terça-feira, 24 de janeiro de 2017


Modelação do Ser e do Ter

 

                            Com esses recursos da computação gráfica, a modelação por computador, que começou com as propagandas, foi aos desenhos animados (que antes eram desenhos “desanimados” bi-dimensionais e repetitivos) e agora migra a tudo, podemos ensinar as pessoas a escolher cozinhas de casa ou industriais, a construir casas, a instalar redes de esgotos, a vender para o exterior, a trabalhar nas 6,5 mil profissões, a candidatar-se a emprego nos ramos do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            Podemos usá-la como apoio pedagógico, visando a transferência otimizada dos saberes, em todos os níveis, do pré-primário ao pós-doutorado, tanto para alunos quantos professores, diretores, serventes. Podemos mostrar os Correios por dentro. Ou o funcionamento da Internet. Ou o sistema de energia de uma nação. Ou como fazer para casar, como usar os reservatórios de água, como migrar para outro conjunto (AMBIENTES: município/cidade, estado, nação, mundo; PESSOAS: indivíduo, família, grupo, empresa). Podemos mostrar o organograma dos governos, os três poderes, o que for, em infinitas variações.

                            Podemos modelar o SER (memória, inteligência, controle) ou o TER (matéria, energia, informação), o ESTAR humano no agoraqui e no passado, e estimar o futuro. Os governos, como venho falando desde 1987, estão paralisados em construir estradas, pontes, hospitais, escolas, que eram os desejos modernos, de 300 anos atrás, quando deveriam se contemporanizar em tudo, o que significaria, no mínimo, se adequar aos instrumentos, aos aparelhos, aos programáquinas de hojaqui, às possibilidades presentes. Que atraso espantoso os governempresas detém como prioridade de controle pela falta dos subsídios de crescimento dos povelites ou nações ou culturas! Que coisa tão aborrecida e pateta.

                            Vitória, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003.

Mídia de Conteúdos das Elites

 

                            Durante muitas décadas vi surgir e desaparecer “jornais de idéias”. Por quê não se sustentaram? Creio que é porque se destinavam às elites intelectuais, eram desde o início índice desse sadomasoquismo racional que corrói os intelectuais – já são lançados para fracassar, depois servido de base para acusações à coletividade de “desinteresse” pelas coisas elevadas. Não são práticos nem teóricos, são anúncios destinados à perda.                          

Não se sustentaram porque não miraram OS DESEJOS DO OUTRO LADO. Em geral, parece trivial, quando a pessoa coloca um ponto de comércio quer atender as vontades alheias, mas isso não é sondado, não existem enquetes, feitas pelas empresas ou pelos governos, que identifiquem PRECISAMENTE os interesses dos compradores de produtos e serviços. Isso também não se dá com relação à mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet) de conteúdos, de idéias, de estruturas, que devem ser preferencialmente voltadas para as elites.

O interesse dos compradores pode ser resumido num GRANDE INTERESSE, o do crescimento e do melhoramento. Se a MÍDIA DE CONTEÚDOS é dirigida às elites, deve sugerir crescimento e melhoramento das elites, que podem ser QUANTITATIVOS e QUALITATIVOS. O crescimento quantitativo seria o mais justo, pois não se daria à custa da parceria com o povo, enquanto o qualitativo, que é relativo, que é percentual, é o do apossamento de parcela maior dos 100 %.

Assim sendo, como construir uma TV DE CONTEÚDOS? Conteúdos do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral e outros? Bom, teríamos de definir primeiro os conteúdos de interesse das elites, o que depende das tais enquetes. Não pode ter a superficialidade de Caras (que agrada a muitos, pois vende bastante), deve ser algo que as faça melhorar. As coisas estão mudando tão rápido no Conhecimento e nas 6,5 mil profissões que sempre haverá novidades para melhorar os ricos e médios-altos nas facetas do ser humano (não são apenas as da riqueza monetária e sim de todas – podemos ser ricos em conhecimentos de plantas, etc.). A Playboy é uma revista de conteúdos, porém não-racional, surgiu dos sentimentos de Haffner   há 40 ou 50 anos. Ela não visa o melhoramento das elites, só o divertimento das elites financeiras, dos abonados, dos endinheirados.

Se nós melhorarmos as elites estaremos tirando uma carga de incompreensões e aproveitamentos das costas do povo – e pode crer que é muito pesada. Elites mais leves e espertas poderão ajudar o povo a prosperar, a avançar.

