O Mundo
Visto de 1453
Essa
é a data da Queda de Constantinopla
e foi escolhida para marcar o fim da Idade Média e começo da Idade Moderna.
Um
punhado de coisas já existia. Apesar de tudo que se diz a Idade Média foi
extremamente produtiva do ponto de vista prático, enquanto a teoria sofreu
bastante (o que bastou para os teóricos – intelectuais e pesquisadores de um
modo geral – dizerem que foi uma Idade das Trevas, o que esteve longe de ser na
prática).
Como
seria alguém, postado exatamente nessa divisória arbitrária, olhar para trás,
para o passado, e para frente, para o futuro? Como o que se depararia? Em
termos psicológicos (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses,
produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias)
gerais, o que veria? O mesmo poderia ser feito a partir de 1789 (Queda da Bastilha, ou da França), fim
da Idade Moderna e começo da Idade Contemporânea, ou o que escolhi ser 1991, Queda da URSS, fim da Idade
Contemporânea, começo de uma outra Idade que não tem ainda nome.
Olhando
o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática), com o que depararíamos? E quanto às demais
chaves do modelo, digamos a Chave da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança
e transportes) e a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no
centro a Vida e no centro do centro a Vida-racional)? Aí podemos mirar as,
dizem existentes, 6,5 mil profissões atuais.
Comparar
1953 (e depois) com 1453 e com 953, quinhentos anos de cada vez: objetos e tudo
que existia nessas épocas. O que produzimos em 500 anos? O que se torna tão
diferente assim? Como na encosta de uma pirâmide, como em seus mil degraus,
desde o zero em 953 até a metade e depois até o ápice provisório, 1953 e a
seguir 50 anos até 2003. Como era o lar em cada data dessas, 250 anos (703 a
1203, 1203 a 1703, 1703 a 1953 + 50) para frente e para trás?
Vitória,
domingo, 05 de janeiro de 2003.