarrego” ou de descarga emocional, de rompimento dos diques da contenção superacional que foi imposta e que os carnavais mal dão conta de estilhaçar temporariamente, durante três ou quatro dias por ano. Como devemos ter aí, no Brasil, para 5,5 mil cidades, uns 60 mil bairros e distritos, veja só que podem ser construídos muitos, com o beneplácito da Igreja e até com apoio ativo dela, como forma de emancipação política do Brasil.

                            Vitória, segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003.

Sintanálise Filosófica do Conhecimento Geral

 

                            Colocando o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, peguemos tudo pelo lado da FILOSOFIA.

                            VENDO O CONHECIMENTO ATRAVÉS DA FILOSOFIA

·        SA filosófica da Magia (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de magias)

·        SA filosófica da Arte

·        SA filosófica da Teologia

·        SA filosófica da Religião

·        SA filosófica da Filosofia

·        SA filosófica da Ideologia

·        SA filosófica da Ciência

·        SA filosófica da Técnica

·        SA filosófica da Matemática

A SINTANÁLISE FILOSÓFICA

                          

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE                                                   SÍNTESE

FILOSÓFICA                                             FILOSÓFICA

Análise respondendo pela investigação, síntese pelas conclusões. A análise filosófica geral da Matemática reuniria os materiais já publicados, os estudos em curso e os do porvir para o debate e a desejada síntese filosófica geral da Matemática (em cada um dos tópicos – e são muitos). A S/A F (M) correspondendo a uma visão GERAL, total mesmo, a partir da Filosofia, com seus métodos próprios de investigação. Aí, veja só, do outro lado pelo menos sete (excluída a Matemática, que sendo a própria língua não fala) superdisciplinas, sete modos de olhar fariam a mesma coisa, resultando em OITO SUPERGRUPOS. Agora seria preciso comparar todos e cada um, demandando muito mais tempo. Está vendo só que ambição pavorosa, a de obter a totalização? Ah! Seria algo de maravilhoso mesmo, para entreter a humanidade por largo tempo.

Vitória, segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003.

Seu Juca, a Bondade que Sustenta o Mundo

 

                            Pequiá é o pequeno distrito de Iúna onde fica o Posto Fiscal Zito Pinel, aonde vou a serviço com certa regularidade. A vila fica bem na divisa, descendo à direita da ponte, do outro lado dela estando Minas Gerais. É pequena e o “seu” Juca, benzedor, é morador ao qual fui em busca de solução para a isquemia de esforço, nome atual da angina pectoris de 30 anos atrás, que minha mãe teve. Por atraso de pagamento dos nossos salários pelo safado do JIF fiquei devendo três meses à UNIMED. Fui lá negociar o pagamento, mas a entidade não aceitava; colocou-me na condição de inadimplente, fazendo-me então migrar do Plano Empresarial (do SINDIFISCAL, que cobre tudo) ao Plano Participativo, particular, que cobra metade das consultas e trazia nova carência para operações do coração. Visando proteger meus filhos, fiz, não imaginando que iria necessitar do tal cateterismo, que custa R$ 1,7 mil e só estará liberado em 28.fevereiro.2003. Seguramente uma armadilha do destino, muito bem enquadrada.

                            Com tal dor no peito fui ao “seu” Juca, que é homem simplíssimo, como o são em geral as (e os) benzedoras (es), que nunca cobram por suas rezas. Ele, em particular, usava uma calça surrada, velha - é lavrador, batalhador. Mesmo quando eu não acreditava em Deus, dos 18 aos 43, acreditava nas rezas, porque se trata de conhecimento mais à frente, completamente material, não disponível agoraqui enquanto explicação. Como antes em Santa Cruz, com o homem que rezou e curou meu joelho rompido no menisco (de eu me arrastar), “seu” Juca baixou a cabeça e orou. Se vai resultar eu não sei, mas eu creio que sim, pois ele pediu por mim. Seja à Natureza, seja a Deus, ele se compadeceu.