As elites mais avançadas ensinariam as elites mais atrasadas. Como sempre há alguém que avançou mais a troca de favores fatalmente iria comprimir sob forma pedagógica nessa MC os avanços mais notáveis em cada área. Agora, em vez de algo que está pedindo para ser lido ou visto ou ouvido teremos algo que é deveras interessante, que as elites buscarão com furor. A revista Ciência Hoje, da SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Galileu, a Superinteressante, mais antigas, e a Scientific American, que começou a ser publicada ano passado são boas revistas de conteúdo, mas não desse jeito que penso, porque todas elas se destinam a publicar artigos do Conhecimento, mesmo assim não geral e sim especialmente voltados para a Tecnociência, em particular a Ciência. Não privilegiam os demais conhecimentos, ao passo que essa outra deveria fazê-lo, como mídia geral. Deveria abordar a Economia e a Psicologia ao modo do modelo. Enfim, os enquadramentos do modelo, para permitir uma visão cristalina às elites.

Vitória, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003.

Mecânica dos Mapas GH

 

                            Aqueles mapas mecânicos de geo-história, tanto os globos quanto os planisférios nos quais pudéssemos na tela navegar, ligando já com a Internet e os GPS (geo-posicionamento por satélites), iriam possibilitar saltos de qualidade. Teríamos a parte estática, a arte, e a parte dinâmica, a técnica, compondo a tecnarte mecânica. Trabalhando neles estariam as até agora identificadas 22 modalidades tecnartísticas.

                            VISÃO: poesia, prosa, pintura, desenho, moda, fotografia, dança, etc. TATO: cinema, teatro, esculturação, tapeçaria, arquiengenharia, urbanismo, decoração, paisagismo/jardinagem, etc. AUDIÇÃO: música, discurso, etc. OLFATO: perfumaria, etc. PALADAR: comida, bebida, pasta, tempero. Os mapas se abririam de todas essas formas. Com digitação de palavras, com Dicionário incorporado, e pela clicagem de imagens, através da Enciclopédia, com um D/E de palavrimagens (PAL/I) inteiro. Clicando sobre DECORAÇÃO o mapa mostraria tudo que é relativo a isso – os escritórios de decoradores, os nomes das pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) que tratem disso nos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo). Seria preciso colocar os mais importantes em degraus (D, C, B e A, o mais elevado, com 0 zero no centro apontando os ótimos entre os ótimos); os preços; os horários de funcionamento; os endereços reais e virtuais; os encarregados, com fotos.

                            Aspiração bem grande seria o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, com seus institutos, universidades, dependências administrativas, seus produtos, os professores de cada área com seus endereços e telefones públicos, custo de tarefas, mensalidades de cursos.

                            Afinal, como constituir um INSTRUMENTO DE APOIO governempresarial, políticadministrativo, pessoambiental a partir dos globos e dos Atlas? Não uma coisa somente estática, como são os mapas de hoje, mas dinâmica, mecânica enfim, como fazer para que os mapas nos programáquinas cativos nos dêem constantemente respostas belúteis (belas e úteis, juntando o útil ao agradável)?

                            A idéia é eu ter pendurado na cintura esse instrumento, uma tela à qual possa recorrer a qualquer instante, PARA TUDO, desde fazer compras a procurar farmácias nos arredores, de buscar divertimento a oficinas de bicicletas, de caçar bares a indústrias deste ou daquele produto. Não seria mais uma coisa só de estudantes, mas de professores, de empresários, de donas de casa, de trabalhadores, de governantes, de todos, desde a mais tenra infância até a mais profunda velhice, para acompanhar as pessoas durante a vida inteira, como Atlas 1.0 ou Globo 1.0. Já sendo telefone, vídeo-fone, computador, jogo, etc.

                            Mas, primordialmente sendo um MAPA DE GEO-HISTÓRIA, recuando e avançando no tempo, no presente posicionando os quatro cantos da Terra. Se a família precisa de escola para os filhos, onde encontrá-las, quais as mensalidades que estarão dentro do orçamento, quais os serviços oferecidos? Se quero vender minha produção de mamão, onde estão os mercados? Quem foi Carlos Martel e qual a sua marcha na geo-história de sua época? Quais as conseqüências da guerra-fria na socioeconomia da extinta União Soviética? Até onde se insinua a influência da Coca-Cola no mundo e onde ficam suas filiais e matriz?

                            Podemos incorporar milhões de dados, indo muito além dessas enciclopédias eletrônicas que são oferecidas. Agora teríamos uma supermemória na retaguarda, ao invés de um CD de 650 megas como limitação. Trilhões de terabites de memória à disposição de um clique, com atualização permanente, não apenas jogando os dados como gotas desordenadas num oceano indevassável de info-controle, mas colocando tudo ordenadamente em boxes, em caixas perfeitamente dispostas, conforme os desejos dos usuários. Mil Microsoft, um milhão delas, um superprojeto que será um dos maiores que a humanidade pode tentar.

                            Vitória, domingo, 12 de janeiro de 2003.

Jogos para a Direcionalidade

 

                            Como posto no Livro 19, texto Direcionalidade, esta é a condição de dirigir as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) para as necessidades umas das outras e dos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) sem forçamento, apenas oferecendo as contrapartes de seus desejos de formação.

                            Isso pode ser feito na Universidade geral pelo sistema de créditos, mas nisso as crianças já terão se tornado adolescentes, com 17 ou 18 anos, e terão feito escolhas intransigentes, relativamente imutáveis – quer dizer, já poderão ter feito opções diversas das que seriam as melhores para si e para o coletivo de produçãorganização.

                            Toda criança gosta de jogos, de brincadeiras, o que está fartamente demonstrado na geo-história. O acoplamento pode se dar, em vez de com os deficientes índices do Quociente de Inteligência (que deveria ser QIMC, Quociente de Inteligência, Memória e Controle, como eu já disse várias vezes), com o auxílio dos JD, Jogos de Direcionalidade, como se fossem um desses Simcity ou inúmeros jogos eletrônicos, só que agora moldados por psicólogos com uma causa aceita por todos – a melhoria da comunidade, visando o prazer das pessoas de trabalhar naquilo em que se sintam bem e não naquilo que renda o dinheiro sonhado por pais e mães. De toda forma, se uma pessoa faz o que gosta e se dedica extremadamente àquilo, com o aprofundamento acabará por se tornar perita e poderá ganhar muito dinheiro. Então, por quê não ganhar grana naquilo que gosta, em vez de numa tarefa que detesta onde faça mal a si e à coletividade?

                            Tais jogos podem seguir as linhas do modelo para extrair as tendências para as 6,5 mil profissões desde os primeiros anos. A partir daí teríamos orientação mais precisa PARA AS PROFISSÕES AMADAS, onde cada um vai dar o máximo para si e para os outros. Chega de desamor e de trabalhar obrigado, forçado.

                            Jogos construídos por psicólogos para as figuras ou psicanálises, para os objetivos ou psico-sínteses, para as produções ou economias, para as organizações ou sociologias, para os espaçotempos ou geo-histórias (em quatro patamares, conforme as exigências dos quatro mundos). As facetas do modelo são muitas, não vou reexpor tudo agoraqui, vá ler. Orientados à Economia: para a agropecuária/extrativismo, para as indústrias, para o comércio, para os serviços e para os bancos. E assim também para o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, desde o princípio, aos dois ou três anos começando a acompanhar, orientando desde cedo, com a supervisão dos genitores.

                            Analistas de sistemas, programadores, digitadores seriam colocados juntos com os psicólogos para a modelação eletrônica dos jogos, a chamada computação gráfica ou de formas. Ou uma nova safra de psicólogos desenhistas de personalidades através dos JD seria formada, com a teoria e a prática desenvolvidas então educando a safra seguinte, e assim por diante, até que em 20 ou 30 anos tivéssemos jogos superperfeitos sendo oferecidos, captando os talentos desde idade muito tenra.

                            Os psicólogos-desenhistas ofereceriam uma quantidade de jogos (4 x 4 x 4 x 4, n vezes), enquadrando todas as personalidades e suas finalidades. A humanidade sofre muito com os desvios de personalidade, com tremendos custos financeiros e monetários para todos, sem falar do que é fundamental, a saúde psicológica ou racional ou humana da pessoa.
                            Vitória, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003.

Intervenção Branca

 

                            Por conta das dificuldades socioeconômicas inventadas pelos ex-governantes Vítor Buaiz (1994/1998) e José Ignácio Ferreira (1998/2002), com tremendos endividamentos e mesmo assim déficits grandes, o novo governador Paulo Hartung Gomes viu-se obrigado a ir a Brasília pedir ao novo presidente Luís Inácio Lula da Silva 1,2 bilhão de reais, dos quais 300 milhões a título emergencial.