                            Aquele lá de Santa Cruz, divisa com o Rio de Janeiro, foi convertido a uma dessas seitas idiotas de protestantes, porque em tese as rezas ofenderiam a Deus. Por quê? Essa gente é muito tola. Não é magia, é apenas um pedido de uma alma simplíssima, ingênua, quase infantil, totalmente despojada de orgulho. Isso é de uma doçura de crença tocante.

                            Acho que é por gente assim que o mundo ainda continua existindo, porque se dependesse do orgulho desmedido dos citadinos, tudo já teria ido para o brejo.

                            Vitória, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003.

Refrescância d’Alma

 

                            Interior e cidade, área do campo e área urbana devem mesmo estar sempre separadas, a tranquilidade da roça opondo-se e complementando a quentura das zonas densamente habitadas. A essa correria das grandes e das megacidades deve opor-se a tremenda simplicidade e falta de malícia do mato.

                            Pela lógica, o restante do território cercando a capital ela deveria ser o interior, enquanto fora dela estaria politicamente o exterior. Entretanto, é interior lá em razão de não ter contato direto com o mundo de fora, enquanto as capitais sim, a capital para o restante do estado, cada cidade em relação aos distritos que a rodeiam, até mesmo a área do distrito da sede. Podemos colocar patamares de tranqüilidade, visando preservá-los das invasões dos citadinos destruidores.

                            Desde quando começamos a pensar em melhorar o Distrito de Burarama, interior da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, município de mesmo nome, queriam tirar um curral na entrada do Patrimônio, bem como emancipá-lo, ao que fui contra, em ambas as ocasiões. Já temos cidades demais, com todo esse CALOR DE CORRERIA, esse pânico que toma conta de todas essas almas acaloradíssimas do fazer. Falta às cidades essas refrescância, a qualidade do que refresca, essa refrigerância, a qualidade do que refrigera, acalma nossas almas, nos descansa, nos apascenta.

                            Essa ânsia de transformar os distritos em cidades não é mais bem-vinda, como foi noutros tempos. Deve cessar por largo tempo.

                            Vitória, terça-feira, 18 de fevereiro de 2003.

Quiosques Familiares

 

                            No mesmo molde dos quiosques de patentes, estes para as famílias, que de certo modo se encontram abandonadas, para a importância que têm. Em cada praça do país e do mundo, estimando em dois a três milhões os bairros e distritos, colocaríamos um, com apoio dos governos, nele havendo um psicólogo pé-descalço, ao modo dos médicos pés-descalços chineses, um prático de psicologia com um treinamento padrão nacional, mais as particularidades regionais e locais, de cada estado e micro-região dele.

                            Para dar aconselhamento matrimonial, de compras de casas, terrenos, ações, para falar de drogas, de proteção da saúde, de recuperação diante de doenças, de viagens e passeios, de diversão e lazer, de carnaval, de vacinações, de convenções de condomínio, de cuidados com animais, de um milhar de assuntos. Com computador e banda larga para consultas, com folhetos de explicações, em quatro níveis, mais um centro em Brasília. Nível Um a Nível Quatro, o mais restrito e resolvedor “das paradas”, como diz o povo. O roteamento e os supercomputadores estando em Brasília, DF, onde se situariam os maiores e melhores estudiosos.

                            Nas academias e nos institutos, nos órgãos dos governos e nos departamentos das empresas, um grupo imenso de psicólogos, de advogados, de contadores, de administradores, de tributaristas, de economistas, de engenheiros, de médicos e outros profissionais, contratados ou amadores voluntários, estariam à disposição, diante de telefones e computadores, dando conselhos nacionais a quem deles necessitasse, editando livros e criando toda uma restante mídia própria (TV, Revista, Jornal, Rádio, Internet, outdoors, o que fosse). Enfim, um superdepartamento da família, com ligações filamentares com os quiosques. Qualquer dificuldade os membros familiares recorreriam, na outra ponta acumulando-se VASTA EXPERIÊNCIA e raciocínios A NÍVEL NACIONAL, transferível depois a outros países.
                            Vitória, segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003.