                            Lula o remeteu ao novo ministro da Fazenda, Palocci, ouvindo a promessa espontânea de PHG de que colocaria o estado totalmente atrelado à Federação ou União, como esta está diante do FMI, Fundo Monetário Internacional, conduzido na verdade pelos EUA. Assim, os EUA dirigem o FMI, que governa o Brasil (tanto assim que Lula foi a Washington pedir permissão, antes de indicar o nome do novo presidente do Banco Central – brasileiro, não americano), que mandará no ES. Não é uma intervenção abertamente decretada, com a repulsa que traria, mas uma intervenção branca consentida e até pedida pelo novo governador.

                            O ES perde prestígio e nós sabemos que prestígio é difícil de conseguir de volta. Além disso, abre-se um precedente de redução da autoridade estadual, que já não é lá grandes coisas nessa federação imperial que é o Brasil. Outros estados serão pressionados, pois de 27 (contando o Distrito Federal, Brasília) 24 estão com problemas. Trata-se da velha seleção na luta pela sobrevivência do mais apto – os estados progressivamente rendem-se à União, esta ao governo mundial e assim sucessivamente, com resultado difícil de avaliar. O que resultará de bom nisso tudo para o pequenino estado do Espírito Santo?

                            Vitória, domingo, 12 de janeiro de 2003.

Hospital Virtual


 

                            Um ao qual tanto em endereço real menos usado quanto em endereços virtuais aos milhares, com um provedor próprio, com portal, com navegador e o que fosse, com centenas de médicos e biólogos fazendo pesquisas e dando plantões de atendimento às consultas médicas de campo de um conjunto ambiental (município/cidade, estado, nação e mundo), através de Rede Nacional de Pesquisas Médicas, RNPM, abertos em canais de banda larga, sendo acessados tanto por médicos, enfermeiras(os), diretores, serventes e demais ocupados com hospitais, centros de atendimento, laboratórios de análises e de pesquisa & desenvolvimento teórica & prático, universidades, mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet), quanto principalmente o povo, neste caso em linguajar popular (mas não chulo), por computador ou telefone ou carta.

                            Com modelação por comutador ou modelação gráfica como já sugeri alhures, com bonecos divertindo e ilustrando as pessoas, com acesso por câmaras, com a voz de atendentes, de todo modo. Com bibliotecas, com bancos de dados, com dicionárienciclopédias médicas, com desenhistas de sítios (webmasters). Uma novidade à frente dos demais conjuntos do mundo.

                            Isso estaria ligado a todos os hospitais reais, para alimentação mútua, fornecendo informações sobre remédios e todo tipo de ajuda tanto às dependências públicas quanto privadas a título gratuito, e assim fazendo convergir as informações.

                            Vitória, segunda-feira, 13 de janeiro de 2003.

Hospital Cultural


 

                            Em países como o Brasil não faz muito sentido, porque somos todos brasileiros em língua, crenças e feitio, mas em lugares como os EUA, com os mexicanos (que eles chamam depreciativamente “chicanos”), porto-riquenhos, latinos, negros (afro-americanos), índios e os povos identificados como judeu-americanos e todas as demais partições, faz todo sentido, assim como na Europa dos 15, onde temos 15 nações que irão ser parte de um superestado unificado, uma federação futura, colocar Hospital Mexicano, Hospital com motivação latino-americana, cada um com decoração própria não-anglo-saxã.

                            E do mesmo modo em outros países em que haja separação nacional ou etnias que não se reconhecem centrais, não-participantes ou não-comungantes dos valores dominantes.

                            Os tecnartistas, em especial os arquiengenheiros devem se adaptar a consultas às culturas nacionais ou dos povelites por suas motivações endógenas, divergentes das dominantes. Isso não é apenas uma mera questão de distante respeito, o que também é bom e valorizado em toda parte, é também condição de saúde se sentir culturalmente em casa. Não se sentir no estrangeiro já será o primeiro passo para a cura.

                            Claro que os dominantes vão achar “brega”, “jacu”, caduco, arcaico, atrasado – não tem importância. Simplicidade sem afetação pode ser elegante em qualquer língua e em qualquer plano dos quatro mundos. Nem uns nem outros devem se sentir vexados.

                            Vitória, segunda-feira, 13 de janeiro de 2003.